domingo, 28 de novembro de 2021

ACENDE-SE UMA LUZ NO HORIZONTE

 

Mais uma viagem no mundo a circular
Modificando a vida e o sonho;
Vamos acautelar-nos através do modernizar,
Contemplando o progresso com o criar
Que traz no ventre o crer hábil e risonho.

Planear neste tempo é preciso usar de magia,
Oferecer produtos bons e inovadores;
A fim de fugirmos a esta terrível invernia
É urgente respeito pela Ciência e Tecnologia
Para partilhar, com glória, Saberes e Valores.

Como principio de acordar a esperança 
É necessário fomentar a natalidade!
Através de emprego, futura confiança,
Fazer crescer a economia e bonança,
Proteger a família na fraternidade.

Quem na caminhada por uma crise já passou
E teve de acreditar na força do amanhã?!
Parte do existir, no seu julgar deixou,
Uma lágrima fria no rosto derramou
Entre o chover e o sol encontrou o clã.

Nesta  longa e bela costa do oceano
Voltará a razão no silêncio a cantar;
Temos de alterar o paradigma do plano
Por causa de um trovão leviano
Cujo Globo veio, sem medo, atormentar.

Adoro o céu, o mar, a terra!Quero ser feliz!
Ouço o soprar do vento no monte,
Numa paisagem encantada neste país;
De povoados dispersos, de guerreiros gentis,
Porque acende-se uma luz no horizonte.


Setúbal,  29/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto  

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

NAVEGAR É PRECISO

 


Navegar na corrente é preciso
Para mergulhar no denso mar;
Na terra não existe palavra e conciso
A fim de vencer o mundo indeciso
Só resta-nos  com os peixes dialogar.


O homem, por ideal, esquece a pobreza,
Por cobiça não escuta o lamento;
Trata mal  o equilíbrio da Natureza,
Caminha na sociedade fiel à incerteza
Sem ouvir a voz do pensamento.

Chega o dezembro natalício
Em que o terno sonho acende a luz;
O fim do ano de sacrifício,
Pede-se outro, com fogo de artifício,
A olhar a esperança que nos conduz.

Circula no espaço visão e nostalgia
Que é urgente saber afagar;
Com  trabalho, crer e harmonia,
Respeitar medidas tomadas com magia
Contra vultos que seguem a assombrar.

Cantaremos a uma vitória futura,
De mãos dadas pela felicidade;
Por uma paisagem florida e segura,
Ler um bom livro escrito com ternura
Saudar o viver, com carinho e liberdade.   

O povo ferido continua  no seu destino,
Tropeça no tempo, em espinhos, matagais!
Porque soprou o vento forte e ladino
Que faz sonar no globo o sino
A pedir ajuda aos Poderes Universais.


Setúbal, 27/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto






 

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

QUINTA SINFONIA




Vamos na quinta sinfonia da confusão,
Nesta vigente e astuta caminhada
Cujo povo é atacado no convívio, missão;
Em que morava  a bela união, 
Abrigando  a Noite da Consoada.

O outono, de clima calmo, diz adeus
Aos anos de percursos atormentados;
Obrigou o mundo a solicitar a Deus,
A olhar para a Natureza e p´rós céus
A fim de ouvirem pedidos amargurados.

Aproxima-se a estação do frio inverno,
A branca neve, a estender lindo tapete;
Na montanha brilha carinho terno
Que acalma o desejo amigo e fraterno,
Alivia a dor que no momento sente.

É necessária a mudança urgente,
Escutar a vos enraizada no Saber!
Pensar, no irmão que vegeta ou, doente,
No emprego que navega no presente,
Na economia que ilumina a força do viver.

Planear, fortalecer a conquista
Sem esquecer a memória do passado;
Lutar, semear um futuro a vista,
Abraçar, de perto, a alma humanista,
Defender, com glória, o ideal libertado!

É preciso enfrentar os medos
A bem  de toda a Colectividade;
Cheirar o perfume dos arvoredos,
Renovar, fugir das estórias e enredos,
Acreditar com esperança na bondade.

Setúbal, 24/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto 
  



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

ESPLÊNDIDA MADRUGADA






No esplendor da madrugada
Brilhou uma estrela nos céus;
Trouxe a esperança desejada
Cuja arte fosse iluminada,
Deixou mo berço um filho de Deus.

Era dezembro!...Quadra de Natal!
No dia onze, falou o amor;
Perto do belo Castelo Nacional,
De Viana do Alentejo, em Portugal,
Floresceu um sonho criador.

No meio da fraternidade,
Naquela casa surgiram ais;
Como um grito de liberdade  
Entre pompa e solenidade
Que animou vontades dos pais.

São oitenta e quatro badaladas
Que entoam no relógio do mundo;
Festejam livres caminhadas,
Lembram as lágrimas derramadas
Pelo sentir mais profundo.

Pergunto ao dicionário da vida
Como resposta ao pensamento?!
Porque existe tanta dor sofrida,
Perda de filho, da mulher querida
Que vivem comigo, a todo o momento.

Neste tempo de comemoração
Sorrindo... à partilha com virtude!
Existe uma linda filha no coração;
Dádiva feliz, de calma união,
Oferece experiência e juventude.


Setúbal, 11 de dezembro de 2021
Inácio José Marcelino Lagarto






sábado, 6 de novembro de 2021

VENHAM VER O MEU CASTELO

 
                                                                            (Foto Francisco Fadista)

Castelo erguido no sopé sul da Serra
Conjunto belo que alegra o povoado,
Glória de Viana que ilumina a Terra
Pela história que nele encerra 
No Alentejo e  pelo mundo é admirado.

Tem a Igreja Matriz dentro do Castelo
Em honra de Nossa Senhora da Anunciação,
Feita em estilo Manuelino sem paralelo;
Na entrada, um majestoso Pórtico é vê-lo,
No interior, mostra arquitectura d´ elevação.

Tem a Igreja da Misericórdia, de nobres traços,
Também oferece espaços arquitectónicos;
À saída estende!.. Lindos e longos laços
Para visitarem a Vila, verem arte e cansaços,
Ao som de ternos cantares harmónicos.

No cimo da longa escadaria, triunfal,
Deslumbra a Mãe de Leite ou,  Cruzeiro;
Sobre o páteo com dupla visão divinal
Que convinda ao pensamento espiritual,
A todo o peregrino ou caminheiro.

Recebe a luz do luar, do calor do sol
Que querem naquelas ameias penetrar;
Protege o povo, da chuva, serve de farol, 
Olha a planície no extenso e calmo lençol
E, Nossa Senhora D´Aires no Seu Altar. 


Cercado de casario, hortas como jardim,
Os pioneiros Paços do Concelho abrigou!
Foi o primeiro cemitério que terminou por fim, 
Igreja de Santa Maria de Foxe ou Foxim
Para gente guerreira que no tempo labutou.


Setúbal, 06/11/2021
Inácio José Marcelino  Lagarto