sábado, 5 de novembro de 2016

QUERO VER A POESIA NA RUA

(Imagem retirada do Google)

Quero ver a Poesia na rua, a saltitar,
O Povo sorrir de alegria,
a criança brincar...não a pedir!
A tudo tem direito, sem humilhação.
O sol é livre, vem partilhar
seus raios luzentes, ao longo do dia!
Deixando, ao Ser, o calor sentir,
sem sofrimento, sem emoção.

A Vida amolda-se ao cansaço,
com sonhar, no crer, que nos sustenta,
na chama ardente dos valores.
Na caminhada acerta o passo
sem medo, da velha tormenta!
Somos irmãos em direitos e labores.

Minha rua acordou diferente!
Cortaram árvores, para lucro passar;
constroem casas, esquecem jardim!
O cimento, enche bolso de gente...
não há verde para divagar
nem, para Poesia Dizer - Criar!
Existem faixas, estreitas, sem fim.

A noite fica serena
o dia acabou! Com sombra, sem tribuna eleita!
Ouve-se o sapatear na calçada.
A iluminação é terrena
reflectindo, se a faina for perfeita.
Sem Poesia.... resta nada.

Setúbal, 05/11/2016
Inácio Lagarto

Sem comentários: