segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ALMAS DE CARGA


Somos algumas, « almas de carga »,
Vivendo, tristes, sem aconchego;
Sempre à espera daquela vaga,
Usando da força que se apaga,
No lutar por mero emprego.

Neste saltar aos turbilhões,
Entre castelos em movimento;
Fazem sofrer, muitas ilusões,
Deixadas... Por várias estações,
Criando feridas, ao pensamento.

Não basta apenas existir!...
Se o Sol nunca aquecer...
Nem a chuva do Céu cair!
Fica o SER sem sorrir -
Quando o coração não bater.

Como o Mundo seria diferente,
Se a verdade não fosse miragem?!
O sonho, corria livremente,
A vida, era transparente,
Não ondulava na viagem.

Em ERA - «De Mercado Global»,
Tendo Lucro como ambição;
Procura-se parceiro ideal -
Sem custos, para Valor Real,
Pouco importa, estender a mão.

Setúbal, 22/01/2009
Inácio Lagarto

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