segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MUNDO EM TURBILHÃO

Do alto caiu
...meteorito
luz em turbilhão!
Sorriso feriu
sentir aflito
criou emoção.

Céu azul rasgou
na terra aparece,
fere tradição.
Papa resignou
...do trono desce
na onda da razão.

Força fervilha
nada é igual,
no tempo e rumo.
Cresce a matilha
de diva global
fogueira com fumo.

Valores ruiram
há saga a roubar...
em feira deserta.
Sombras feriram
outro navegar,
viagem incerta.

Campos cruzados
bolsas vazias
no curso da vida.
Sonhos calados
vidraças frias
...brisa sentida.

Setúbal, 16/02/2013
Inácio Lagarto

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

IMPERFEITA SOLIDÃO


Como refúgio à saudade 
surge no tempo...solidão
apagando a fantasia!
O sonho flutua imerso
no abrigo ou castigo.
Fala mente com realidade
ao folhear da razão;
floresce a poesia
...aquece noite e dia
e o medo fica disperso.

Num silêncio profundo
vai enraizando a dor,
na força que vem da alma.
O que sente é diferente
olhando visão bem fundo...
lê belo interior
numa leitura calma!
Vê vida e querer presente.

Imperfeita ilusão
no caminhar da verdade!
Sossega a indecisão
que embriaga confusão
ao acreditar na vontade.

Setúbal, 08/02/2013
Inácio Lagarto

domingo, 3 de fevereiro de 2013

RAPOSAS NO POVOADO

Raposas descem ao povoado
em silêncio, hábeis e sorrateiras,
na procura de galináceos
para o grande banquete.
Deixam povo humilhado
...pilham suas sementeiras.
Navegam em luxuoso paquete
num mar azul, sagrado.

Vendidas por fama e desejo
a raposada perfila...sem medo
em vinha fértil amadurecida,
num tom sarcástico e devoto.
Na sombra dão um beijo,
vão tecendo novo enredo
...numa ilusão perdida
esquecem força da vida
transformam fé em terramoto.

O grito das sólidas montanhas
traz eco doutro passado.
Aquele Abril de façanhas
...calou raposas tamanhas!
Não quer Sonho amordaçado.

Setúbal, 03/02/2013
Inácio Lagarto