domingo, 27 de fevereiro de 2011

AFECTOS


Afectos
são carinhos
silêncios
sentimentos
em corpo florido.

Afectos
são braços apertados
na partilha
da amizade
mesmo em tempo sofrido.

Afectos
são laços a comunicar
trocar ideias
com dedicação
sobre acto surgido.

Afectos
são relva
frescura
dando força à alma
a razão do sentido.

Setúbal, 26/02/2011
Inácio Lagarto

domingo, 20 de fevereiro de 2011

CAMINHO TRAÇADO


São revoltas do passado
Que no peito se consomem,
Sonhos que ainda dormem
Daquela noite fria,
Fez gelar o tédio
Crescer o vazio
Abrir janela à solidão.
No coração guardo
A força da teimosia;
Dilui-se a negação,
Na prece de quem confia,
O sentir que foi pesado.

Cheguei aqui!
Sigo confrangido
Sem achar a verdade;
A existência não perdi
Entre silêncio sofrido.
O vento sopra a idade
Porque a nuvem não a tapou;
Sei que vivo acordado
E pelo sol que voltou
Divido... o caminho traçado!

Setúbal, 20/02/2011
Inácio Lagarto

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MÃO AMIGA


PAI és riso no alvorecer
Dás vida à vida que repartiste;
Tesouro enorme que em ti existe,
Crente à Família... nosso crescer!


Pai és chama acesa no amor
Gestos e carinhos abençoados;
És caminho em sonhos trilhados,
Quando vês nascer bela flor!


Tu, companheiro na alegria
És a luz intensa que vigia;
Com braços ternos ao abraçar!


És a mão amiga que nos toca,
O beijo quente que vem à boca
Que pede ao tempo... o renovar!



Setúbal, 13/02/2011
Inácio Lagarto

sábado, 12 de fevereiro de 2011

DIA DOS NAMORADOS


Mote

Alimentar o amor
No Dia dos Namorados;
Bate na tecla com fervor
E os sonhos são firmados.

I
Navegar hoje é preciso
Ao entrar na blogosfera,
O sentir da Nova Era
Neste mundo impreciso.
O querer perde o juízo,
Agarra-se a outro valor...
Dia e noite ao computador...
Mexe com alma no teclado!
Só por ele é bafejado,
Alimenta o amor.

II
Há uma luz a brilhar
No percorrer de viagens,
No circular de imagens
Em que o sol pode entrar;
Com memórias no brotar
De povos antes ignorados.
Trazem de longe recados,
Riquezas doutro espaço;
Que apertam dócil laço...
No Dia dos Namorados.

III
Namorar não tem idade
Dá um sentido à vida;
Como planta florida,
Razão da humanidade.
Doados em igualdade...
Na Natureza em flor.
Filosofia do calor
Soprada ao som do vento...
Com técnica do momento
Bate na tecla com fervor.

IV
"São Valentim" na moldura
De coração muito terno;
Ânsia quente de inverno
Aquece corpo na frescura
Trata mente com doçura,
Ternos caminhos cruzados
Com desejos iluminados
Entre olhares e magia...
Ilustrando a fantasia
E os sonhos são firmados.

Setúbal, 11/02/2011
Inácio Lagarto

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SILÊNCIO E SONHO


Silêncio de ontem
numa sombra fria;
o sonho sofrido
no tempo dormia.

Força produzida
em gente que pensa;
Foram vibrações
com perda imensa.

Vivência e cansaço
na vida sonhada;
silêncio vendido,
futuro sem nada.

Espasmos passivos
em dor consciente;
com olhos vendados
calavam a mente.

Silencio e surpresa
cura sem remédio;
escuridão na luz
alimenta o tédio.

Mudou-se o sentir
cresceu a bondade;
o fantasma oculto
em gesto e vulto,
feriu a vontade.

Setúbal, 10/02/2011
Inácio Lagarto

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MANHÃ DE SONHO


Manhã de sonho, luz de visão
Desperta o viver em segredo;
Acaricia a fonte e o rochedo,
Bebe existência da razão.


Na noite divaga pensamento
Luz que brilha não é de ninguém;
Saudade que do longe vem
È terno sentir em movimento.


Sombra amiga e companheira,
Sábia no tempo... conselheira,
A tua imagem traz magia!


Na calma viagem nos acorda,
No silêncio a Vida aborda,
Na corrente brota POESIA.


Setúbal, 08/02/2011
Inácio Lagarto

PALAVRAS POR DIZER


Silêncios...
São palavras, são queixumes,
Expressões quentes por dizer;
Eles perfumam a vida
No seu caminhar,
Percorrido e a percorrer.
Sonhos errantes
Guardados nas mentes,
Por segredos ou azedume,
Sentimentos diferentes
Perguntando o que fazemos
Ao mundo, que não vivemos?
Os silêncios respondem:

Tens a luz a raiar
Que acende a nova chama
Quando no peito se apagou;
Escuta a força do sussurrar
Abre a janela da alma
Porque o sol nela entrou
E deixa... o coração falar!


Setúbal, 07/02/2011
Inácio Lagarto

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MÃOS


As humildes mãos, são nossas!
Iguais às vossas.
Rugadas de trabalhar!
Elas são a ferramenta,
Muito sedenta...
Para produtos criar.

Calejadas do labor,
Mas com fervor!!!
Elas são: - As mãos divinas!
Sonhos de trabalhadores -
Nossos suores...
No campo ou oficinas.

Têm, tão grande, riqueza,
Bela certeza!
Do muito que hão - de dar...
Nossa canseira, alivia,
Dia a dia;
Até para nos honrar.

Na escrita ou na vitória,
Fazem história.
Separadas ou unidas;
No altar para orar
Ou, no amar...
É vê-las sempre aguerridas.

Setúbal, 30/10/2001
Inácio Lagarto