FONTES CORRENTES

Caminhei por ruas de Viana,
no Alentejo fui beber!
Água pura cristalina.
Fontes correntes são tantas!...
A sede ao calor não engana,
dando ao sonhar longo viver.
Esculpidas em cada esquina,
acalmando bocas sedentas.

Olhei a bela Fonte do Rossio
à entrada do povoado,
partilhada com o duplo chafariz.
A das Freiras, escondida do frio,
junto ao Convento, sentir passado...
protegendo a força infeliz.

Fonte das três bicas ou, da Cruz
convida o viajante a descansar
a fim de ganhar plenitude.
Com água fresca, no rosto, o seduz!...
Rega o desejo de ali voltar
pela bondade e virtude.

Vergado a terna viagem
do lutar que na vida abraça,
vai borrifando as canseiras.
Fonte da Praça de rara imagem,
Cultural, de rica traça...
lava as almas das poeiras.

Na Planície Alentejana,
em terreiro do peregrino!
Tem Nossa Senhora D´Ayres no Altar.
Corre, da Fonte, segredo Divino
saciando...a casta  humana
que em romagem ali vai orar.

Líquido do ventre da terra brota,
reconforta lugares suaves;
consola a Vida gota a gota...
vegetação, animais e aves.


Setúbal, 23/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

DEIXA BALANÇAR O TEMPO

Deixa balançar o Tempo!
Agarra a luz da vida,
recebe o calor vindo do céu.
Caminha olhando a esperança
que segue à frente a brilhar...
abrindo alas à mente.

Nossa alma sente fervor,
força de viver!
Procura ternura e amor,
paz, trabalho e saber.
Olha o sol, com inocente olhar,
neste belo jardim!
Plantado junto ao mar...
mergulha no azul sem fim.

Quer abraçar a confiança
com uma santa alegria,
guiada pela doce chama!
Dos nossos bons guerreiros,
Vai lutando com magia,
sonhando em feitos e bonança
naqueles heróis de fama!
Com a fé seremos os primeiros.

A Terra dá-nos abrigo,
no emprego a liberdade!
Um coração, na partilha, nos consola
e, o pão que vai faltando...
na Era da Globalização.
Ao lado, temos um Amigo,
agasalha a saudade
do frio que nos desola!
Neste mundo rolando
por ideais e ambição.


Setúbal, 18/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

1.ª ANTOLOGIA DA CASA DA POESIA-SETÚBAL

 

 

Partilhar numa Antologia
fez alimentar um belo sonho!
Uma calma visão, uma  luz que acendeu...
um ideal no céu a brilhar.
Floresceu na Vida, nas mentes,
nasceram vontades! Nasceu POESIA!
Num descobrir, constante, risonho.
vibrou um sorriso, teu e meu
que guiam, movimentam o embalar...
Este Grupo de corações quentes.

Move diversidade de pensamento,
na claridade no Ser viajando! 
Entre palavras surge sentimento...
lembram  terna ave voando.

Bocage, Homem  homenageado - 
Poeta Sadino da saudade!
Nascido em Setúbal, cidade bela.
Por feitos e fulgor relembrado,
figura irreverente de liberdade...
abrindo ao mundo uma janela.

Somos vigilantes, enamorados,
beijando o luar no caminho!
Andando, vendo com emoção
a água fresca, brotando a correr.
Procuramos planícies e montados
como, qualquer alegre passarinho,
na sua insaciável missão...
naquela  bendita fonte beber.

A Poesia brota, não tem idade!
Irrompe suprema com serenidade.



Setúbal, 13/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

TEMPOS LIVRES

Na caminhada da vida
muito fica por aprender e criar!
Não esquecendo o ontem e o amanhã.
Nós somos a força presente,
estimulamos a imagem sentida
acompanhada da razão e do sonhar:
saciamos o querer do clã,
a vontade de vencer não é diferente.

Mantemos, com alegria, a motivação,
numa aprendizagem constante!
Vamos modelando a criação.

Renovamos o conhecimento,
partilhando com o semelhante!
Enraizamos, a semente, no momento.

Ocupamos, os tempos livres, com paixão,
incentivando a criatividade
para obtenção de objectivos.
Vivemos Culturas, Saberes vigentes,
não escolhendo aonde deixar o coração.
satisfazemos a liberdade...
tornamos filhos, na hora, afectivos.
Nos sentimentos e nas mentes.

Somos sensíveis, somos humanos!
De desejos e de esperanças,
não mergulhamos nos cansaços.
No acreditar, no lutar soberanos!
Nas fraternidade, confianças...
a um mundo feliz, estendemos laços.
 

Setúbal, 06/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto
           

DIA DE REIS

 

(Imagem retirada do Google)

 

DIA DE REIS

 

Nesta noite de Reis Magos

não falta Cante Sagrado,

com olhar em Deus Menino.

Procuram na partilha afagos

em caminho não andado,

como um grito Divino

 

 

 

Setúbal, 05/01/2018

Inácio José Lagarto

 

 

BALANÇO À VIAGEM

As estrelas no céu fugiram
pelo ruído, dos fogos coloridos!
Anunciaram novo viver.
Os sonhos iluminaram...
acalmando todos os sentidos,
fazem brilhar o amanhecer.

Trazem promessas, irmanadas,
na caminhada são pedidos empregos!
Deita-se fora, vida passada,
com a esperança no amanhã,
que haja justiça entre os homens.
Partilha, afectos, palavras abençoadas,
acabem os velhos egos...
outra verdade seja pintada
de orgulho futuro, muito afã!
De belas promessas estamos reféns.

Novo Ano reaparece
acompanhado do acreditar!
Vem lavar antigas tristezas,
enxugando-as com carinho e união.
Erguem-se mãos, ao alto, numa prece
com a força do meditar...
para que terminem as pobrezas,
solicitadas com alma e emoção.

Festejam-se as liberdades,
os ideais dos tempos vividos
e, os arquivos da mente!
Desejos de  alcançar o paraíso.
Acordam, no momento, as vontades,
aquecem os gestos atrevidos
no equilíbrio do mundo presente...
até ao Dia do Juízo.

Cantam, gritam, de olhar em Deus
acendem...a chama e oram!
Dão balanço à viagem.
Com pensamentos sinceros e seus,
no que vai à mesa imploram!...
De vozes embriagadas pela imagem.

Boas Festas, Bom Ano, Sejam Felizes.

Setúbal, 01/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto