quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

OS ASTROS


Só as verdades unem os Povos,
Como filosofia ao pensar;
Os Astros são visíveis e, não novos,
Dando conhecimento ao estudar.

...Ciência é Internacional,
Quando se respeita a partilha;
Há uma fronteira inicial -
As estrelas, não vivem numa Ilha.

«GALILEU», um dia afirmou!
Acreditou no desconhecido;
Para o Céu, seu olhar fixou
E, o microscópio foi construído.

Imagem no escuro, não termina,
Na imensidão do Universo;
Basta ter, tecnologia cristalina,
Para ver, o que está submerso.

As chuvas, os ventos e o nevar,
Tudo9 na vida, alimenta o sentir;
O Sol e a Lua no iluminar ...
São a razão do existir!


Setúbal, 27/01/2009
Inácio Lagarto

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A RAVE EM PORTO COVO


Ponto alto em Porto Covo,
É a Rave fenomenal;
Terna união do Povo,
Sem Raça - Com idoso ou novo,
Em Teatro natural.

Praia Grande tem beleza,
Enfrenta a onda sem medo;
Recebe do mar, a riqueza,
Nesta Costa , há certeza,
No sopé ou no rochedo.

Banhada por saudade!
É irmã doutras rainhas;
Senhora da Soledade -
Com manto de Divindade,
Protege pesca e prainhas.

Neste espaço ancestral,
Tanta força aqui se exalta!...
Numa loucura fatal,
Lindo efeito musical,
Acende-se a luz da ribalta.

Sobre extensas areias
Surgem, imagens ladinas;
Lá longe... Espreitam Sereias!
Aquecem os corpos, com teias,
O Lazer foca nas ravinas.

Ouvem-se gritos suados!...
Do alcool, tabaco e droga;
Os SERES, estão molhados,
Os Deuses atordoados,
Aqueles Juízes com toga.

Controlam a liberdade...
Deixam flutuar a mente!
Numa Noite de igualdade,
Acalentam a mocidade;
Naquela chama ardente.


Porto Covo, 28/08/2004
Inácio Lagarto

ARREPENDIMENTO


A Praia Grande, está tão triste,
Convenceu-se que era a mais bela;
Nesta zona, tanta Arte, existe;
Tantos lugares que jamais viste!...
Quanta beleza como aguarela

Os Deuses, certo dia, ralharam,
Ao verem tão enorme conflito;
As águas, por ali, avançaram,
A estrada, também estragaram;
Hoje chora, pelo que tinha dito.

Ficaram por fim divididas,
Como: - Burrinho e Samoqueira
Tão tristes - sofrendo e sentidas...
As da Ilha não foram esquecidas;
Banhadas pela mesma bandeira.


Tudo na Vida passa a correr,
Esqueceram aquela desgraça;
O Sol - voltou a aparecer,
A vaidade foi para esquecer!
Têm areia, branca com raça.

Riquezas da Costa Vicentina,
De lindas praias, outras não vejo;
Terra - tão bonita e ladina
Com Arquitectura Pombalina,
Em Porto Covo, no Alentejo.

Porto Covo,02/02/2001
Inácio Lagarto

ALMAS DE CARGA


Somos algumas, « almas de carga »,
Vivendo, tristes, sem aconchego;
Sempre à espera daquela vaga,
Usando da força que se apaga,
No lutar por mero emprego.

Neste saltar aos turbilhões,
Entre castelos em movimento;
Fazem sofrer, muitas ilusões,
Deixadas... Por várias estações,
Criando feridas, ao pensamento.

Não basta apenas existir!...
Se o Sol nunca aquecer...
Nem a chuva do Céu cair!
Fica o SER sem sorrir -
Quando o coração não bater.

Como o Mundo seria diferente,
Se a verdade não fosse miragem?!
O sonho, corria livremente,
A vida, era transparente,
Não ondulava na viagem.

Em ERA - «De Mercado Global»,
Tendo Lucro como ambição;
Procura-se parceiro ideal -
Sem custos, para Valor Real,
Pouco importa, estender a mão.

Setúbal, 22/01/2009
Inácio Lagarto

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

SENHORA DOS MAREANTES


Este Mar em que se navega,
É desbravado pelo Pescador;
No barco ou, na faina carrega,
O peso de tanta dor.

Ele flutua a sonhar...
Sai para além do belo Rio!
Bate nele, vento a soprar,
Regressa à Doca, em tempo frio.


SETÚBAL DO RIO AZUL,
Com corrente, vinda do Sul,
Na Baía mora a Paixão;
Duma Costa com real encanto,
A Arrábida, estende-lhe o manto,
Banha-se calmo, junto ao Outão.


Salta carapau branquinho,
Fica na rede a espelhar;
A peixeira vende - o fresquinho,
Cai na brasa para assar.

Nossa Senhora dos Mareantes,
Com todos os Anjos dos Céus;
Lá longe !... Em águas distantes...
Protege...Os Filhos Teus!


Setúbal, 05/01/2009
Inácio Lagarto

MISTÉRIO


O passado nos atormenta,
Nos faz sentir quanto se pensa!...
Neste lutar, nada se lamenta,
Nem o viver, foi uma sentença,
Quando os problemas são reais.
Todo o frio se aguenta -
Com o manto dos vendavais,
Quando sopra da montanha;
Ouve-se o que o Céu nos diz!...
Nossa alma nos acompanha,
Porque o sonho no dia quis;
Guardo um mistério comigo...
Que não posso revelar!
... De ter e ser o teu amigo,
Cedo ou tarde, vou - to contar.


Setúbal, 03/01/2009
Inácio Lagarto

2008 - ANO A ESQUECER


Ano mau findou,
Deixou amargura,
Saudade -
Em toda a sua densidade.
Foi horrendo!
Muito cristal derramou!...
Entre tristeza -
Ficou secura,
Pairou corrupção;:
Traiu verdade,
Em corações ardendo;
Neste Mundo de brandura,
Em que vagueia a incerteza,
Nesta morna prostração.
Nós bebemos deste fel...
Tão azedo que a vida oferece!
Não é igual, ao doce mel,
Que na colmeia floresce;
Nem igual!... À fé, da nossa prece.

Setúbal, 02/01/2009
Inácio Lagarto