domingo, 30 de dezembro de 2012

FAMINTAS ALCATEIAS

Rompe Abril florido
cala inverno da dor;
novo cantar foi ouvido,
belo sonho renascido
e do grito brotou...flor.

Que importa gelo e feras
vestidos de amor, clarão!
Vão trepando como eras,
omitem as primaveras
dando luz à escuridão.

Povo não dorme nem esquece
vê a vida com seu olhar!
A velha história conhece,
sente mágoa, tanta prece
...sem lágrima p´ra chorar.

Moribundos por verdes netos,
presos à ilusão do mundo;
Seres fortes de aspectos
que silenciam afectos, 
crentes pelo azul profundo.

Famintas alcateias
vivem em noites sombrias;
descem às cidades, aldeias,
ficam com as bolsas cheias
sem temer ventanias.

Setúbal, 30/12/2012
Inácio Lagarto


REGRESSA AO TEU CAMINHO

Uma candeia acesa
pode ser um bom farol
que faz sorriso brilhar.
Lembra alma portuguesa,
iluminada pelo sol
que enaltece o lutar.

Tens nos campos verdejantes
a riqueza do teu pão.
As manhãs são radiantes
e do mar vem o pesqueiro,
as terras quentes estão...
são o belo mealheiro
que dá fruto à razão!

Regressa ao teu caminho
deixa futuro ao mundo quedo,
escolhe bem o destino!
O sonho não está sozinho...
de viver não tenhas medo.
Guardas nas mãos, tanto segredo,
que trazes desde menino.

Na serra há o granito,
no campo o arvoredo
e na água brilha a aurora;
teu olhar é infinito!
O amor começa cedo
não precisas de ir embora.

Setúbal, 30/12/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

NOITE FRIA ABENÇOADA

Perturba a saudade
no bolo rei falta a fava;
traz coelho à claridade
que no escuro se acoitava.

É Natal sem alegria
continuem a votar!
Ouçam toque da melodia,
afinem bem o cantar.

Neste País de mentira
que não honra o dever...
espartilha tudo à tira,
sonho do entardecer.

Foi trocado o bacalhau
por coelho, em lume brando;
servem tortas de vara pau
que o tempo foi criando.

Noite fria abençoada,
o Mago Gaspar sorriu;
a Estrela foi apagada
e o burro também fugiu.

É Natal! É Natal!
O Presidente já dorme.
Nesta Quadra Divinal
o Povo não mata a fome.


Setúbal, 17/12/2012
Inácio Lagarto

domingo, 9 de dezembro de 2012

PIANO DA VIDA

Esta piano da vida
tem as teclas desafinadas;
falta-lhe sinfonia
...perdeu alma e sentir!
Metade da pauta sacudida,
as letras, estão trocadas,
por mau tempo e ventania.

Setenta e cinco melodias
estão somadas na estante
do sonho a florir.
São sementes da poesia,
de jovem caminhante
que deixa lágrima cair
ao sorriso da fantasia.

O piano está tocando,
tem rosa e cravo a iluminar...
uma chama a aquecer!
A claridade espreitando
faz a mente brilhar,
deixando ao tempo...o vencer.

Não são ruídos do vento
nem marés do navegar
que calam este piano!
Só muda de cor, de momento,
continua suave, no sonar...
brilhando ao Novo Ano.

Setúbal, 11/12/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CORAÇÃO NÃO SE CALA

Coração que um dia chora
ao silêncio vai pedir;
seu bater quando implora
sem na vida poder sorrir.

Com ele se pode aprender...
dali comanda a mente!
Nasce etapa no vencer
coração...ama e sente.


    Escala altas montanhas,
    vai escrevendo poemas;
    planta árvores tamanhas,
    vai regando belos temas.

Neste querer dar a mão,
corpo esvazia sofrimento;
partilha sonho...dá lição!
Que fixa cada momento.

Coração não se cala
não se deixa atormentar...
muda ritmo e escala
que no peito faz timbrar.


Setúbal, 26/11/2012
Inácio Lagarto


terça-feira, 20 de novembro de 2012

MARIA SOL

Milú, Maria Só,
no escrever sempre serena;
teus Poemas são luz,
farol...
um carinho...a tua pena!
Ilumina nossa mente.
Caminhas Maria Sol
...Musa da Poesia,
aliada do coração;
aqueces o sorrir do dia,
como amigo estou presente,
ávido da bela lição.

Com amor aprendemos
no partilhar da glória;
grande é o saber
que dás no declamar.
Muito te devemos
dos escritos à memória,
na magia do oferecer
...tanta rosa a desbravar.

Poetisa, brilhante e bela
neste tempo do existir;
pintas o sonho de aguarela
nesta tela a florir.

