quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

FONTES CORRENTES


Caminhei por ruas de Viana,
no Alentejo fui beber!
Água pura cristalina.
Fontes correntes são tantas!...
A sede ao calor não engana,
dando ao sonhar longo viver.
Esculpidas em cada esquina,
acalmando bocas sedentas.

Olhei a bela Fonte do Rossio
à entrada do povoado,
partilhada com o duplo chafariz.
A das Freiras, escondida do frio,
junto ao Convento, sentir passado...
protegendo a força infeliz.

Fonte das três bicas ou, da Cruz
convida o viajante a descansar
a fim de ganhar plenitude.
Com água fresca, no rosto, o seduz!...
Rega o desejo de ali voltar
pela bondade e virtude.

Vergado a terna viagem
do lutar que na vida abraça,
vai borrifando as canseiras.
Fonte da Praça de rara imagem,
Cultural, de rica traça...
lava as almas das poeiras.

Na Planície Alentejana,
em terreiro do peregrino!
Tem Nossa Senhora D´Ayres no Altar.
Corre, da Fonte, segredo Divino
saciando...a casta  humana
que em romagem ali vai orar.

Líquido do ventre da terra brota,
reconforta lugares suaves;
consola a Vida gota a gota...
vegetação, animais e aves.


Setúbal, 23/01/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


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