sábado, 21 de setembro de 2019

VIVÊNCIA PARTILHADA



Nascemos, lutamos para a glória,
brincamos, levamos o tempo a sorrir
numa infantil chilreada.
Somos sementes de terno plano,
humano, de belo amor ufano
para uma ventura desejada.

Entramos no pátio da escola,
sentados à mesa do aprender
e, no saber formatando!
Na corrente da aragem,
imagem, por entre a folhagem...
vamos voando como um bando.

Como pombos que arrulham
criamos ninhos, casais e filhos,
ouvindo a voz fresca cantada.
Os trabalhos árduos iluminam,
afinam, mais tarde ensinam!
Dando orgulho à cruzada.

Reforçam a claridade
nas mudanças quentes e frias,
nos sons das pedras da estrada.
Os cinquenta alimentam,
fomentam, no amanhã lamentam!
Sobre aterra que não foi lavrada.

Oitenta anos! Faz-se inventário!
Usa-se compasso bem seguro,
na página, na mente, pintada.
Analisa-se a cruz erguida,
dividida, alegre ou sentida...
de uma Vivência Partilhada.

Setúbal, 21/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto

Nota:
        As memórias de avós e senhores
        acenam à mente com novo sonho
        páginas da vida que recomponho
        de campos campestres entre pastores.

        Inácio Lagarto

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

ESPELHO DO EXISTIR



Por muito variado que seja,
nada é igual ao nosso ninho
e junto do Rio que nos conduz.
Ali, encontro a virtude que sonhei, 
criei, belos poemas lavrei!
Sobre a Serra da Arrábida que reluz.

Vigio de perto o passado
e faço o balanço à vida!
Vou despertando o sentir.
Olho o retrato pintado,
modelado, do nosso fado...
ao espelho do Existir.

Mostra o sorriso e bondade
da luta em sobressalto,
páginas da juventude incerta!
Naquela mente sonhando,
voando, as penas molhando,
à descoberta… da morada certa.

De luz acesa a
o aprender
estou iluminando a memória,
daqueles brinquedos guardados
sobre o lançar do peão,
ao chão, com uma guita na mão, 
nos intervalos abençoados.

A idade vai crescendo, 
surgem plantas floridas!
Pequenos cravos e rosas
nascidos no jardim de candura,
ventura, pétalas de verdura,
geradas em cores mimosas.


Setúbal, 16/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto 


domingo, 15 de setembro de 2019

O FLORIR DOS SENTIDOS



Dias quentes de verão,
aquecem a mente, o coração,
o desejo e a saudade! 
Não escolhem a idade.
Deitado, na toalha sobre a areia,
com uma linda e doce sereia
que veio banhar-se na praia,
trazida por uma onda, desmaia.

Juntos, de corpos lavados e nus
esquecem o sinal da cruz
e ficam lado a lado, ternamente!
Sentem um calor ardente.
De palavras, semeiam a paixão,
em campo fértil no chão,
fixam o seu calmo olhar...
muito unidos!...Em longo sonhar.

Beijam-se na boca, com fervor,
Conjugam o verbo do amor!
Nele, procuram a liberdade.
Naquele grito de amizade
conquistam o paraíso;
invadem o que for preciso
até as  estrelas do céu brilharem,
na sua claridade...viajarem.

De jardim bem  lavrado,
com o fruto semeado...
entre cavalgada e harmonia!
Foi fecundado por magia.
Findas as férias de verão
partem com elas, a ilusão;
levam para longe os sentidos
daqueles sonhos floridos.


Porto Covo, 02/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

SAFARI NO ALENTEJO



Brilham as cores reais na Terra
entre diversos animais contentes!
Unidos, seguimos às descobertas
sobre o Belo que o sonho encerra.
Visitamos raças, de espécies diferentes,
sentados em tractor de caixas abertas.

Brincamos  com aves de rapina,
desfrutamos da vida selvagem!
Como a girafa de cabeça erguida,
a avestruz esperta, de visão fina
que passeia, livre, naquela paisagem
com o pavão de pena florida.

O corpulento búfalo, em manada,
veio-nos gentilmente cumprimentar;
Olhamos de perto, o macho veado,
no percurso da caminhada.
Vimos o lémure de cauda anelada a trepar
e no mato, a zebra de corpo riscado.

Depois, dos
lémures de barrigas vermelhas,
fomos alimentar os lindos flamingos;
estivemos com o enorme rinoceronte,
separado no tempo, das cabras e ovelhas!
Aos dias de semana e domingos
para uma vivência deslumbrante.

No Badoca Parque, no Alentejo,

em calma Savana Africana
bebemos, da ilustre temática!
Em Safari que senti e revejo
como riqueza cultural e humana,
fora da Região Climática.


Porto Covo, 08/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto


segunda-feira, 9 de setembro de 2019

PASSAGEM NO TEMPO



Vinte e seis de Agosto abriu-se a porta do céu,
iluminando a caminhada
e a janela das lindas fontes.
Unidos, voltamos a Porto Covo,
de novo, visitamos a Povoação e o Povo!
Olhamos os belos horizontes.

O Parque de Campismo abraçamos,
em espaços e condições especiais
com um florescer do passado!
Naquelas viagens sem fim,
assim, vão verdejando dentro de mim,
num sonhar antes sonhado.

Acompanha-nos um jovem amigo
a fim de elevar os  ternos momentos,
nas férias grandes do corrente ano!
Como prémio e orgulho presente,
da mente, pelo sorriso contente,
dando alegria a nobre plano.

Neste clima quente de praias no verão,
de Festas, nas ruas, em noites ao luar,
jamais falta amor, harmonia… 
em festival, artista a cantar,
rodopiar… entre hábil dançar!
Neste paraíso repleto de magia.

Setembro, acorda as obrigações:
- da escola, fábrica, ciência, oficina,
projectando as formas na criação,
Renova-se a vontade na vida,
sentida!... Partilhada e vivida
que vêm reforçar o coração.


Porto Covo, o7/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto




SOU DO MUNDO



Sai de Viana, de bicicleta, a pedalar!
Já cansado da caminhada
cheguei a Évora, olhei a Cidade,
plantei uma árvore sonhada.

Em histórico solo, com emoção,
iniciei novas cruzadas
entre o lutar, lutando!...
Cavalguei em outras cavalgadas.

Passei de vassalo a senhor, 
alcancei bravas conquistas;
disse adeus ao Alentejo,
fui criando artes imprevistas.

Com o comboio a apitar
só parei no céu azul;
lavei-me na água do Rio
que traz a corrente do sul.

Em Setúbal, Terra do Bocage,
converti o imaginário!
Ao Saber de gerações.
Sou reformado, fui bancário.

Porto Covo, oferece-me lazer,
protecção, acalma a mente.
De automóvel sempre a rolar,
venho aquecer-me, em sol ardente.

Sou de Viana, pertenço ao Mundo,
Alentejano de coração.
Uso a força do conhecimento!
Escrevo poemas com paixão.


Porto Covo, 06/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto






FUTUROS RISONHOS



Sito no Litoral Alentejano
em paisagem deslumbrante
e junto à Costa Vicentina
existe! um sonho humano.
Convida a caminhar o caminhante!...
Beber nesta fonte divina.

Porto Covo e Ilha do Pessegueiro

vivem, lado a lado, contentes,
partilhando belas imagens.
Falam do pescador e do marinheiro
entre bando de gralhas presentes,
voando livres , em calmas paragens.

Naquele abraço fraternal

recordam as caravelas amadas
e, descrevem a estória do Vizir.
Ambas, vigiam o mar de Portugal,
por areias e praias banhadas
com encanto! Deixam a Paz florir.

Porto Covo! É protegido por rochedos.

Elege o Vasco da Gama pelo Oriente,
na conquista do Mundo, com galhardia!
O Marquês de Pombal, homem sem medos, 
no seu Largo, olha o progresso de frente!
Iluminam!!! A terna harmonia.

Em partilha mui elevada, sentida,
na fraternidade conselheira
alimentam os novos sonhos!
Com ambição, firmeza de vida.
Unidos ao querer e à luz soalheira
elaboram…Futuros Risonhos.

Porto Covo,  05/09/2019

Inácio José Marcelino Lagarto


PRAIAS DE PORTO COVO



Fui à praia da Samoqueira,
em Porto Covo, calma banheira,
vi ao sol linda donzela!
Modelada e tão bela.
No busto fixei terno olhar, 
naquela figura de pasmar;
subiu bem alta a emoção,
acelerando o coração.

Numa onda cavalgava
aquela imagem, esbelta e brava;
seguia na rota dos rochedos
aonde são guardados os segredos.
Montava no dorso dos sonhos,
gritando...sons risonhos!
Só parou no denso areal 
a ilustre, cavaleira universal.

Mergulhou no mar salgado, a boiar,
aguardando pelo jovem par 
a fim do destino cumprir
quando o seu corpo despir.
Abraçaram-se ternamente,
beijaram-se loucamente… 
para trilharem longa viagem,
na luz forte da miragem.

Exploraram as dunas junto à terra,
sentiram o que cada canto encerra!
Riquezas da Natureza.
Envoltas por água e firmeza,
grutas secretas para jovens casais,
cujos desejos florescem iguais
na procura da liberdade.
Deixam ao tempo a Saudade.


Porto Covo, 04/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto






O ADEUS ÀS FÉRIAS



Chegou Setembro, mês das vindimas,
caiem as folhas, arrefecem os climas,
das árvores, aproxima-se o outono!
Os campos secam pelo abandono.
Iniciam-se os trabalhos da vida
naquela caminhada de crer sentida;
navegam na Net os belos amores,
ondulam os corpos entre os calores.

Tapam-se os seios bronzeados

que pelo sol foram queimados;
esbeltas donzelas são vestidas 
com gosto, imagens coloridas
cujo imaginário implora!
Aguardam impacientes a hora
para a campainha do desejo tocar
a fim do enamorado beijar.

A época do verão já terminou
mas, o sonho real não findou,
neste Globo, dia e noite, a girar!...
Com a Internet sempre no ar.
Despido de preconceito o viver,
acende-se a luz risonha do vencer!
É preciso amar sem condição,
partilhar o prazer, como uma bênção.

Beber, brincar, bailar na sala,

saber usar a palavra, com quem cala;
brindar ao lar, ouvir queixumes,
suportar alegrias e azedumes!
Cumprir o dever com elevação
na luz pura, acalmar o coração,
acordar do sonho fenomenal
e aguardar pelas  Férias do Natal.

Porto Covo, 04/09/2019

Inácio José Marcelino Lagarto

GAIOLA DA LIBERDADE



Deitado, sobre a cama ou no chão,
dentro da tenda com paixão!
Sacia-se o desejo e a vontade
entre elegância e bondade,
elevando o sonho com prazer.
Satisfaz a essência do querer!
Quanto ao amor,  fantasia...
alegrando a vida de melodia.

Fomentam-se contactos,
são elaborados pactos,
trocam-se olhares no momento,
profanam o pensamento...
entregam-se  à terna emoção!
Desde os pés ao coração.
Vagueiam pelos espaços
os enamorados sem cansaços.

Brindam à lua e à vida 
em taça de cristal sentida;
mergulham triunfantes no Ter
alegrando a virtude do Ser.
Tocam guitarra nas cordas dos nervos,
nos corpos dos livres servos!...
Os pares apaixonados
cantam versos iluminados.

Exalam perfume profundo!
Sem raça, credo ou cor no mundo,
acordam as madrugadas;
o sorrir de vassalos e fadas,
homens e mulheres delirantes;
casais, cavaleiros andantes.
Gozam o tempo que os invade
na Gaiola da Liberdade.


Porto Covo, 03/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto


PRAIAS DE SONHOS



Porto Covo é iluminado pelo Sol
e banhado por praias na Natureza
em clima temperado, aliciante,
ilustrando toda a Costa de beleza.

De Sines a São Torpes beija-se o mar,
a seguir… é protegido por rochedos!
Olha-se de perto a Ilha do Pessegueiro,
desfruta-se o Vizir entre segredos.

A povoação aguarda o visitante!
Terra de Turismo hospitaleira,
oferece guarida ao caminhante
e, belas imagens à vida companheira.

Caminhando, prossigo na saudade!
Vila Nova de Milfontes consola o sonho
e toda a visão graciosa … 
com um abraço fraterno e risonho.

O azul do céu encanta o espaço
deixando o pensamento navegar!
Lá longe! Vê-se o terno pescador
a lançar as redes, para o peixe apanhar. 

O sorriso eleva a fantasia
ao admirar tanto deslumbramento!
Sinto bater forte, o coração,
como sinal de contentamento.

Neste paraíso envolvente
encontro a paz e a harmonia;
as palavras, por vezes sentidas,
a florirem neste jardim de magia.

São horas, noites e dias, a sonhar!
Com tão aprazíveis caminhadas.
Memórias, vividas em liberdade,
nas partilhas Culturais, aninhadas.


Porto Covo, 01/09/2019
Inácio José Marcelino Lagarto

FESTAS EM PORTO COVO



Olhando a luz do luar,
José Cid, em Porto Covo, brilhou!
A voz do Povo aplaudio
aquela actuação fenomenal,
genial, em nada igual!...
A visão, na mente, floriu.

Com canções antigas a relembrar:
- o belo tempo e sonhar que passou,
partilhadas em ovação.
Falou das praias sagradas,
amadas, das casas pintadas!...
Da Ilha do eterno coração.

Festas e noites consagradas,
com arraial, divertimento,
à Virgem Mãe «Da Soledade».
Unidos na fé, em procissão,
oração, pedindo protecção
para o Pescador em actividade.

Neste mar de costa rochosa
em que habita a esperança
e a vontade de viver!
No Sudoeste Alentejano,
humano, em campo lusitano,
floresce a força do vencer.

Com Praça Marquês de Pombal
junto à Costa Vicentina,
Rua Vasco da Gama beijam horizontes.
O Pessegueiro é velho baluarte,
na arte, com o Vizir reparte!...
As memórias destas ricas fontes.


Porto Covo, 31/08/2019
Inácio José Marcelino Lagarto