Setúbal, 14/11/2012
Inácio Lagarto

domingo, 18 de novembro de 2012

DEUSES ZANGADOS


Ano aflito não termina
o sentir que sente, foge,
no balançar do sonho;
fugida da união
a resistência desatina.
O vento ruge, se move
...no tempo severo!
Neste alterar medonho
não se esvai, na opinião.

Inverno a chegar
clama o frio,
incendeia a lareira
que não aquece por igual.
Floresce o embalar
em corpo vazio;
cai chuva sorrateira,
desejo de Natal
...luz verdadeira
numa estrela a brilhar.

Enigmas, tornados
trazem solidão
dos deuses zangados;
pela falta de pão,
choros calados,
caminhos traçados
...aguardam razão.

Setúbal, 17/11/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CHEGUEI À CIDADE



Cheguei à cidade
pisei a longa Avenida.
Ao Rio vim ancorar...
floresceu minha vida
neste Sado, junto ao mar.

Cheguei à cidade
alegrei meu coração.
Vi Bocage no pedestal,
Arrábida dando a mão
a Tody... a divinal!

Cheguei à cidade
o pescador abracei.
Homens da faina sem medos,
como traineira viajei
calando doces segredos.

Cheguei à cidade
 olhei do Viso à Mitrena.
O casario ondulando
em linda razão amena
no crescer...vai sonhando.

Cheguei à cidade
como filho amante da Serra.
Velhas ruas vou palmilhando,
cada recanto lenda encerra,
nesta lição...sigo pelejando!

Cheguei à cidade
trouxe Alentejo na mala.
Nestas praias me albergo,
este Paraíso me embala
...à Nobre Setúbal me vergo.

Setúbal, 04/11/2012
Inácio Lagarto

domingo, 28 de outubro de 2012

ATRASOU A HORA





Dia mais curto
longa... é a noite
em que o sonhar floresce.
O silêncio acorda,
chega a nostalgia
por atalho astuto
que na alma se acoita.
A sombra aparece
no que pensa e sente;
alimenta a magia
na força e poesia
...alegra a mente.

Outono caminha
procura o Natal...
para o Eu aquecer.
A esperança que tinha
é hoje desigual !
É futuro...a sofrer.

O sol se esconde,
com medo fugiu;
a chuva cai,
corre...nem sei para onde.
O Mundo ruiu
e o Sonho...se esvai!

Setúbal, 28/10/2012
Inácio Lagarto

domingo, 21 de outubro de 2012

NASCER DA TERRA

Conta a estória perdida,
a despertar consciências
sobre a vida na Terra;
Planeta de sonho e viver
nasceu em solo Alentejano,
como segredo humano.
Em Marte foi descoberta
bactéria, igual conhecida
...nisso fala a ciência;
existe nas termas,
na água, na serra
que olham o padecer
naquela janela aberta.

Alentejo foi escolhido,
Cabeço de Vide, Fronteira
...em que divagam mistérios,
à sombra do belo montado!
Este globo vestindo,
de contorno definido
beijando a Terra inteira.
Floresceram impérios
entre sangue derramado
com o mar à sua beira!


Setúbal, 20/10/2012
Inácio Lagarto

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

VER A POESIA NA RUA


Quero ouvir
falar
gritar
ver a poesia na rua;
cantar sem nostalgia
sentir
sem reparar no caminhar 
da vida nua.
Quero esquecer
quem nos rouba
a liberdade,
o pensamento
a expressão
o ordenado
...deixem-me  viver!
Quero sonhar
ter ambição;
sinto um país
que não quis...
quero  cultura
semear arte
a palavra no coração.
Neste tempo, nesta razão,
é preciso gritar...NÃO!


Setúbal, 17/10/2012
Inácio Lagarto

FRUTO DA VIDA


Há luz na Arrábida a florir
com mistura de sonho e vida
no sol da manhã a clarear;
entra pela janela docemente
nesse prédio, nesse andar,
com águas do Rio Sado,
límpidas e mansas
...lindo rosto vêm beijar!
Calam mágoa, silêncio,
sentir!...
Olhas a praia, ao longe, vestida
de verdes esperanças;
Vês no Céu...bela Estrela presente,
num brilhar quente
que aquece o caminhar.

Neste coro de amizade,
Outubro uma rosa deu
que floresce no coração.
Quero festejar a idade
do tempo...que não é só teu!
És semente, fruto dos pais,
duma grande paixão. 

Mil beijos

Setúbal, 18/10/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PALAVRAS COMO SEMENTES


Ao lavrar a vida lavrando
o sonho quer aprender...
Vocábulo vai desfolhando
palavras leves como sementes!
Seguem na bela jornada
por entre pastagens quentes;
chegam ao Ser triunfal
numa corrente inacabada,
oferecendo de beber
com doçura e ritual.

Calam sede como água,
alimentam como grão;
acalmam toda a mágoa,
são luz emanada
que à vida estendem mão.
Com vontade reforçada
que cresce não quer parar
e aquece o coração.

Setúbal, 05/10/2012
Inácio Lagarto

PELO FUTURO GRITEI


Sou caminhante na vida...
olho de frente o horizonte!
Ouço a voz da infância
ganhando força sentida
em diálogo ou mito.
Palpito pela árvore e monte,
no cheiro da suave fragrância;
pela terra com meu grito,
numa manhã florida.

Hoje vibra novo gritar...
vestido de outra roupagem,
do que vivi e nada sei.
Vou perdendo o sonhar,
como nuvem e miragem
que pelo futuro gritei!
Numa ânsia desesperada
...o direito está a faltar
nesta curva da estrada.


Setúbal, 05/10/2012
Inácio Lagarto

UM PAÍS ÀS AVESSAS



 O sonho perde-se na bruma
por cobiças e tentações;
a esperança já esfuma
na vaidade dos barões.
A Bandeira no céu esvoaça
em data bem relembrada;
deixou a alma humilhada
...olhares amarrados ao chão!
República de pernas para o ar,
envolvida em nevoeiro,
como sinal de capitulação.
Soaram gemidos, no cantar,
numa voz que apavora!
Porque falta tanto dinheiro
e a felicidade...demora?

Regressam fantasmas do passado,
romeiros neste caminho;
pisam terreno encantado,
navegam em mar sagrado
...querem usurpar o ninho!

Setúbal,05/10/2012
Inácio Lagarto

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ASAS DA ILUSÃO



Nas asas da ilusão
vamos voando...
desde tempos bem remotos.
Perseguindo o imaginário
em viagem silenciosa;
no encontrar da razão
...sempre sonhando!
Renovando gente e fotos
para consolo do fadário,
duma justiça ruidosa.

Esvoaça o mistério
no braço do trabalhador;
no afago do dever,
do campo à oficina;
do escritório à tecnologia
quando o querer é sério.
Da força nasce a flor
que o pescador faz crescer;
todos guiam a bela sina
 e tornam o Mundo... em Poesia.

As nuvens são passageiras
num turbilhão ignorado;
não calam os passarinhos,
aparecem sorrateiras...
vão molhando os telhados,
não destruam  os ninhos!

Setúbal, 28/09/2012
Inácio Lagarto

domingo, 23 de setembro de 2012

OS SILÊNCIOS FALAM


Os silêncios falam,
soltam segredos;
a chaga ardente
...sombra de mansinho!
As dores calam -
libertam medos;
fogem à serpente
que anda no linho.

No silêncio: -
fala o coração,
ouve a vontade,
valoriza a certeza;
liberta a solidão,
grita a liberdade!
Vê florir a beleza
equilibradora do defeito;
aprende a relaxar
no caminho que teceu.
Arruma a alma no lugar,
dá à vida novo jeito
com a força...do Eu!


Setúbal, 22/09/2012
Inácio Lagarto 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A REVOLTA DE UM POVO


O País grita...está revoltado!
sem paciência, por tanta asneira;
já não acredita, sente-se roubado
na sua essência, na forma e maneira.

Filosofia, mesquinha ilusão,
sussurra ao vento que surge passando;
a melodia... vazia nos dão,
será lamento que vai voando!

Desperta o sonho que Abril acordou,
desejo forte hoje presente
...tempo tristonho que Povo calou!

A árvore cresce não seca a raiz,
é seiva com norte de boa gente;
tem alma que aquece... quer ser Feliz!

Setúbal, 13/09/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CABELOS BRANCOS


Com cabelos cor de prata,
estão transpondo barreiras;
ao consagrar o viver
no ideal que os exalta.
Aguerridos às fileiras
vão doando o conhecer,
à faina e juventude;
trazem força e virtude
...coração a arder,
na chama que dele salta.

Ser velho é bravo soldado,
aquele que o tempo guarda,
como sinal do porvir.
Mostra caminho andado
em viagem inacabada,
com amor e sentir.

É n
eve, vapor de sonhos,
nuvem clara da unidade
...desejo da alma ardente!
Silêncios e afagos risonhos
que agitam a saudade,
num olhar firme e presente.


Setúbal, 27/08/2012
Inácio Lagarto

domingo, 26 de agosto de 2012

ALMA DE OUTONO


Alma de outono traz razão
transmite nobres segredos;
faz ouvir novo perdão
na vontade...sem enredos!

Com árvores desnudadas,
campos cobertos de folhagem;
as paisagens envergonhadas
pelo trepidar da aragem.

O sol espreita...de sentinela
as aves, no chilrear!
seguem rota por viela,
vão em bando patrulhar.

Passam leves, deixam pena
que cai sobre uma planta;
esvoaçam com vida amena,
seu cantar tanto encanta.

A terra é embalada
com as águas da cascata;
de aroma é perfumada
do belo que dali dilata.

A Natureza nunca dorme
...oculta o soluçar!
Dá abrigo e mata a fome
vai renovando o Criar.

Setúbal, 25/08/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

NÃO SE APAGUE A MEMÓRIA


Não sendo um hábil profeta
sonho com a paz futura;
estamos galgando nova meta
queremos fugir...à escravatura!
Recordo tempos passados
do homem de alforje ao ombro,
pisando calçada da rua
com o rosto de assombro.
A vida não era só sua,
era do clã a sofrer;
da esmola vinha um trocado,
de peixe e carne, algum bocado,
para a fome esquecer.

Iam à praça amontoados
à espera do leilão;
na escolha abençoados
como gado do patrão.
Sobravam os resignados
no grupo, nesse dia;
alguns eram levados
por terem força e magia.

Não se apague a memória
nem se faça escuridão;
das imagens tenebrosas
que o ontem escreva história
por um naco de pão,
em angustias lacrimosas!

Setúbal, 20/08/2012
Inácio Lagarto

domingo, 19 de agosto de 2012

FALA A MEMÓRIA


Trago geração presente
que desnudo no espaço;
daquela vivência que sente
força que penso quanto faço.
No que a sombra levou
e no outono folha secou.

A memória fala comigo,
vem o sonho libertar;
desfolha querer antigo
sem o orgulho quebrar.
No amanhecer inacabado
...neste silêncio acoitado.

A seara do bom viver
embala a fantasia
que germina o escrever.

Floresce em joio ou grão,
fica guardado em poesia
no celeiro...do coração!


Setúbal, 19/08/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

NOITE CALMA


Noite calma,
calma...
que rompe a madrugada!

A madrugada desperta,
sorri a claridade;
o sol jorra
pela janela do quarto...
entra a liberdade.

Lá fora...corre veloz
o carro na cidade
gente apressada...
persiste o sonho,
nesta vida agitada.

Em silêncio o vento
brilha luz nova;
escondem-se estrelas
num louco movimento
e o Ser ...é posto à prova!

Chegada a noite
o silêncio regressa;
neste dilema
nasce Poema
...está-se bem!

Setúbal,13/08/2012
Inácio Lagarto

sábado, 11 de agosto de 2012

REGRESSO À ESCOLA


Férias terminam, segredos voam
UNISETI espera...abre fileiras!
Os sonhos afinam, saberes entoam,
a força libera as fainas inteiras.

Iremos voltar...com bela razão.
A Escola é um hino, alegra a mente;
mãos a enlaçar, num novo irmão
...toca o sino, alerta o presente.

Nasce sentimento, coração igual,
desejo verde...ciência a crescer;
renova momento com chama ideal!

A vida começa, não tem idade;
o aluno tem sede, sacia o beber,
viagem não cessa...solta a vontade! 


Setúbal, 10/08/2012
Inácio Lagarto

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

MÁGICO OLEIRO



Recordo o trabalho de dura canseira
do mágico Oleiro, na roda a moldar;
de olhar reforçado, preso à fogueira,
à espera do sonho que o viesse afagar.

Peças de barro, tosco ou vidrento,
com tradição da alma popular...
criadas por mão firmes e de talento,
na arte simples e no decorar!

Imagens da memória retocadas
...com motivos nobres e bem rurais
em bilhas, de água, imaculadas.

A emoção no tempo é sentida,
sem esquecer os saberes ancestrais,
porque a saudade é manto...Da Vida!


Setúbal, 09/08/2012
Inácio Lagarto


domingo, 5 de agosto de 2012

SOL DA VIDA


Seguimos caminhos, buscamos guarida...
lições e sonhos, brotam no criar!
A rosa e os espinhos dão sentido à vida
...saberes risonhos, não secam o ar.

A força desperta, suave imaginar
na alma a crescer...sente o sorrir!
Verdade liberta, o jovem pensar
não deixa tremer, jardim a florir.

O sol vai alto, brilha a primavera
...rufa o musical que se quer tanto.
Chegado ao planalto, só resta quimera!

De fresca manhã, rubi a arder.
Amar é igual, fantasia sem manto,
rico talismã... nas mãos do Vencer.

Setúbal, 05/08/2012
Inácio Lagarto

VERDES CAMPOS



Oh verdes campos do Alentejo,
terras duras que arados enlaçam!
Na planície doura o desejo
p´las searas...que no tempo passam.

Perfilam montados em procissão,
alegram rotas de gado e pastores;
do alto da serra vem protecção,
com luz das estrelas de multicores.

Povo extasiado na paisagem 
que sabe silêncio e grito escutar...
fiel e crente na sua viagem!

Fala com a vida, ao som do vento,
memoriza sonho, com belo cantar;
dando força e alma...ao pensamento!

Setúbal, 05/08/2012
Inácio Lagarto

SOMOS RENOVAÇÃO



Nós somos o fruto, a condição
dando a vida, caminho, ao homem novo;
para que brilhe luz na renovação
e, no amanhã cresça...Um Povo!


O que se pede, ao tempo, neste dia,
entre o sol ardente e temporal...
é que a claridade traga magia!
Haja fé e que o bem derrube o mal.


Tu és memória das águas correndo.
Nós, o muro que protege e chora;
Segura arvoredo...medos vencendo!


Somos palhaços, gente engraçada,
haste da vontade que ri na hora,
transportamos raiz e semente...passada!




Setúbal, 05/08/2012
Inácio Lagarto

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

BAILES POPULARES


Vagueiam recordações do passado
em mastros nas ruas em sinfonia;
entre corpos... amor era tocado
rodopiando, em larga folia.

Do alto, sonhos, estendiam braços
com flores e bandeiras, palpitantes;
as luzes iluminavam espaços
abrindo a noite... aos caminhantes!

Havia poesia na vida a bailar,
ao som da harmónica vibrando...
no sentir da razão, a flamejar!

Ficava a magia, frente a frente,
as estrelas e o riso beijando...
liberdade era igual a outra gente!


Setúbal, 02/08/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 31 de julho de 2012

COMPASSO NA VIDA



Seguindo a compasso no meu passo
vou gravando no tempo...o momento!
Conquistas e perdas que hoje refaço
que quebram o sono turbulento.


Luto para que a vida valha a pena,
olho de frente, com fé, o horizonte;
luz da aurora nem sempre é amena...
há que saber transpor tão bela ponte!


Sacudo o sonho por novos caminhos,
beijo a planície, na alma existente,
nos versos que faço...são doces carinhos!


Neste escrever, encontro a plenitude;
no barro esculpi a fértil semente
que brota... como força de virtude!




Setúbal, 31/07/2012
Inácio Lagarto

quinta-feira, 26 de julho de 2012

AVÓS



Vinte e seis de Julho,
novo raiar
na ambição
sabem sonhar!!...
Dia de fruto - 
Raiz  poderosa!
São avozinhos
árvore frondosa,
de protecção e amor!
Por vezes...
esquecidos
...feridos
e, tão sozinhos
na sua dor.
Chefes de Clã,
trazem passado
estão presentes
...são futuro!
Com seu afã -
apadrinham
por terem amado;
porque advinham
o que foi duro!
Mesmo dolentes
dão carinho -
aquecem netinhos,
tão de mansinho!...
Alegram os ninhos.


Porto Covo, 26/07/2006
Inácio Lagarto

segunda-feira, 23 de julho de 2012

NO SONHO VIAJO



Vejo-me caminhando na procura,
na vida e no tempo, fico falando;
na Internet encontro a ternura
com dedos nas teclas, vou musicando.


Viajo pelo sonho e mocidade,
berro ao silêncio que memória calou;
folhas feridas, ao longe da idade
que vento triste e forte...não levou!


A fonte escondida brota...não morre!
Na palavra liberto fantasia,
em noite  calma, na vida corre;


acordo a mente, canto à razão!
Na sombra leve embalo poesia,
com Vontade aqueço...coração.




Setúbal, 22/07/2O12
Inácio Lagarto 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

NATAL 2012



Crente na vida se espera...
É Natal!!! Sem subsídio.
Dorme Era na quimera
com palavra de sacrifício;
vem de fita enlatada
...de prenda não traz nada
destes sábios, de risos dolentes.
Fazem esquecer os Reis Magos,
sacrificam beijos quentes;
com teorias e lugares vagos
vão ofuscando a madrugada.


De mentira como os demais
neste tempo de devoção;
cada um engana mais
deixando frágil o coração.


Falo ao Menino do Céu
na sua cálida magia;
estende à Terra manto Teu
dá ao sonho um novo dia.


Quadra de ternos pinheirinhos 
de estrelas cintilantes;
muda os rapinas dos ninhos
deste mar de navegantes.
De sangue vermelho a jorrar
entre o verde da Natureza...
faz brilhar novo luar
que o Natal traga certeza,
ponha a barca a navegar!


Setúbal, 18/07/2012
Inácio Lagarto



quarta-feira, 11 de julho de 2012

ALENTEJO


Mote
Alentejo de sol quente
Terra de Povo trabalhador;
ao campo lanças semente
Cantas à Vida... com amor.


I
Belos sonhos não se calam
deixam ao tempo saudade;
vais lutando por igualdade
em silêncios que ainda falam.
Força e querer te amortalham,
não  esqueças... que tens gente!
Segues triste, perdidamente
as estrelas e o luar;
beijas a charneca devagar
Alentejo de sol quente.


II
No calado amanhecer
marulham águas das fontes;
ao longe...brilham os montes
donde o gado vem beber.
Vê-se prado a crescer
naquele jardim em flor;
refresca a mente do calor
no caminhar em amargura.
Lavrando solo com ternura,
Terra de Povo trabalhador.


III
Tuas árvores verdes choram,
gritam mágoas e imploram
ao machado... firme e seguro;
o mundo vagueia impuro
contra seres que exploram.
Naquele fadário dolente
tua voz geme e sente
...ceifas o trigo cor de ouro!
Foste árabe e um dia mouro,
ao campo lanças semente.


IV
Teu Povo, unido e sozinho
com coração revoltado;
no salário sempre roubado
suportando duro espinho.
Dás abrigo em lindo ninho
trazes na seiva o criador;
espalhas ao vento tanta dor...
com uma coragem presente!
Recolhes tarefas, contente,
Cantas à Vida... com amor.


Setúbal, 06/07/2012
Inácio Lagarto

sábado, 30 de junho de 2012

ACORDA DE BEM COM A VIDA

Como o sonhar espalhou
palavras ao anoitecer...
nunca janela fechou
para entrar novo nascer!
Acorda de bem com a vida
protegendo o coração;
a sombra anda escondida
num poema, numa canção.


Cada dia traz aventura
com orgulho de coragem;
abraçando a ternura
nesta vida, nesta passagem.


Beijando  o sol ardente
...misteriosos e sensuais!
Ouvindo tudo brandamente
como as gotas dos beirais.


O silêncio  cala o Ser
não deixa a ave voar;
Poeta fala do amanhecer
...faz a claridade voltar.
A vaidade em falsa boca
é pétala, caída ao chão;
 pisada como louca,
acorda a mente...dum mundo vão!


Setúbal, 30/06/2012
Inácio Lagarto

POETA NÃO SOU


Ser poeta...eu não sou
passo o tempo a meditar!
Horário para mim acabou
aqui e ali sempre estou,
para um poema partilhar.


Ouço o grito do oprimido,
vejo lágrima a jorrar;
o homem que anda perdido
aquele que sopra seu sentido...
neste mundo a girar!


Sossego minha razão
num brincar de criança;
espreito para além da visão
a paisagem e o verde grão
que conduz à confiança.


As verdades são caminhos
trazem da noite o madrugar.
A solidão crava espinhos
como a chuva cala os ninhos
que urge saber parar.


Olho o passado...com frio
querendo galgar as pontes;
aquela corrente do rio
deixou o futuro vazio,
bebo como água das fontes.


Setúbal, 05/06/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 4 de junho de 2012

VIDA ESCULPIDA

Creio no mundo ao criar
tão bela peça de arte
que a vida vai esculpindo;
mora sonho no partilhar
esquecendo que se parte.
As formas vão crescendo,
no frágil barro florindo;
o mistério acontecendo,
como relógio a balançar...
numa viagem cumprindo.


Primeiro aprendemos,
olhamos a lição...
fazemos o comentário!
Da escada descemos
a alma e paixão;
lido o imaginário
à vida agradecemos
...vagueia a solidão.


A obra permanece
no museu da saudade;
a chama se transforma assim
no silêncio que aparece.
Renasce noutra idade
que a vida molda...por fim!


Setúbal, 04/06/2012
Inácio Lagarto

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CIDADANIA

Viver em cidadania,
acorda a liberdade;
no partilhar alegria
...fomenta a igualdade.


Suave manhã floresceu
...Avenida veio beijar!
Bela união venceu
com saber, poder criar.


Envolveu criança a correr
ao mostrar doce frescura;
Pinheirinho a crescer,
muro pintado com ternura.


Pai ao filho ensina...
como respeitar o espaço.
Escola e a cantina
dão conforto...num abraço!


O menino e a menina
vão enleando a mão
trocam força ladina
gritam alto a emoção.


Enlaçando a harmonia
para memória sentida...
decorado com magia
fica o sonho da Vida!


Setúbal, 26/05/2012
Inácio Lagarto

sexta-feira, 25 de maio de 2012

TARDE SONHADORA


Maio de tarde sonhadora
acalma alma na ventania;
lembra ave voadora
na procura de novo dia.


A noite espreita a razão
no verde do arvoredo;
cansaço cala solidão
no tempo, guarda segredo.


Claridade  traz madrugada
que a terra bebe dela;
luz do céu emanada
...esperança suave e bela.


O Homem no saber sabendo
alimenta a nostalgia;
esquece vida que está sofrendo
vai secando o que havia.


Casario na rua corre
na escuridão escondido;
lágrima ao longe escorre
porque sonho anda perdido.


A brisa a lua abraça
...sentir da estrela aquece!
O barulho do carro passa,
Anseio de luta, aparece.


Setúbal, 24/05/2012
Inácio Lagarto



segunda-feira, 14 de maio de 2012

VALORES RUÍRAM

Neste silêncio a fé fala
em tempo de confusão;
o homem jamais se cala
quando semeia nosso pão.


Alentejo de sol quente
dele descreve a história;
com Mestre de Avis presente
lavrou páginas de glória.


A crise...triste passado
que caiu pela vontade
daquele querer tão sonhado!
faz sofrer a liberdade.


Nasceu fora sabem bem
com cobiça amealhada;
a força que dela vem
deixa a faina abandonada.


Com feitiço e enredo
todos querem o poleiro;
quem trepa...guarda segredo
como galo em galinheiro.


Só o pobre tudo paga
com suor, a sua vida;
alimenta grande praga
sem direito a guarida.


Os valores já ruíram
sem respeito à verdade;
Seres humanos feriram,
cresce na alma...saudade!


Setúbal, 12/02/2012
Inácio Lagarto

A CRISE

Mote
"Quem a crise provocou
está fora e sabe bem,
que muito o pobre pagou
nas contas dele também."


I
Em tempo de liberdade
naquele Abril a florir...
nasceu um novo porvir
na procura da igualdade,
cujo sonho plantou vontade.
A alma à rua voltou
...nova esperança traçou
sacudindo o frágil vento;
hoje, regressa ao pensamento
quem a crise provocou.


II
Neste semear de ilusão
escondido em matagais;
com um bando de pardais
está comendo rico grão...
foge e cresce sucessão
entre sorriso e desdém
beijos que da boca vem
segue um calmo caminho;
deixa o povo sozinho
está fora e sabe bem.


III
Colheram raízes da terra,
rasgaram redes do mar;
com a fábrica a fechar
as árvores choram na serra
e longo olhar se desterra.
Quem a riqueza usurpou
...terno coração calou
para subir na escada;
com uma vida afamada
que muito o pobre pagou.


IV
No silêncio do patrão,
com verdade a soluçar;
soa ao longe o madrugar
na procura da razão
...quer calar a solidão.
Vida não é de ninguém
e aquele que nada tem
partilha no capital;
com a força laboral
nas contas dele também.


Setúbal , 09/02/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 8 de maio de 2012

GENTE



Nasce criança
lindo florir,
duma semente
fertilizada;
cresce luzindo,
a chama...avança,
brilha o sorrir.
Amor presente 
na alvorada;
sonho vivido
em bela viagem.
Missão sentida,
rio a correr;
força da vida 
beija a aragem
...só quer vencer.
Não tenham medo
nem vergonha,
Velho é Gente.
Traz o segredo
de ter idade;
vida risonha
grito da mente,
voz da vontade.
Na caminhada
muito saber
e compaixão;
logrou viver
...guarda lição.


Setúbal, 08/05/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 24 de abril de 2012

A VERDADE?

O homem nasce e sonha
cresce, mente, faz sofrer;
planeia vida risonha
...usa dolo no viver,
vende ao tempo ilusão.
Sacrifica a vontade
esquece a paz e razão
extasiado pela verdade.


Traz a força do passado,
ofusca luz das fronteiras;
o mundo segue ondulado
por cobiças e asneiras.


São silêncios penhorados
por distantes constelações;
os erros estão embalados
nos bolsos dalguns ladrões.


Só a paisagem é pura
nela paira a liberdade
em aves, de bela ternura;
habitam nos arvoredos,
esvoaçam na planura
sob abobada divinal.
Mostram ao homem, felicidade
espalhando ao vento os medos;
sem diferença e igualdade
como verdade universal.


Setúbal,  22/04/2012
Inácio Lagarto

sábado, 14 de abril de 2012

SOL DE PORTUGAL

Nasce o sol em Portugal
vem romper a madrugada;
envolto num brilho especial
aquece a Vida, na calçada.

Caminha ao longo do dia
semeando emoções;
dá ao sonho linda magia,
vê florescer  soluções.

Rende-se à força do vento,
à geada por ousadia;
põe o mundo em movimento
deixa à noite a fantasia.

Renova no tempo  criação
com paisagem a verdejar;
emerge luz pela razão
olhando o mar ao espraiar.

Numa fértil cruzada
viaja por meses diversos;
aquela estrela fadada
guarda segredos dispersos.

Em silêncio e liberdade
oferece glória e riqueza;
trata tudo com igualdade
perfumando... nossa mesa!

Setúbal, 14/04/2012
Inácio Lagarto

domingo, 8 de abril de 2012

TOCAM SINOS


Tocam  sinos na igreja..
É Páscoa da Ressurreição!
Nova luz lampeja
traz ao Homem reflexão.

O passado foi embora
só a saudade ficou...
partiu sem escolher hora
belos corações quebrou!
Hoje o silêncio chora
pelo sono que embalou.

A Vida é caminhada
na vontade e lembrança,
deixa cheiro a rosmaninho;
da floresta ramificada
sobram lutas, sem confiança,
ávido sonho...fala sozinho.

Da infância que pularam,
primeiro beijo de amor;
futuro que não cruzaram
sentem o presente...com  dor!
Como chicote que vem bater
na alma sempre correndo;
carrega força e querer,
murmura ao mundo
...que está sofrendo.

Setúbal, 08/04/2012
Inácio Lagarto

sábado, 31 de março de 2012

GENTE DE TROINO


Há recantos de saudades
em tascas bem modernas;
as cartas escondem vontades
entre copos nas tabernas
contam ais de liberdades.

De palavras em comunhão
dura faina é realçada;
vão queimando a solidão
relatam corrente malvada,
calam mágoa...do coração.

Naquelas ruas e vielas
que o tempo jamais apaga...
raio de sol penetra nelas
pinta de sonho  lindas telas
com pescar que as afaga!

Mágica luz da Anunciada
faz brilhar novo sentir;
na janela encantada
acende vida abençoada
que do mar traz o porvir.

Vem de Troino belo passado,
das artes... valentia!
Bebeu da alma do Sado
burgo de águas navegado
graça franca de poesia.

Canta perfume e glória
rasga serra rio e  mar;
vence a onda da memória,
rega na tarde rara história
quando à terra...regressar.

Setúbal, 30/03/2012
Inácio Lagarto

quarta-feira, 28 de março de 2012

ÁGUA É VIDA



"PALMELA"
Terra de água e pomares
de belos tanques para regar
aplicando a gravidade;
ao perfurar o espaço
em corredor silencioso
...serpenteando na escuridão.
O líquido, no solo, vai correndo,
a estalactite formando,
como lágrima de cristal
tocando em nossos sentidos!

Viaja por terrenos sem-fim
alegra...lavadouros e lavadeiras!
Ouve velhas mágoas
em tardes soalheiras.
As roupas vão batendo
nos pedaços de velhas tábuas
com perícia e sabão;
lavam toda a sujidade
esfregada com a mão
num saber sem vaidade.

São estórias do tempo
contadas pelo Povo
seladas pela existência;
o longe volta de novo
como culto dum passado
gerando em união.
Mãe água
é força e vida
que nos beija...o coração.

Fazer caminho
é percorrer o presente!
Passado não mora sozinho
ele faz a ponte
que nos transporta ao futuro
renovando a luz
a viagem
que de longe nos conduz
entre a sombra e folhagem
e alimenta nossa mente.

Setúbal, 28/03/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 27 de março de 2012

TERRA DE SOL E ROMARIAS

Viana de Romarias
de Sol abrasador;
olha o Castelo  de D.Dinis
- Rei Lavrador,
Santuário da Senhora D´Aires
e Largo de S. Luís.
Rasga no tempo um clarão
a Fé, chega de longe,
traz peregrinos em devoção.

Visitam a Igreja Matriz
de rico Pórtico Manuelino;
Terra forte de olaria
em paisagem verdejante,
seguindo rota do destino.

Alcáçovas mostra chocalhos
para gado no adornar;
Concelho de vastos trabalhos
com doçaria d´encantar.

De todos os recantos do mundo
amo a Planície e beijo a lua;
aquele Alentejo profundo,
a Serra e calçada da rua.

Setúbal, 22/03/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 20 de março de 2012

PERFUME DO CÉU


Março vem acordar a primavera
neste dia...de aniversário
em que a vida voa como quimera;
o brilho vive do imaginário.


Setenta e três rosas mimosas
lembradas, com amor do coração;
em longas horas silenciosas
vêm afagar, com fé, a solidão.


Figura esbelta de altivo porte,
hábil companheira, de arte forte,
mulher bendita de sonho crente;


marido e filha não estão sós
porque do Céu vem doce voz...
que nos perfuma suavemente!



Viana do Alentejo, 17/03/2012
Inácio Lagarto

terça-feira, 13 de março de 2012

PAI É LUZ

Dia de São José
faz ouvir o coração;
a vida vive com fé
evoca infância e afirmação
no princípio da caminhada.
Soa no ar saudade
sem Pai...é o nada!
Ele é estrela, na cruzada,
no sonho da liberdade.

PAI é luz que afaga
ilumina e ensina;
uma candeia que não apaga,
consciência em nobre sina.

Aquela árvore protege
nela cresce a fantasia;
acolhe o pensamento
em tempo de ventania.
Seu querer nos elege -
acarinha o sofrimento;
em noite pavorosa
na realidade do dia.

Belo e fiel companheiro
de olhar alegre e quente
transporta amor verdadeiro
seu SER...está presente!

Setúbal, (19/03/2012)
Inácio Lagarto