terça-feira, 29 de dezembro de 2020

BEM - VINDO JANEIRO


 
Findou o Natal, não levou o acreditar!
A vida segue livre no sonhar;
Novo Ano reveste de afirmação,
Vem gerir nossos passos  com vacinação
Contra estirpe que a pandemia conduz.
Cientistas unidos encontram a luz,
Usam Saber e acalmam o mundo,
Glória de pensamento fecundo.

De olhares firmes caminhamos em frente
Fortalecendo a memória e a semente;
Erguemos bem  alto nobre ideal
A fim de vencermos este vendaval
Que surgiu forte e desastroso
Deixando o Universo furioso. 
Condiciona o trabalho noite e dia
E silencia a Cultura, futebol, melodia!

Janeiro regressa aventureiro,
Porém, guarda sinal traiçoeiro;
Traz chuva, frio , vento em desatino
Que pode traçar estranho destino.
A sombra torna-se milagrosa
Com cura e esperança radiosa
Nos povos e vitimas em desgraça
Vendendo a bondade com pura graça.

O inverno é esculpido com esplendor
Entre festejos, canções, gritos ao amor;
Pedidos frutuosos ao céu, às estrelas
E que o ano traga Paz, notícias belas!...
Porque o tempo findo criou emoção,
A jornada amordaçou o coração.
Acendem velas à Santa Imagem
Pela Humanidade na dura viagem!


Setúbal, 26/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

TEMPO DE EXCEPÇÃO



 Dois mil e vinte mudou de cenário,
Assombra cortejo extraordinário
Tornando o sonho em fantasia,
A caminhada ferida sem magia
Deixando o destino a divagar!...
Ouvindo a voz da terra e do mar.
O povo penhora a confiança,
Solicita moratória à esperança
Porque falta trabalho nesta hora,
Retido em casa ao silêncio implora
A médicos, enfermeiros e Ciência,
Ajuda técnica com mais frequência!  

Aos ombros carregam o mundo,
Afagam corações e  suspiros secos
Jamais omitem sentimento profundo
que ao longe fazem timbrar os ecos.

Festeja-se o Natal! Este ano aflito!
Inicia-se janeiro sem partilha ou grito
Cujo vírus ataca bruscamente
O futuro e a vida lentamente.
Sofre cansado o carinho e os amores,
Resigna a força dos trabalhadores
A uma cadência  consoladora;
Esquecem a virtude construtora,
Aguardam pela vacina de bom efeito,
Não traga quimeras ao peito
E que venha acalmar tamanha dor
Ou milagre de Jesus Cristo! Redentor!

O Céu, a Terra está iluminando, 
A luz entra pela janela aberta,
Aquece a Natureza que foi criando...
O relógio toca hino de vitória certa!


Setúbal, 21/12!2020
Inácio José Marcelino Lagarto
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    velho Planena 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

CAMINHO!...


 

Caminho nos sonhos, desbravando,
Por campos frutuosos sem fim; 
Aqui  e ali o ideal fui semeando,
Ao sol e à chuva fortificando  
Com palavras floridas neste jardim!

Faminto de viver mudei de tema
E para saciar meu pensamento, 
Nasceu desejo, lavrei um poema!
Na saudade criei novo dilema
Que chegou e partiu como o vento.

Trago de Viana e de Évora o versejar,
Das horas sonhadas na solidão
Em que a lua vinha iluminar,
Meu corpo, minha mente acalmar,
O bater acelerado do coração!

Como Florbela sou Alentejano!
No barro esculpi a Arte de Oleiro,
Na Escola em solo transtagano.
Em Viana do Alentejo tracei plano
E acordei do silêncio por inteiro.
 
Nas águas correntes do Rio Sado
Amarrei a vida do gado, do pastor,
Beijei a cidade e o mar salgado;
Pela paisagem fiquei encantado,
Por Setúbal! No valente pescador!

Nesta viagem longa enraizada
Há uma luz acesa a brilhar 
Que orienta o olhar na cruzada;
Não esquece filhos, mulher amada, 
Nem o  planeta  de tanto lutar!


Setúbal, 16/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

NATAL DE UNIÃO


 Termina dezembro moribundo,
Magoado,
Festeja o Natal no caminho,
Abençoado;
Abre-se a janela ao Novo Ano
E com o olhar em Deus!
Fazem-se pedidos aos céus,
Ao mundo
Pelo povo presente;
Que nasça iluminado,
Sem engano
No sonho e esperança;
Mantenha na vida a confiança,
No sol protector,
Venha aquecer a terna mente
E fortalecer o Amor!

Que o ideal avance lutando!... 
Na Ciência, no Saber;
Segredos estão mergulhando
Na barragem do Poder
E para suportar o cansaço
Dão música ao sentimento
E assim, controlam o compasso,
Entre mistério e ambição,
Jamais roubam o pensamento
À Família e à União!


Setúbal, 10/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto




























































PRIMAVERAS FLORIDAS

domingo, 6 de dezembro de 2020

CIDADE DO BOCAGE



Caminho, na Cidade do Poeta
Em Setúbal 
Que sente orgulho no Rio Sado;
No pescado
Vendido no Mercado Municipal
Junto à  fruta fresca divinal.
Em Luísa Todi do Belo Cante
E da Serra da Arrábida que grita
À embarcação que viaja aflita!... 
Serve de bússola ao navegante;
Acalma a força do vento
Com ternura, encanto,
Dão guarida ao pensamento
Na Baía com seu manto!

De olhar alegre vou ao Bonfim,
Falo do Vitória apaixonado,
Fico na Capela rezando!...
Pela Cultura lutando 
Sobre trabalho na fábrica a findar
E ao progresso estendem a mão; 
Descanso no frondoso jardim,
Na sombra soberana
Que abriga a vida humana
Afagando o coração!

Setúbal, 06/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
 


                                                



sábado, 5 de dezembro de 2020

ABRAÇO ÉVORA CIDADE

 

Minha mente viaja pelo passado,
Visita Évora
Que mostra a paisagem, Cultura e beleza,
A Fortaleza;
Do Tempo traz idade
Entre as longas muralhas,
Das conquistas e batalhas!
Memórias dos mouros e romanos.
Tem um Templo à Deusa Diana,
A Arte humana
Nas ruas, Palácios, velha Sé Catedral
E uma Arcada divinal
Olhando a Fonte do Giraldo,
Na Praça Coroada Alentejana!

Em noite calma medito e penso!
No povo, no montado sonhando
Ou nas sua antigas tradições?!...
Se acordo fico lembrando
A Vida e as férteis lições;
Ao Convento de Santa Clara estreito o laço
Assim como à Igreja de Santo Antão
Com saudade abraço!

Setúbal, 05/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

O ALENTEJO BEIJO




Meu pensamento lavra poemas
Ao Alentejo
Que fala da saudade, da sua riqueza,
Na Natureza 
Alentejana.
Da alma pura transtagana,
Da nobre gente
Trabalhadora;
Na planície verdejante
Ao sol escaldante,
Em que a lua
É sonhadora!

Será que estou vivendo
E pela terra apaixonado
Ou partilhando a emoção?
Se fico no tempo calado
Sofre o meu coração;
No sentimento e desejo
Ergo o querer, o ideal
E o solo beijo!

Setúbal, 04/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

 


Oito de dezembro - Dia da Imaculada Conceição,
Mãe e rainha, padroeira de Portugal!
Foi coroada por Dom João quarto, com elevação,
No Alentejo, em cerimónia solene divinal.

Nossa Senhora foi eleita como Soberana
A fim de proteger, com Sua luz, a caminhada;
Unidos a Jesus iluminarem a vida humana,
Em Vila Viçosa, em belo Altar Consagrada!

Após a vitória ressurgiu nova certeza
No acreditar do povo, na Paz e bonança,
Na libertação e honra da terra portuguesa!

Ouviram-se Conselheiros, Sábios e tentações,
Jamais perdendo o perfume da esperança,
À Dinastia de Bragança deram as soluções!

Setúbal, 03/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA



Rompia a madrugada envolta em segredo,
O povo saiu à rua, com bravura e magia;
Restaurou a Independência Nacional, sem medo,
Libertando o País de Espanha com valentia!

No peito traziam a chama e glória divina,
Invadiram o poder espanhol moribundo
E numa esplêndida revolta peregrina
Lutaram com alma e pensamento fecundo!


Entregaram  o trono a D. João IV de Portugal,
Iniciou-se reinado de esperança e muito querer
Acendendo uma luz à caminhada, ao ideal!


Terminou a usurpação estrangeira de tirania,
Gente com arte, mestria, aclamou o vencer
Criando com fé e orgulho, a Quarta Dinastia!


Setúbal, 01/12/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 28 de novembro de 2020

XARRAMA - VIANA DO ALENTEJO



Entre  Alcáçovas e Viana
Corre o Xarrama na corrente
Alagando paisagem florida,
Olhando as estrelas ao luar
Na chama quente alentejana;
Mergulha na barragem luzente,
Prossegue na marcha sentida
Vem a Alcácer do Sal desaguar!

Mistura-se com o Sado vindo do sul,
Acompanha as tempestades;
Banha Setúbal do Rio Azul
Chega ao mar, leva saudades.

Traz o trinado do rouxinol,
O chilrear dos ternos pardais;
O perfume dos arvoredos
E a paixão fiel dos pastores!...
Dos ceifeiros ceifando ao sol
No meio de dourados trigais;
Dos montes que guardam segredos,
Dos sonhos gerindo amores!

Ao enxergar viagem sagrada
Ultrapassa os nevoeiros;
Vai temperando a jornada,
Refrescando  campos soalheiros.

A voz transtagana desabrocha
Num concelho nobre exemplar
Em que o vento sopra forte
Acordando o velho montado.
Atravessa a planície e a rocha
Alegrando grupo a cantar,
Segue firme, seguro na boa sorte,
Unindo o povo encantado!

De Aguiar  a Viana do Alentejo
E Alcáçovas de Igrejas devotas
Trazem de Alvito ideal e ensejo,
Do Torrão, as cegonhas, em belas rotas.


Setúbal, 28/11/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 24 de novembro de 2020

SONHO E LIBERDADE




Preparamos o final do ano
E o Natal afectivo
Entre caminhos já andados.
Percorremos tempo tirano,
Com triste olhar selectivo
Calam povos confinados!

Com ilustre decoração,
Serviços personalizados
Existe forte preocupação,
São Saberes amordaçados.

Um anjo anuncia Nascimento
Entoando cântico  divino,
Vindo embalar ditoso Jesus.
No berço abençoa o momento
Ao beijar terno Menino,
Envolto em brilhante luz!

Cheio de vida e animação
Traz com Ele a confiança;
Ao consagrar a união
No acreditar e ter esperança.

O mundo tornou-se diferente,
Foi louvado em glória
E o sol a Terra acarinhou.
Na Igreja lançou a semente,
Os sinos tocam pela memória
Cuja partilha e bênção criou!

A noite acorda o amanhecer,
Promete à família a verdade;
Entrega ao povo o poder
E ao Sonho a Liberdade.


Setúbal, 25/11/2020
Inácio José Marcelino Lagarto  




domingo, 22 de novembro de 2020

NATAL DE MIL CORES



Ano atípico de emoções,
Pintado de mil cores
Numa tela de compaixões,
Em que fala a humanidade
Com uma lágrima molhada.

Este Natal é diferente,
Jamais esquece o calendário
Da fraternidade; 
A vida permanece na mente,
Não falta o imaginário
Nem a palavra bondade!

Vive presente a criança,
A família e as prendas
Naquela árvore a brilhar!
Floresce a esperança
Na estrela a iluminar
Ou no presépio de sonho
Que alimentam o olhar.

Ao som de cântico genial
Há música e alegria;
Pais, filhos e netos
E os avós também!...
Unidos, desejam paz e o bem, 
Pelos mesmos afectos
Nas palhinhas de Belém!

Neste tempo de reflexão
Renasce querer e sentir;
Um projecto ao futuro
Fortalece, amor no coração,
Uma força no existir,
Um sorriso a florir
Para um caminhar seguro!

Setúbal, 22/11/2020
Inácio José Marcelino Lagarto



 

sábado, 14 de novembro de 2020

SABER ESCOLHER

 

Sonhar e saber escolher,
Viver entre o bem e o mal;
Sem no tempo compreender
Este flagelo raro e especial.
Ditam tão dura palavra
Para com o povo e pobreza;
No trabalho já não lavra 
E não existe pão na mesa!

Neste aconselhar diferente
Divide o dever em compaixão;
Floresce a cobiça como semente,
Frutifica a humilhação.
Nas horas tristes cismadoras
Pensam no virose sentida;
Procuram frases consoladoras,
Imagens de diversão  perdida.

Memórias antigas descansam
Confinados à tarde e à noite;
Exigências recentes avançam
Cuja liberdade levou um açoite.
São evocadas filosofias
Vindas da Ásia, América, Europa
Conquistas e tecnologias
De operários, soldados da tropa.

Com apoio de médicos, enfermeiros,
Pessoal da saúde em vigilâncias;
Cientistas e conselheiros
Vão modelando as circunstâncias;
Guiam com encantamento
O distanciamento social
Sobre disciplina em movimento
Aprisionando o planeta em geral!


Setúbal, 14/11/2020
Inácio José Marcelino Lagarto  

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ACREDITA NO AMANHÃ



Termina o ano com esperança
Ao acreditar com fé no futuro;
Dando ao poder confiança
Pensam  no momento Sagrado!
Com palavras de conforto e união
Falam de memórias, crises antigas,
Do Natal festivo em celebração 
Entre prendas, mensagens amigas.

O amanhã desperta o presente,
Na Ciência, na enfermagem 
E no povo sábio e paciente
Que usam a tecnologia na viagem.
Adaptam-se aos tempos virtuais
Em defesa da Humanidade,
Para que os direitos sejam iguais
Na partilha da Sociedade!

Vive o comércio de pânico e medo,
indústria aguarda rotura!...
O Governo planeia em segredo
A fim de terminar a clausura.
No mundo, de olhares cansados,
Vêm fantasmas na caminhada;
Pedem milagres sonhados
Limpando a face molhada!

Cantando aos quatro ventos
Vão musicando os desejos
Ao alegrar pensamentos,
Sentir o sabor dos beijos!...
Que renasça valor e Bondade
E não de quimeras ao peito;
Confinados à Liberdade
Neste Mar Atlântico eleito!

Setúbal, 12/11/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

 







sábado, 7 de novembro de 2020

TIA JUSTA

« Tia Justa »





Senhora D.ª Justa Lagarto!
Irmã e Tia protetora,
Chefe do clã, «Mãe» em paixão,
Conselheira, Amiga e pensadora
Enaltece a Família com o coração.

No berço nasceu bela menina,
São (90) noventa anos com ventura,
Memórias mil, em caminhada divina
No trono da vida exprimem ternura.

A oito de novembro a luz brilhou,
Tenro sonho, perfumado de rosmaninho 
Uma viagem  de glória conquistou,
Viana do Alentejo embala seu caminho.

Olha no céu calorosa estrela
Que a acompanha na bondade,
Ouve a voz que vem dela
Ecoa o sentir da saudade.

Do solo alentejano traz a nobreza
Nossa Senhora D´Aires é devoção,
A casa dá aconchego e fortaleza,
Partilha talentos, harmonia e emoção.

Seu carinho e força de vontade
Semeiam sábio Futuro promissor,
São Laços tecendo a história de serenidade,
Sinais d´esperança perpetuam o Amor.


                                 Inácio José Marcelino Lagarto
                                 Paula Vieira Lagarto

8 de novembro 2020 /Parabéns «Tia Justa» de toda a família
e o nosso muito obrigado pela sua forma de ser.




sábado, 31 de outubro de 2020

RIO E SERRA AO LUAR




Setúbal jardim à beira mar
Tem o Rio Sado que vem beijar
Na foz que brilha ao Outão.
Olha a Arrábida à noite ao luar,
Protege a traineira no navegar,
Abraça a pesca com paixão.

Cidade bela, maravilhosa,
De água e areia sedosa
Traz lembranças das conservas.
Cultiva Arte famosa
E com economia ditosa
Está vencendo as trevas!

De longas ruas e avenidas,
São caminhadas percorridas
Ao som da Luísa Todi a cantar.
Bocage das frases sentidas
Viajaram com ele perdidas,
Grande Poeta no bom rimar. 

Neste recanto da Natureza
Deus pintou tamanha beleza,
Não esqueceu a luz do dia!
Pescador como realeza,
A rede laçada com firmeza
Na faina entre harmonia.

Península fértil de criação,
Troia à Figueirinha como bênção,
Velhos Fortes, monumentos.
O vento sopra dando a mão,
Acorda a vida e a união
Que aquecem os pensamentos!

Setúbal, 31/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

TEMPO DE REFLEXÃO



Vivemos em tempo de reflexão
Que pesa a palavra, a discussão,
Na balança a força do trabalho
cujos valores não são iguais!...
Assombram nobres ideais, 
Esquecem o operário e o malho.

No mundo florescem mistérios
Entre dualidade de critérios
A fim de erguerem a vontade.
Defendem o capital sombrio,
O pobre sente veloz calafrio,
Neste sofrer perde a liberdade!

Em alerta, a voz do povo grita,
Por vitória e cura bendita
Que acabe este tormento!
Encontre o caminho certo,
Conquiste sonho e projecto
Construído no pensamento.

Liberam o espectáculo  
Da elite sem obstáculo
Sobre festa, futebol de magia.
Calam as uniões sentidas
Que  alimentam as vidas geridas
Pela batuta da filosofia,

Acordam mentes, ventos sopram,
Milagres sagrados imploram
Ao Deus do céu, terra e mar!... 
Que proteja as distâncias
Neste jardim de fragrâncias
Com tanto querer a desabrochar!


Setúbal, 28/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto



domingo, 25 de outubro de 2020

LANCEI A SETA DO AMOR



Em noite de luar uma seta lancei,
Numa nuvem no céu acertei
Enquanto jovem a brincar.
No pensamento viajei,
Em belo porto ancorei,
Vi uma donzela de encantar!

Com formosura, bem vestida,
Saltando à corda da vida
Para bonito sonho cumprir.
A viajem tornou-se colorida
E no tempo percorrida
Na partilha do Ser, Existir!

Foram caminhos desbravados
Entre sorrisos conquistados
Com paz, crer e harmonia.
Lembram campos lavrados
Que irão ser semeados
Dando frutos com magia!

Na árvore da amizade,
Do tronco da liberdade
As folhas seguem rompendo.
Não esquecem a unidade
Que luta pela igualdade
E a vitória final vencendo!

Olhando a luz que guia o amor,
Acende-se  a chama com ardor
No dever certeiro da emoção.
Vivendo com virtude e vigor
A inteligência tem mais valor
Respeitando o bater do coração!



Setúbal, 25/10/2020
Inácio José MarcelinoLagarto

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

TRAGO ALENTEJO NO PEITO

 



Trago Alentejo no peito,
Viana foi o meu leito
Vim cumprir minha missão.
Em Évora nobre cidade
Deu-me saber e liberdade,
Ali caminhei com ambição.

Parti para a aventura
De uma vida futura
A fim de erguer o ideal.
Segui dura conquista,
Sem na fé perder a vista
como criatura racional.

Setúbal, da Arrábida, Rio Sado,
Recebeu-me e sou amado,
Falo com o Bocage - Poeta.
Partilho conhecimento,
Com amigos do momento,
Sempre de mente aberta!

Escrevo páginas de emoções,
Palavras de outros serões
Do passado com saudade.
Sou no tempo peregrino,
Não deixo de ser menino,
Peço apoio à claridade.

Viajo pela noite errante,
Na chama  sou navegante
Neste barco que nos irmana.
Olho o campo, percorro o mar,
Vejo um Santuário  a brilhar
Na Planície Alentejana!


Setúbal, 23/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

BALANÇO E SAUDADE





De olhares ternos e cansados
Fixam lugares sagrados,
O povo em amena reflexão.
Estão perdendo velhos laços,
O calor dos suaves braços
Que acordam o coração.

Outono, tempo de ventura,
Envolto em calma ternura,
Como conselho amigo.
Tempera  a vida melindrosa
Tornando-a  saborosa,
Cala sofrimento antigo!

Ouço o tilintar dos beirais
Soluçando, entoando ais
Da água caída dos céus.
Vem secos campos regar
Para que possam verdejar,
Cumprir a vontade de Deus.

Traz mistério envolvente
Ao refrescar a semente,
Seguro e bom viver conduz.
Floresce na primavera
Entre a erva e quimera
Que ao sol quente reluz.

Nesta época transcendente
Muda no mundo nossa mente,
Alterando na Terra a viagem.
Está chegando o fim do ano,
É traçado novo plano
Com tecnologia na bagagem!

Setúbal, 22/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto









segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A CHUVA CAI


A CHUVA CAI

A chuva começa a cair
Sobre o povo amargurado
E ao tempo resignado
Não deixa o Natal sorrir!

De caminhada ferida
O vento sopra lá fora;
Outubro aconchega a hora
Na esperança erguida.

Povoados em alertas
Aguardam por boa solução;
Perdem empregos e condição
Nesta Terra de porta aberta.

São Martinho do sol quente
Depois da uva fermentar;
Sai da adega e vem brindar
Com castanha, feliz  gente!

É Natal! Do amor, magia,
Do  olhar belo profundo!
Viajam alegres pelo mundo,
Com o Pai Noel, melodia.

De romantismos calados
Por forças sobrenaturais,
As prendas são desiguais
Nos corações assustados.

Acreditam no querer humano
Que guia todos os passos;
Vão voltar os ternos laços
Vencendo o vírus tirano!

Quantas vezes na tristeza
Acorda  a nostalgia!?
Traz bonança, harmonia,
Faz brilhar a Natureza.


Setúbal, 20/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

    

domingo, 18 de outubro de 2020


MANHÃ DE OUTUBRO





Rompia a manhã em dezoito de outubro,
Mil novecentos e setenta a terminar
Cuja vida começava a florescer!
No jardim nasceu uma rosa ao rubro
Dando ao sonho do casal feliz beijar,
Oferecendo esperança, terno querer.

Iniciada gloriosa caminhada,
Repleta de alegria e confiança
Embalou-se o sentir e o aprender.
Cresce orgulho na filha desejada,
No amor, ventura e bonança,
Brilha à distância o risonho viver.

Acendeu-se a luz da aurora,
Aquece a suprema ambição,
Sorrindo ao ideal, inteligência.
Mostra ao mundo ser lutadora,
Semente que fortalece a paixão,
A Cultura, a palavra na Ciência.

Partilha com gosto belo Saber,
Através da nova Corrente Social
Valoriza o conhecimento.
Na força em criar enaltece o fazer,
Na sociedade caminha como igual
Ouvindo a voz do pensamento.

Filha de Setúbal e do Rio sonhado,
Neta de Lisboa e do Alentejo,
Trabalha em Palmela por devoção.
Festeja aniversário encantado
Acompanhado de saúde e ensejo
Parabéns dos Pais do Coração!


Setúbal, 18 de outubro de 2020
Com mil beijos!!!
Inácio José Marcelino Lagarto
Maria Emília Lopes Vieira Lagarto

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

GENTE QUE SABE PENSAR


Gente que superou a perseguição
Consagrou feitos, direitos e  liberdades
Jamais perdem o valor de pensar!
Podem ficar sujeitos à humilhação
A fim de controlarem o peso das vontades,
Alimentando  a tecnologia  no julgar.

Caminham com gosto pelo mundo
Nunca esquecendo avós e senhores
Que de longe ao futuro acenam.
Num querer sentido e fecundo
Falam do Natal feliz com pastores,
Uma nova esperança trouxeram!

Usamos a máscara como cautela,
É preciso saber partilhar a rua,
De forma cordial, livre e sensata.
Rasteio é feroz sempre de sentinela
Porém, temos de vigiar o sol e a lua
Como comando da corrente, cascata!

De memória hábil e autoritária 
Traz à vida a força do passado,
Põe em perigo o que a mente sente.
Organiza à distância  a luta fadária
Que o Abril conquistou iluminado,
Hoje formatado na sombra presente.

Basta neste tempo a inglória jornada,
Meses sem fim de olhares errantes
Acreditando na Ciência, na Natureza!
Como cura rápida e equilibrada
Para que esta nau, de belos tripulantes, 
Encontre um  firme cais sem dureza!

Setúbal, 16/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

PEGADAS


PEGADAS


Pegadas são sinais, memórias deixadas
No tempo por quem tanto na vida sonhou;
Feitos ou glórias nas quais triunfou
Acordando nas noites as madrugadas!

Em vigilância e novas contendas
O mundo cavalga por campos sorrindo
Contra moinhos de vento esgrimindo!
A fim de alimentar mistérios e lendas.

O povo dolorido pede clemência,
Procura a paz em pensamento;
Sente o perigo, veloz, em movimento,
Mantém confiança pura na Ciência.

Caminha em frente na caminhada,
Fixa a nuvem negra como destino;
Segue a fé com olhar de peregrino
Colocando os pés na terra molhada.

Modela imagens, ilustra a emoção,
Sombras a perderem-se da vista;
Florescem na sortida conquista
Segredos esculpidos, lavrados no chão.

Invoca a viagem por horizontes,
Ao sol quente, na praia e areais,
À chuva, no barro, aos temporais, 
Lutas travadas por entre montes!

Setúbal, 10/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto