segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

VAIDADE SENTIDA




 O homem faz a guerra pela força e ambição,
Por orgulho, cobiça, vaidade sentida;
Esquece a Paz, a liberdade, partilha de união,
Do povo irmão, na fraternidade da vida. 

 Plantem árvores, flores neste  frondoso jardim,
Caminhem livres em frente da onda do mar;
Ouçam a palavra, da Poesia, embalada assim
E vejam a criança, no tempo, o mundo agarrar.

Pensem nas almas que lutam chorando,
Enquanto as balas no céu estão circulando
Desafiando o poderoso Reino Divino!

Libertadores, novos, de  sonhos sonhados,
O Universo é grande de ventos soprados
Não aceita loucura frágil ao seu destino!



Setúbal, 28/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 26 de fevereiro de 2022

FEVEREIRO A CHORAR




Fevereiro despede-se triste a chorar
Perante feroz guerra ao vizinho irmão!
É urgente, a estrela da paz venha iluminar
A esperança plena do amor e coração.

O mundo caminha perdido por ambição,
É preciso calar o vendaval com flores!
Dizer não à força do míssil ou do canhão,
O povo acredita em Deus, nos bons valores.

Mostram cortejo bélico extraordinário 
Neste carnaval entre terrível cenário,
Em nome das vaidades de quimeras ao peito!

Não escutam a voz da razão, nem conselhos
De Chefes, Sábios, pensamentos velhos
E tropeçam na ganância  do Poder eleito!


Setúbal, 26/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto 







quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

PARTILHA DE SABERES



O ter idade não é ser velho
Mas sim, Saberes partilhados;
Ouvir, com calma, jovem conselho,
Formatar aprenderes  acumulados.

Trazem o passado na memória,
Uma vida cheia de existência;
Numa caminhada fértil de história,
Lutas travadas com a vivência.

Dias e noites, na terra, ao sol, ao luar
Acompanhados por sonhos e trovejar
A fim de delegarem belo futuro!

Plantam árvores, colhem seus frutos
Entre cobiças, poderes astutos,
Carregam aos ombros um mundo seguro!


Setúbal, 23/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto




 

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

O TEMPO BRINCA ÀS ESCONDIDAS




O tempo brinca  às escondidas
Quer findar com terrível pandemia;
Planeiam-se novas guerras sentidas,
Entre povos de fronteiras erguidas,
Em nome da paz e da economia.

A chuva, não rega os densos montados,
Esquece-se da verde e florida primavera;
Os sons musicais caminham magoados
Sem fortalecerem nascentes e gados,
Alimentam o sonho de triste quimera.

A ronda de outros séculos vagueia
No meio deste  belo jardim em flor;
Novo futuro de ódio, cobiça planeia,
Criado por sementeira, promessa alheia!
Memória de abril pela saudade.
 
As fontes e os riachos estão a secar
Sem que a nuvem negra venha acudir;
O rio deixou a margem de alagar,
A barragem começa a soluçar
Não vê a terna corrente, presa, a subir.


Grita-se em delírio por vendaval,
Um março molhado e venturoso;
Com a ajuda de Deus Divinal
Que regue o campo e o olival,
Todo o povoado, tapete majestoso.

Com risos e esperança no espaço
Que embalam os quentes corações;
São sinais girando como um abraço,
Acordando a alma da dor, do cansaço!
Voltar a acreditar nas emoções.


Setúbal, 21/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

VIANA FILHA DE ÉVORA CIDADE

 


Viana, filha de Évora Cidade,
Com Alcáçovas, Aguiar em eventos!
Terras de Cultura e Antiguidade,
De montados, trigais expostos aos ventos.

Situada a Sul, no Alto Alentejo,
As vozes em tão Belo Cante entoam!
A desafiar o mundo com ensejo
E cujas estrelas ao luar abençoam.

Os sinos do Castelo acordam os sentidos
Assim como, os sonhos entristecidos
Para as tarefas diárias poderem começar!

Na mudança temporal brilha a claridade,
Rasga a nuvem opaca da tempestade
E perde-se no horizonte o terno olhar!


Setúbal, 15/02/2022 
Inácio José Marcelino Lagarto

domingo, 13 de fevereiro de 2022

LUZ DA FRATERNIDADE

 


Somos enamorados com consciência,
Amantes sinceros da bela união;
Partilhamos a nossa breve existência
Como São Valentim defensor da paixão.

Somos apaixonados pela vida e Natureza,
Da primavera em flor com alegria;
Acreditamos, no amor como fortaleza,
No romantismo ao som de melodia.


Somos cravos e rosas em fresco jardim,
Num murmúrio  em segredo  sem fim
Renovamos o crer da humanidade!

Somos criadores do bem estar e condição,
Afagamos a alma e o bater do coração,
Acendemos a luz da fraternidade!          


Setúbal, 13/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

A SUL NO ALENTEJO



Com três bicas de água fresca a jorrar
Existem:- a Fonte da Cruz, a do Rossio,
A da Praça, Senhora de Aires a brilhar;
Junto do Convento das Freiras a convidar
Noite/dia, haja calor ou mesmo frio.

O belo conjunto, no Rossio, logo à entrada
Com dois chafarizes, pilares de pedra e sonho;
Refrescam gado e povo na livre caminhada,
Como dádiva à vida e bênção conquistada,
Alegram o terno olhar que circula risonho.

A Sul, numa Vila Alentejana,
Em que o sol aquece mais!
Brota do solo corrente Transtagana.
Dá de beber, alimenta a força humana,
Traz do ventre tempos ancestrais.

Esbeltas pinturas de memórias,
Com casas, Igrejas, monumentos,
Num Concelho repleto  de glórias!
Que mostra feitos e histórias.
Beijam Évora com os pensamentos.

Na paisagem, toda coberta de flores,
Estão suaves Cantares à saudade;
Da Serra, sopram férteis odores,
Que perfumam nobres valores
Assim como, a palavra Liberdade!


Setúbal, 08/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto
  

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

PORTUGAL ESTÁ DE SECA




Portugal está de seca
Seca tudo nesta vida
A humanidade peca
A água anda escondida.

Resolvam este dilema
Da verde pastagem crescer
A terra com problema
Vê a seara, o animal sofrer.

Existe um melodrama
Um gritar que causa dor
Por nuvem de chuva reclama
Que regue o prado em flor.

Com o sonho mal tratado
Assim começa novo ano
Sem temporal anunciado
O povoado muda de plano.

O viver caminha triste, aflito
Não vê a barragem encher
Pede ajuda a Deus Bendito
Não deixe o mundo padecer.

Nossa Senhora das Candeias
Que partilha a Esperança
E com Vosso Olhar semeias
Um futuro de Paz, de Bonança.


Setúbal, 02/02//2022
Inácio José Marcelino Lagarto




terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

DA TERRA MÃE FUI PARIDO




Da terra mãe fui parido,
A extensa planura beijei e abraço;  
Ao sol, à chuva, ao vento vestido,
A luz, brilhante, das estrelas enlaço.

Na bela e calma paisagem florida
Jamais esqueço o denso montado;
O olival de esperança e vida,
Com o pastor pastorando o gado.

A casa branca  de cal caiada
Envolta pela rua de pedra na calçada,
Em que o vizinho partilha a emoção!

A noite longa e, quente aluarada 
Acorda a mente, na fresca alvorada,
Convinda ao trabalho, luta e paixão!


Setúbal, 01/02/2022
Inácio José Marcelino Lagarto