TEMPOS SOMBRIOS SURGEM

 

Temos esperança de ver o mundo reflectir 

Erguer a bandeira da paz sem condição

Mudar de táctica, de clemência Global

Pedir aos poderes, baixem as armas a sorrir

Ouvir a voz sofrida do coração

Somar ao viver a protecção Divinal!

Solicitar à lua mais amor

Olhar o sol que nos ilumina

Mergulhar nas praias em dias de calor

Beijar a Cultura pelo criar nos ensina

Recordar os belos feitos alcançados

Ignorar todos os sonhos perdidos

Organizar de novo serviços informados

Salvar o povo dos prejuízos sentidos.

São acrescidos velhos tormentos

Unidos à força do trabalho as tentações

Renovados que foram outrora

Geram discórdias nos pensamentos

Ensinam a vencer futuras emoções

Modificam a independência nesta hora.

Setúbal, 15/05/2022

Inácio José Marcelino Lagarto

MORO JUNTO AO RIO SADO

 É com muito gosto na vida

À Beira do Rio Sado morar;

Olhar a maré bem divertida

 Na faina da traineira ao pescar.

A Serra da Arrábida vem beijar

A calma Foz junto ao  Outão;

Banha a costa no longo enlaçar

Entre o rio e o mar com paixão.

Setúbal e Troia estão enamoradas

Pela sua mais Bela Baía!

As viagens são acompanhadas

Por golfinhos, saltitando, com magia.

Navega no terno ondular a saudade,

Com alegre ternura a solidão; 

Naquele espaço de paz e liberdade

A celeste paisagem é uma tentação.

Ó Sado cujos sonhos acarinhas

E dás voz ao povo, ao pensamento;

Carregas a força das águas vizinhas

Trazidas pela corrente em movimento.

Cidade de Poetas e de Pescadores,

De Igrejas, Palácios e Avenidas;

As estrelas iluminam os amores

Quando as lutas são sentidas.

Lá no alto, olhando o céu,

Está Du Bocage Poetizando;

Sobre balanço, sacrifício que sofreu,

Na India e no Oriente sonhando!

Setúbal, 13/05/2022

Inácio José Marcelino Lagarto