Os silêncios calam as liberdades,
Mantêm na sombra os pensamentos
E a luz do sonho reprime
Um inocente olhar!
Bendizem no tempo as palavras
Quando o sol está a raiar
Enaltecendo a falta de valor;
Alguém na vida turva o pesar,
Esquece a bondade fraterna,
Terna
Porque todos somos irmãos
E soltamos lamentos vãos.
Nesta terra de Deus
Em que os ventos também choram;
Ao som das cordas de uma guitarra
Ouvem-se Fadistas no cantar.
A Paz sucede à guerra
Neste mundo cercado de mar;
Florescem no campo as flores,
Nos rios o calmo navegar!
Mergulham na onda a saudade,
A vontade
Sobre o vencer e as mágoas
Ao lançar as redes nas puras águas.
Peregrinos e aventureiros
Seguem rumo além da terra;
Trazem ao peito as memórias
Dos feitos que os desterra.
Setúbal, 26/06/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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