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Dia mais curto
longa... é a noite
em que o sonhar floresce.
O silêncio acorda,
chega a nostalgia
por atalho astuto
que na alma se acoita.
A sombra aparece
no que pensa e sente;
alimenta a magia
na força e poesia
...alegra a mente.
Outono caminha
procura o Natal...
para o Eu aquecer.
A esperança que tinha
é hoje desigual !
É futuro...a sofrer.
O sol se esconde,
com medo fugiu;
a chuva cai,
corre...nem sei para onde.
O Mundo ruiu
e o Sonho...se esvai!
Setúbal, 28/10/2012
Inácio Lagarto
Conta a estória perdida,
a despertar consciências
sobre a vida na Terra;
Planeta de sonho e viver
nasceu em solo Alentejano,
como segredo humano.
Em Marte foi descoberta
bactéria, igual conhecida
...nisso fala a ciência;
existe nas termas,
na água, na serra
que olham o padecer
naquela janela aberta.
Alentejo foi escolhido,
Cabeço de Vide, Fronteira
...em que divagam mistérios,
à sombra do belo montado!
Este globo vestindo,
de contorno definido
beijando a Terra inteira.
Floresceram impérios
entre sangue derramado
com o mar à sua beira!
Setúbal, 20/10/2012
Inácio Lagarto
Quero ouvir
falar
gritar
ver a poesia na rua;
cantar sem nostalgia
sentir
sem reparar no caminhar
da vida nua.
Quero esquecer
quem nos rouba
a liberdade,
o pensamento
a expressão
o ordenado
...deixem-me viver!
Quero sonhar
ter ambição;
sinto um país
que não quis...
quero cultura
semear arte
a palavra no coração.
Neste tempo, nesta razão,
é preciso gritar...NÃO!
Setúbal, 17/10/2012
Inácio Lagarto
Há luz na Arrábida a florir
com mistura de sonho e vida
no sol da manhã a clarear;
entra pela janela docemente
nesse prédio, nesse andar,
com águas do Rio Sado,
límpidas e mansas
...lindo rosto vêm beijar!
Calam mágoa, silêncio,
sentir!...
Olhas a praia, ao longe, vestida
de verdes esperanças;
Vês no Céu...bela Estrela presente,
num brilhar quente
que aquece o caminhar.
Neste coro de amizade,
Outubro uma rosa deu
que floresce no coração.
Quero festejar a idade
do tempo...que não é só teu!
És semente, fruto dos pais,
duma grande paixão.
Mil beijos
Setúbal, 18/10/2012
Inácio Lagarto
Ao lavrar a vida lavrando
o sonho quer aprender...
Vocábulo vai desfolhando
palavras leves como sementes!
Seguem na bela jornada
por entre pastagens quentes;
chegam ao Ser triunfal
numa corrente inacabada,
oferecendo de beber
com doçura e ritual.
Calam sede como água,
alimentam como grão;
acalmam toda a mágoa,
são luz emanada
que à vida estendem mão.
Com vontade reforçada
que cresce não quer parar
e aquece o coração.
Setúbal, 05/10/2012
Inácio Lagarto
Sou caminhante na vida...
olho de frente o horizonte!
Ouço a voz da infância
ganhando força sentida
em diálogo ou mito.
Palpito pela árvore e monte,
no cheiro da suave fragrância;
pela terra com meu grito,
numa manhã florida.
Hoje vibra novo gritar...
vestido de outra roupagem,
do que vivi e nada sei.
Vou perdendo o sonhar,
como nuvem e miragem
que pelo futuro gritei!
Numa ânsia desesperada
...o direito está a faltar
nesta curva da estrada.
Setúbal, 05/10/2012
Inácio Lagarto
O sonho perde-se na bruma
por cobiças e tentações;
a esperança já esfuma
na vaidade dos barões.
A Bandeira no céu esvoaça
em data bem relembrada;
deixou a alma humilhada
...olhares amarrados ao chão!
República de pernas para o ar,
envolvida em nevoeiro,
como sinal de capitulação.
Soaram gemidos, no cantar,
numa voz que apavora!
Porque falta tanto dinheiro
e a felicidade...demora?
Regressam fantasmas do passado,
romeiros neste caminho;
pisam terreno encantado,
navegam em mar sagrado
...querem usurpar o ninho!
Setúbal,05/10/2012
Inácio Lagarto