quarta-feira, 30 de novembro de 2016

OBRIGADO!


A amizade cultiva-se!
Depois é trabalhada
regada
aquecida.
É preciso acreditar
na palavra criada
respeitada
sentida.
Neste caminhar na Vida.

Setúbal, 29/11/2016
Inácio Lagarto

RAÍZES DO APRENDER


Palmilhando a estrada da Vida!
Aqui e ali, aparece uma surpresa.
Felicidade florida na singeleza
tocando no sonho, imagem sentida.

Figura calma, com magia, na partilha,
comungando na palavra...Poesia!
Em humildade, crente na luz do dia,
haja chuva ou sol, estende a mantilha.

A idade...fortalece as raízes
dando frutos, frescos, amadurecidos;
só corações puros são escolhidos,
sem olhar à cor, lonjura de países.

O Tempo rejuvenesce a criatividade
sem ninguém julgar...o novo aprender.
Vai fortalecendo  a alma, o Saber,
porque a memória, não esquece a vontade.

Ser Amigo, é convidar ao sorriso!
Filtrar do céu, escolhendo uma estrela.
Por ser humana, com bondade, é vê-la
beber da taça, o labor quando preciso.

De que serve guardar silêncio gravado,
dos grupos, de cânticos, com ventura!
Só a harmonia musical dá ternura
e o amanhã  será...Irmanado.

Setúbal, 29/11/2016
Inácio Lagarto

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

SORRI! É A SOLUÇÃO




Neste balançar frenético, falta de paciência,
não tolerando abusos de liberdade.
confundem libertinagem por amizade,
velho respeito não faz parte da ciência.

Dói-me a mente por palavras ocas,
depravações dos tempos e costumes;
de facas afiadas, em pedras, seus gumes
que podem ferir, sangrar, sujar as roupas.

Partilha do Povo é um bem sagrado!
Cria clima, no falar, mantém a prosa.
Com trocadilhos, ganha menção honrosa,
porque a vida, não cala, sonho guardado.

Cultura de Rua...planta, semeia manobras,
aquece as frases, em combustão das brasas.
Vão ao estendal, no quintal das casas!
Soltas ou presas como língua das cobras.

Há quem julgue o próximo por defeito!
Trabalhe na fábrica, escritório, jogue à bola;
no campo, emigre ou peça esmola...
O Homem livre pode ser um eleito.

Sorri! Cumpre regras de cidadão.
Saber escutar, ouvindo...sem responder,
aconchega a verdade, como o dever.
Os silêncios sobem na escala da razão.


Setúbal, 23/11/2016
Inácio Lagarto




terça-feira, 22 de novembro de 2016

PRAÇA ILUMINADA

(Foto retirada do Google)

Praça iluminada

Dezembro enfeita ruas
com colorido duradouro
Du Bocage e constelações.
As paredes não ficam nuas
iluminando as fitas de ouro
...sorrisos alegres das multidões.

Setúbal, 22/11/2016
Inácio Lagarto
 

SONHO DE NATAL

(Imagem retirada do Google)
 
Sopra vento sem idade
e a chuva bate lentamente
...pura e leve cristalina.
Cai gelo no campo, na cidade,
vem refrescar a mente
nesta Quadra Divina.
O sol corre e passa,
por entre nuvem escura
arrastando o seu brilho.
Surge um Anjo, na sua graça,
de música alegre e segura
 animando calmo trilho.

O Sonho que anda perdido
na estrada da razão 
quer encontrar o regaço.
Realça o Crer sentido
que toca no coração
fazendo calar o cansaço.

Num inconfesso desejo
cai uma lágrima do rosto,
saltitando de emoção.
Quente no seu ensejo
vem beijar, com afago e gosto,
o Dezembro...mês do perdão.

Neste Tempo tão querido
de intenções, confianças!
Há caminho percorrido
com percurso desigual.
Voltam Paz e Esperanças
neste Sonho de Natal.


Setúbal,22/11/2016
Inácio Lagarto


sábado, 19 de novembro de 2016

CHAMA DA VIDA

(Senhora do leite-Viana do Alentejo)

CHAMA DA VIDA

Não venho derramar um pranto
enquanto dura a minha chama
nem esboçar contentamento.
Toda a vida alegro com canto
a bela arte também se ama!
Vou partilhando cada momento.

Setúbal, 18/11/2016
Inácio Lagarto

NA TERNURA DA VIDA

(Foto retirada do Google)
Na ternura da vida
há sonho a alimentar!
Um aconchego presente,
uma mágoa sentida
pelo vento ao passar.
Deixa Amar, docemente,
porque nos vem amparar!
A alma e a mente.

Afectos não secaram
fascínios e promessas!
Das memórias silenciosas.
Idades- Saberes trocaram,
no teatro da viagem, as peças
por cores... de belas rosas.

Umas são de gratidão,
nas folhas, com verde da liberdade;
outras azuis, lembrando o céu
ou vermelhas, como a paixão.
Brancas e puras da virgindade
...todas têm um tempo seu.

Da janela ainda aberta
olha-se o jardim dos sonhos
e a abobada estrelada.
Na caminhada certa
ouve-se o chilrear dos pardais,
esvoaçando... risonhos.
No solo, a terra é trabalhada
com cultivos desiguais.

Mudam-se itinerários,
costumes, vontades e mentes.
Divaga-se nos imaginários
sem cumprimento de horários.
Ter anos! Não somos diferentes.


Setúbal, 19/11/2016
Inácio Lagarto

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PRAIAS

PRAIAS

Ali! Não há erotismo mas, verdade,
nem o Amor se vai esvaziando!
Mostrando sentir, sentimentos sensuais.
No mar, no tempo, banha-se a liberdade,
nas ondas das marés fica-se espraiando,
ao sol, ao vento... todos diferentes, todos iguais.


Setúbal, 16/11/2016
Inácio Lagarto 

NU BANHO

(Porto Covo -Sines)


Alegra-te! Murmura ao ouvido!
Na praia ou na banheira.
O silêncio fica perdido
no sonhar à nossa beira.

Não há sombra, força errada,
entre o sabão e a água.
No banho lado a lado
há imaginação e não mágoa.

Sede inocente a vida inteira,
deixa o cabelo ondular!...
A maré surge sorrateira
batendo nos corpos devagar.

Despe as vestes para beijar
belas mentes errantes.
A espuma, corre para o mar
sem a bússola dos mareantes.

Deixa-te lavar na corrente,
ao vento febril, soprando no ar.
Sentimento vive presente
...partilha do verbo Amar.

Acaricia o sorriso
na festa da amizade.
Olhar trocado é preciso!
Ao tempo solta a liberdade.

Fixa a lua, as estrelas,
mergulha...nas gotas da paixão!
Sem pudor é revê-las
saltitando no coração.


Setúbal, 16/11/2016
Inácio Lagarto

domingo, 13 de novembro de 2016

DEZEMBRO BATE À PORTA

(Foto retirada do Google) 

Dezembro bate à porta,
um Anjo quer entrar...
traz esperança, à Humanidade,
num saco cheio de sonhos!
Às costas das estrelas
Onze meses! Nada importa!
Basta trabalhar.
Apenas um, faz contabilidade,
os outros...São tristonhos!
Partilha e Paz ? Nem vê-las.

Cai neve, vem o frio,
carrega lenha para a lareira,
cresce na vida abundância.
Nas ruas há correntio
com a fé à sua beira,
alimentando lucro e ganância.

Acendem-se  luzes de harmonia
procurando, Amor que brilha no alto!
Do Tempo, no espaço voando.
Acaba a noite começa o dia,
nossa mente em sobressalto!
Ensejo de futuro criando.

As horas vão esquecendo
que o Amor anda disperso
batendo, no coração do mundo;
por detrás da vidraça
caie uma  gota a chorar!
Agonia aparecendo
neste belo Universo.
Com pensamento profundo,
quanta prenda a embalar!...
Quando a Verdade é de graça.


Setúbal,  13/11/2016
Inácio Lagarto
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

SEGUNDA FEIRA


(Foto retirada do Google)


Segunda feira, cheira a Poesia!
Vem dinamizar o bom humor
partilhando, a Amizade.
Aprender, fomentar alegria,
tratar a palavra com calor
dando de beber à saudade.


Setúbal, 10/11/2016
Inácio Lagarto



 

CHEIRA A POESIA

(Foto retirada do Google)


Fechei os olhos! Acreditei!
Na Amizade que nos circunda,
não importa o espaço para actuar.
De momento cheirei...
Uma mistura profunda.
Ali! Existe Arte, vontade de criar!
Perfume da partilha,
um querer aprender
no Tempo! Terna mantilha,
com Mestras do Saber.

São caminhos não andados
seguindo direito à luz;
numa experiência, fecunda e bela,
vinda da mente, com prazer.
São Saberes trocados
que aos sonhos nos conduz; 
na escrita, a alma revela
...alegria, força de viver.

Da palavra brota amor,
no sentir e dizer a verdade;
mesmo que seja de dor
ou, da paisagem em flor...
sem esquecer a Idade.


Setúbal, 10/11/2016
Inácio Lagarto

PROMESSAS

(Foto retirada do Google)


PROMESSAS

Todas as promessas são iguais
quando o sonho a Vida abraça
ou alimenta a desgraça!
Porque humanos são estranhos.
Cobiça  vive presente! É demais!
Embalada, em palavras, de graça...
seus sorrisos são tamanhos.


Setúbal, 10/11/2016
Inácio Lagarto

 



AMORDAÇADA

(Foto retirada do Google)


Quero viver! Escrever!
Não sequestrar a liberdade
nem amarrar o pensamento.
Não resfriar a paixão
nem sacrificar outro alguém.
A luz acesa quero ter
a brilhar na igualdade!
Sem cordas, nem mudanças, no momento
calando, a força da razão.
Somos livres! Ninguém é de ninguém.

Somos donos do ideal
na amizade que nos enlaça!
Companheiros no Amor.
Filhos da Vida e do lar
cuja esperança, nos abraça,
à espera de um mundo melhor.

Navego na Natureza
no barco, do Tempo, a sorrir e a cantar
olhando o sol e a lua;
com encanto e beleza
ouvindo, o silêncio a murmurar!
Como é bom ser livre, caminhar na rua,
sem açaimos...poder sonhar.

As cordas servem para unir!
Não amordaçar.
São elos na corrente da Vida!
Força no vencer.
Não criam angústia ao sentir!
Medo de opinar.
São feitas de fibra enrijecida!
Dum outro amanhecer.


Setúbal, 10/11/2016
Inácio Lagarto
 
 

domingo, 6 de novembro de 2016

A NOITE DESCE À BAÍA

(Imagem retirada do Google)



A noite desce à Baía!
Ouve-se o marulhar das águas,
os sons da cidade soam no ar.
Calam-se as aves, surge a fantasia,
deitam-se as mágoas
embaladas, na seda, do luar
e as estrelas cantam...ao Amor.

O silêncio rouba a casta pura,
mães dos filhos do amanhã
que trocam o sonho por incerteza.
Tornam a sombra impura
acordando noutra manhã,
com o sol a brilhar na certeza.

O dia clareia a verdade!
Olha a fonte que da Serra desce
trazendo a corrente que rega o Rio.
Luz acesa da idade
que no tempo rejuvenesce...
estando o vento quente ou frio.

Paraíso abençoado!
Cada casa guarda mil sonhos,
de todas as artes...do pescador.
No Presépio da Vida iluminado
projectam-se, desejos risonhos,
por mãos de Poesia, fé e ardor.


Setúbal, 06/11/2016
Inácio Lagarto


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sábado, 5 de novembro de 2016

QUERO VER A POESIA NA RUA

(Imagem retirada do Google)

Quero ver a Poesia na rua, a saltitar,
O Povo sorrir de alegria,
a criança brincar...não a pedir!
A tudo tem direito, sem humilhação.
O sol é livre, vem partilhar
seus raios luzentes, ao longo do dia!
Deixando, ao Ser, o calor sentir,
sem sofrimento, sem emoção.

A Vida amolda-se ao cansaço,
com sonhar, no crer, que nos sustenta,
na chama ardente dos valores.
Na caminhada acerta o passo
sem medo, da velha tormenta!
Somos irmãos em direitos e labores.

Minha rua acordou diferente!
Cortaram árvores, para lucro passar;
constroem casas, esquecem jardim!
O cimento, enche bolso de gente...
não há verde para divagar
nem, para Poesia Dizer - Criar!
Existem faixas, estreitas, sem fim.

A noite fica serena
o dia acabou! Com sombra, sem tribuna eleita!
Ouve-se o sapatear na calçada.
A iluminação é terrena
reflectindo, se a faina for perfeita.
Sem Poesia.... resta nada.

Setúbal, 05/11/2016
Inácio Lagarto

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

VIAJO NO TEMPO

(Foto retirada do Google
Ruinas de São Vicente - Viana do Alentejo)


Para meu coração bater, porque Existo!
Ultrapasso a crise, com abnegação.
Minha mente voa! Eu persisto! 
Mostrando fé na Vida, força e paixão.

Olho a ilusão, sofro pelo futuro,
como o orvalho que branqueia a paisagem.
Tento transpor o bosque, o alto muro
na caminhada verde da viagem.

Quero ouvir o vento que passa a cantar
por entre arvoredos no seu trinado.
A harmonia da Natureza nos deixa sonhar...
fazendo eco, às ternuras, do nosso fado.

Os pássaros acordam, na sua lida,
povoam o espaço, com arte e magia.
Eu desperto e eles, fogem em corrida!
Mistérios dos tempos, luz da filosofia.

Bateram â porta, da noite, não vi ninguém!
Era o passado na sua ausência.
Silêncios, amores de quem nos quer bem
cavalgando, nas estrelas da inocência.

Vinham da Terra Mãe trazendo o crer!
Neste Rio Azul encontraram raízes.
Beijaram meus passos, meu terno aprender,
iluminaram, meu rosto, com dias felizes.

Setúbal, 02/11/2016
Inácio Lagarto