BOCAGE EM GOA

Homem suportando a dor,
de chama no peito a arder.
Poeta livre...Sonhador!
Deixou-nos tão belo Saber.


Setúbal, Julho 2015
ILagarto

BOCAGE - PAIXÃO ARDENTE

No silêncio vagueando na rua
o infortúnio vivia presente.
Olhando a estrela e a lua...
a luz da paixão feria a mente.

Setúbal, Julho 2015
ILagarto

BOCAGE - LIVRE PENSADOR

Homem nobre de sonho ideal,
marinheiro perdido no mar.
Nasceu em solo cultural
em que o Saber voltou a raiar.

Setúbal - Julho 2015
ILagarto

BOCAGE

Em regaço e opulência
a caminhada conduziu.
Perdido na Vida com indigência
um grande Amor o feriu.

Setúbal, Julho 2015
ILagarto

SEIVA DA VIDA

Na seiva da vida sonhando
correm gotas da felicidade;
como criança balançando
no barco da liberdade.

I Lagarto

RAMOS VERDES DOS SONHOS

                                                           (Foto retirada do Google)

Existem nos ramos verdes dos sonhos
subidas tortuosas da Vida.
Para que a meta seja atingida
precisam-se de passos risonhos.

O perfume que da amizade vem
liberta da pétala o florescer.
Regada no tempo, fazendo-a crescer
pertence a todos...não é de ninguém!

Só se alcança a total ventura
com a partilha da harmonia!
Acendendo-se a luz da ternura.

O sol quando baixa, a sombra aquece
perturbando a liberdade do dia.
Com a noite...a Paz aparece!



Setúbal, 24/07/2015
Inácio Lagarto

. . . .

Os ombros suportam o mundo!
Palavras são organizadas.
A água  tirada do poço fundo
lava o tempo em horas marcadas.

ILagarto

VIVER E SER AMADO

                                                           (Foto retirada do Google)

Amor é sentir dado de graça
explora rumos na obscuridade.
Oferece à Vida cor e claridade
conjuga o tempo...o sonho abraça.

Modela as sílabas belas e banais
criadas com arte na esp´rança.
Palavras que brotam na confiança,
caladas na força...dos vendavais.

Inconfessos desejos, na motivação,
quando a alma se deixa cativar
e o pensamento fala ao coração.

Vestem de luz, silêncios sonhados,
tiram a pedra do duro caminhar.
Querem viver e ser amados.


Setúbal, 24/07/2015
Inácio Lagarto

VIAJANDO NO ORIENTE

                                                   (Manuel Maria Barbosa Du Bocage)


Fala de Luís de Camões por ser semelhante,
demandou na Vida pela incerteza.
Vagueou terras distantes, na tristeza,
carpindo segredos, saudoso amante.

Passou por Goa, presenciou a vaidade
numa república, uma casa de loucos
...opulento Grão Duque, de lucros poucos!
Da Pátria amada...cresceu a saudade.

Abordou marujos que vinham do Sado!
Nele roía tão grande sofrimento,
pobre e triste...Poeta resignado.

Lá bem longe...em solo no Oriente!
Olhavam e viam seu degradado estado,
pagando o preço dum coração ardente.


Setúbal, 17/05/2015
Inácio Lagarto

NA PROCURA DO AMOR AUSENTE

                                                    (Manuel Maria Barbosa Du Bocage)


Aliciantes versos de ternura,
surgidos numa alma quente acesa;
tentando agarrar a fácil presa
na ausência fresca da desventura.

Sábio à solta, mágico de pensamento,
olhar atrevido de ousadia!
Versejando à indomável cria
aquecendo a chama todo o momento.

Preso à paixão que chora no engano,
guardada no coração ferido!
Ele é mortal, um sonhador humano.

Viveu a solidão que a paz consente,
voou nas asas do tempo perdido!
Na procura do Amor ausente.

Setúbal, 16/07/2015
Inácio Lagarto

HOMEM DE SABER

                                                         
                                                      (Manuel Maria Barbosa Du Bocage)



Percursor da liberdade que vivia!
Pensador sensual inflamado,
amante do tempo afortunado;
Homem de Saber, fazia Poesia.

Triste na sombra, na amargura,
um dia partiu...deixou o Sado!
Longe no degredo jamais calado
regressou à Pátria, com doçura.

Na formosura desta fértil Serra,
tornou-se amigo da pura inocência,
com a Natureza que criou a Terra.

O orgulho que se eleva daquele espaço,
são poemas descritos na existência!
Mostram grandeza, feitos, passo a passo.



Setúbal, 15/07/2015
Inácio Lagarto

HOMEM DE SONHO LIVRE

                                                      (Manuel Maria Barbosa Du Bocage)



No seu alto e belo pedestal
olhando Setúbal e o horizonte!
Na brisa que sopra, lá do monte,
vê a Baía acalmar...o caudal.

No presente relembra o passado,
como viu crescer sua cidade.
Coração bate de saudade,
não esquecendo a rede e o pescado.

Filhos da Terra adora abraçar,
nas marés do rio Salgado.
Quantas estórias...por versejar!

Filhos adoptivos estão chegando,
bebendo no Paraíso encantado.
Como tu sem medo, fostes sonhando!


Setúbal, 15/07/2015
Inácio Lagarto

SER LIVRE

                                                             (Foto retirada do Google)

Como um jardim tem perfume e cor,
árvores, plantas e água;
com regras, espaço e harmonia!
O Povo... precisa da Amor,
Paz, viver, trabalho e calor.
Ter sonhos, ser livre sem mágoa,
lavrando um quadro de Poesia.



Setúbal, 06/07/2015
Inácio Lagarto

O SOL JÁ ILUMINA

Vivemos cansados da hipocrisia
num tempo que corre veloz,
de promessas não cumpridas
que perduram nas ovações!
No calendário da fantasia
saídas à toa na voz,
em promessas fáceis vendidas
em poleiros de vendilhões.

Rasgam páginas da história
esquecendo o caminho
...sangrando a ferida!
Aumentando o sofrimento.
Apagam o registo da memória
dum sagrado pergaminho...
um relato, uma vitória, uma dor sentida
guardados como acontecimento.

Acordai Amigo, acordai!
Ao que fomos e havemos de ser.
O Sonho queremos beijar
...o futuro abraçar
neste Globo perturbado.
O barco...ao longe vai
sem a Estrela polar perder!
Por marés a navegar
...pelo Amor iluminado.

As mãos que tecem o trabalho
estão frágeis, cansadas da sina!
Não respeitam a rede, o campo e o malho.
As nuvens trazem sombra do orvalho
que o sol, da Vida, já ilumina.



Setúbal, 06/07/2015
Inácio Lagarto