quarta-feira, 30 de junho de 2021

LUZ NO ALENTEJO

Há uma luz no Alentejo a iluminar,
O belo Santuário a contemplar
A fim de comandar a vida, a vontade
De um povo atento à fé e bondade,
Tem Nossa Senhora D´Aires no Altar!
Que nos guia todos os passos
Com Jesus Cristo nos Seus braços.
Perante pedidos e crenças solicitadas
Abre janelas e portas fechadas,
Consolando com virtude o olhar.

As Sociedades contemporâneas
Sofrem tempestades espontâneas,
Vão quebrando os laços Sociais
Pedindo ajuda às Ciências mundiais
E aos milagres vindos dos céus!
Para cura das populações
Em que palpitam ternos corações.
Dando ao viver, amor a um novo dia,
Que luta por conforto e harmonia!...
Do alento emanado do Senhor Deus.

Nas palavras, nas frases sentidas,
São pela mente escritas e vencidas,
Dilemas de gente inconformada 
Porque há uma pedra na caminhada
A dificultar a labuta e feliz viagem!
Uma bonança ou um vendaval
Sobre a partilha criativa, fraternal;
Um lindo sonho de ideal ao peito
Que ensina a cumprir e, a ter respeito
Fazendo florir a pura Imagem.



Setúbal, 01/07/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
(Imagem de Luisa Mira Ferreira)

sexta-feira, 25 de junho de 2021

PEREGRINOS E AVENTUREIROS


 

Os silêncios calam as liberdades,
Mantêm na sombra os pensamentos
E a luz do sonho reprime
Um inocente olhar!

Bendizem no tempo as palavras
Quando o sol está a raiar
Enaltecendo  a falta de valor;
Alguém na vida turva o pesar,
Esquece a bondade fraterna,
Terna
Porque todos somos irmãos
E soltamos lamentos vãos.

Nesta terra de Deus
Em que os ventos também choram;
Ao som das cordas de uma guitarra
Ouvem-se Fadistas no cantar.

A Paz sucede  à guerra
Neste mundo cercado de mar;
Florescem no campo as flores,
Nos rios o calmo navegar! 
Mergulham na onda a saudade,
A vontade
Sobre o vencer e as mágoas
Ao lançar as redes nas puras águas.

Peregrinos e aventureiros
Seguem rumo além da terra;
Trazem ao peito as memórias
Dos  feitos que os desterra.


Setúbal, 26/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


 









quarta-feira, 23 de junho de 2021

HÁ FESTA NO SÃO JOÃO


 Há foguetes e tambores pelo São João
Relembram festejos e nascimentos;
De gente alegre vestida de amizade
Que vêm harmonizar os pensamentos.

Na vida iluminam a caminhada
Com a bússola da esperança;
Acompanham a existência,
A mente e o sonho na confiança.

Como os anjos descem à terra
Trazem carinho, musicalidade,
Um futuro cheio de desejos!
Pais e filhos perfumados
Entre frutos sem idade
Partilham a saudade com beijos.

Data bela e muito querida
Torna a alma sorridente;
Vem aquecer  o coração
E a força  que o corpo sente!

Mês dos Santos Populares,
De paixões e humanidade;
Do bom convívio crescendo
Com nobreza na Sociedade.

Neste ondular envolvente
Vejo uma estrela no céu unida
Que acende no amor a chama!
Uma fonte a jorrar aroma
De uma árvore erguida
Por vitória enlaça  a flama.


 Setúbal, 24/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
 

sábado, 19 de junho de 2021

A P R I S I O N A D O



Estou cansado desta prisão,
Quero  falar, apertar a mão
Sonhar com a liberdade;
Conviver entre amizade,
Sentir o sol e o luar!
A Cultura sem clausura,
Ter uma vida livre, segura
Cuja pandemia despedaça;
Quero olhar as estrelas de graça,
Poder sorrir, sem temor cantar.

Penso no laborar das oficinas,
No cumprir as leis divinas
Soltar as grades à bondade;
Partilhar a fraternidade
Beijar o fresco alvorecer!
Com a alma enamorada
Caminhar, saltar na bela estrada,
Ver brilhar a esperança;
Neste paraíso de bonança
Votar a ter horas de prazer.

Segredam no ar confidências,
Erguem-se vozes das Ciências 
Com o fim de acalmar a dor;
Neste mundo repleto de amor, 
Sem conquista não existia!
Acredita no progresso com paixão
Que conduz a futura razão
Assim que termine o vendaval;
Acenda a bela luz Internacional
Entoando o Hino da Alegria.



