terça-feira, 27 de novembro de 2012

CORAÇÃO NÃO SE CALA

Coração que um dia chora
ao silêncio vai pedir;
seu bater quando implora
sem na vida poder sorrir.

Com ele se pode aprender...
dali comanda a mente!
Nasce etapa no vencer
coração...ama e sente.


    Escala altas montanhas,
    vai escrevendo poemas;
    planta árvores tamanhas,
    vai regando belos temas.

Neste querer dar a mão,
corpo esvazia sofrimento;
partilha sonho...dá lição!
Que fixa cada momento.

Coração não se cala
não se deixa atormentar...
muda ritmo e escala
que no peito faz timbrar.


Setúbal, 26/11/2012
Inácio Lagarto


terça-feira, 20 de novembro de 2012

MARIA SOL

Milú, Maria Só,
no escrever sempre serena;
teus Poemas são luz,
farol...
um carinho...a tua pena!
Ilumina nossa mente.
Caminhas Maria Sol
...Musa da Poesia,
aliada do coração;
aqueces o sorrir do dia,
como amigo estou presente,
ávido da bela lição.

Com amor aprendemos
no partilhar da glória;
grande é o saber
que dás no declamar.
Muito te devemos
dos escritos à memória,
na magia do oferecer
...tanta rosa a desbravar.

Poetisa, brilhante e bela
neste tempo do existir;
pintas o sonho de aguarela
nesta tela a florir.

Setúbal, 14/11/2012
Inácio Lagarto

domingo, 18 de novembro de 2012

DEUSES ZANGADOS


Ano aflito não termina
o sentir que sente, foge,
no balançar do sonho;
fugida da união
a resistência desatina.
O vento ruge, se move
...no tempo severo!
Neste alterar medonho
não se esvai, na opinião.

Inverno a chegar
clama o frio,
incendeia a lareira
que não aquece por igual.
Floresce o embalar
em corpo vazio;
cai chuva sorrateira,
desejo de Natal
...luz verdadeira
numa estrela a brilhar.

Enigmas, tornados
trazem solidão
dos deuses zangados;
pela falta de pão,
choros calados,
caminhos traçados
...aguardam razão.

Setúbal, 17/11/2012
Inácio Lagarto

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CHEGUEI À CIDADE



Cheguei à cidade
pisei a longa Avenida.
Ao Rio vim ancorar...
floresceu minha vida
neste Sado, junto ao mar.

Cheguei à cidade
alegrei meu coração.
Vi Bocage no pedestal,
Arrábida dando a mão
a Tody... a divinal!

Cheguei à cidade
o pescador abracei.
Homens da faina sem medos,
como traineira viajei
calando doces segredos.

Cheguei à cidade
 olhei do Viso à Mitrena.
O casario ondulando
em linda razão amena
no crescer...vai sonhando.

Cheguei à cidade
como filho amante da Serra.
Velhas ruas vou palmilhando,
cada recanto lenda encerra,
nesta lição...sigo pelejando!

Cheguei à cidade
trouxe Alentejo na mala.
Nestas praias me albergo,
este Paraíso me embala
...à Nobre Setúbal me vergo.

Setúbal, 04/11/2012
Inácio Lagarto