Setúbal, 19/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


quarta-feira, 16 de junho de 2021

JUNHO A CORRER


 
Festeja junho a correr
E a vida na praia a banhar
Para lavar a caminhada;
Acalma a luz do sonho,
Acorda  a alvorada
Que transporta Paz e magia,
Amor e felicidade!
Não traga espinhos e quimeras
Que partilhe as estrelas e a lua,  
 Faça brilhar o pensamento.


A paisagem nos enlaça
Nos seus louros trigais;
No seu fecundo ideal
Continua na conquista
De um dia melhor.
A liberdade nos abraça
Porque todos somos iguais,
Neste viver Internacional!
Com a vitória sempre à vista
Que faz um verão maior.

O Poeta vagueia entre quimeras,
Corre atrás das utopias.
Cheira o perfume das rosas;
Olha a pureza da primavera,
Defende a luta e a harmonia,
Acredita na esperança
E pesa-a no prato da balança,
Fixa o fiel no terno peito!

É nostálgico e aventureiro,
Vai espalhando o belo feito
E a palavra povoando;
Semeia o sonho e o poema 
Vencendo  a força do vento!


Setúbal, 16/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto  



 





domingo, 6 de junho de 2021

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA

                                                               (foto retirada do google)

Santo António de Lisboa
Este ano ficamos em casa! 
O vírus a vida magoa,
Não há sardinha na brasa.

Lisboa não tem romaria
Nem salta a fogueira na rua;
Falta o bailarico com magia
E da janela espreita a lua.

Não há noivado no altar,
Fausto cortejo de emoção;
Foguete  no céu a estoirar,
O belo manjerico e o balão

Olham as estrelas com graça
Segredando confidências;
O povo, circula e não abraça
Vai ajudando as Ciências.

Em tom calmo de quem ama
Segue cantando o Fado;
A guitarra pela voz clama,
Mantêm o sonho acordado.

O Poeta alegre e gingão
Na tasca bebe uma ginjinha;
Aquece a alma e o coração
E pela Cidade caminha.

Acorda a terna alvorada
A fim de beijar o novo dia;
Pisa as pedras da calçada
Entre palavras com melodia.

Donzelas e rapazes risonhos
Não acendem as lindas velas;
Ficam na sombra tristonhos
No cais, das velhas caravelas.


Setúbal, Junho de 2021
Inácio José Marcelino Lagarto


sexta-feira, 4 de junho de 2021

ESPERANÇA DO POETA


 
Luís de Camões, com belo Cante nos irmana
Pelejando por entre frágeis muros erguidos;
Vai desbravando valores, consciência humana,
Continua lutando pelos grandes feitos sentidos.

De versejar repleto de puras fragrâncias
Atravessou a fúria do mar e abraçou a terra;
Vieram de longe confusas intolerâncias,
Páginas de conquistas, gemidos cuja vida encerra.


Neste tempo de solidão o povo ainda acredita,
Pensa na caminhada, na velha sombra medita,
Sobre ambição, mudança que o olhar projecta!


Ao vento temporal  segredam confidências,
Saberes humanizados ajudam as Ciências
E, agarram-se à livre Esperança do Poeta!


Setúbal, Junho de 2021
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 1 de junho de 2021

SER JOVEM E CRIANÇA

 


Sonhar e viver com virtude
São desejos com enorme nobreza;
Crescer, sorrir na juventude,
Olhar o horizonte com beleza!

Ser forte sem fugir ao dever
São sinais de evolução;
Na escola, no tempo quer aprender,
Abraça de frente o perigo, a paixão.

Nasce da chama do querer
E mostra com altivez o ideal;
Luta na esperança de vencer,
Suporta bonança ou vendaval.

Acende a luz da vida e avança
Seja cristão ou mesmo ateu;
Vai deixar de ser Criança
Conforta temor, respeito seu.

Não escolhe cor nem a raiz,
Segue erguido dando as mãos;
Faz o que a mente lhe diz
Canta com alma entre os irmãos.

Atento ao saber e ao carinho
Conquista a fraternidade!
Não ser explorado pelo caminho
Bendizendo da liberdade.

Festeja em união Belo Dia,
No mês de junho florido;
Toma-o como bandeira e magia
Para que no mundo seja Sentido!

Setúbal, 01/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto