domingo, 30 de dezembro de 2018

PASSAGEM DE ANO



Já dois mil e dezoito termina 
mas, não deixa de sonhar e viver!
Na fábrica, escritório ou oficina;
lavrar o campo, cumprir a sina
para o vida guiar e vencer.

A viagem jamais é esquecida,
nem a tecnologia do mundo;
a memória segue vendida
por uma promoção escolhida…
cujo coro vai batendo no fundo.

O homem fala de austeridade,
lança a rede ao Euro seguro;
rasga-se o calendário da idade,
muda-se para a folha da bondade!
Brindamos todos, ao novo futuro.

Abrem-se as garrafas, dos doces vinhos,
pedem-se desejos ao Universo.
Rufam  os tambores nos caminhos,
enviam-se mensagens aos padrinhos!
Cantamos uma canção do lindo verso.

Brilha no céu, a passagem de Ano,
alimenta-se o imaginário
que venha fértil e não tirano.
Traga Paz, calor humano!
Não seja apenas um aniversário.

A esperança é palavra bela,
ilustrada de claridade.
Vista da Terra é bonita estrela
que lá no alto por nós zela,
na sua luz transporta ... a Liberdade.


Setúbal, 31/12/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 29 de dezembro de 2018

FAMÍLIA VIEIRA

Com Paz, Saúde e Esperança
saudamos o Ano Novo!
Que ao mundo traga confiança,
ao Alentejo sonho e bonança…
não esquecendo a voz do Povo.

Vibra na memória a pureza
abrindo a luz na passagem
vinda de Lisboa, sede portuguesa.
Dela palpita outra certeza
ilustrando no tempo a imagem.

Belém, veio até Viana!
Trouxe filhos, alegres, benditos.
Pisaram nobre terra transtagana,
com alma e de força humana
através de amor e dos escritos.


Chegaram na corrente desejada,
partilharam de terna amizade!
Sua presença era aguardada
como Família jovem perfumada.
Partiam...deixavam saudade.

A Rosa e a Sara a iluminar,
o Custódio e o João Vieira na conquista;
a Cristina e a Lá - Lá a enlaçar,
unidos à Mãe, no segredo, de encantar.
Sobrinhos do Custódio Vieira - taxista.

A viagem, anualmente, repetida
num raio lindo de claridade;
a noite de luar jamais esquecida,
a vivência não era perdida…
vinham saciar tão boa vontade.


Setúbal, 30/12/2018
Inácio José Marcelino Lagarto  

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

VIAGEM NA MEMÓRIA

Sopram bons ventos da linda Serra,
descem pela encosta até ao povoado;
beijam o Solo Alentejano,
envolvem , num abraço, o terno Castelo
e toda a riqueza que nele encerra.
O Largo de São Luís é abençoado,
pisado pedra a pedra por Ser Humano!
Ali, ao luar é tranquilo e belo.

Sábados à tarde, domingos floridos,
desfilavam cortejos de trabalhadores;
Gente de crença ardente, de emoção!
Visitavam tabernas e vinhos sagrados.
Davam força aos sentidos,
unidos na mesma chama, nos labores,
bebiam, petiscavam do fresco pão
entre riso e de Cante acompanhados.

Percorriam a longa caminhada
por ruas com o coração ao peito;
Com um raio de luz e claridade,
iniciado na Praça da República.
Pela Rua do Castelo  encantada,
num alegre trinado satisfeito…
tocados pelo grito da Liberdade,
saciada de palavra com ética.

Na Fonte de Rossio, de alma renovada,
a fim de prosseguir a viagem!
Até ao Altinho, panorama de eleição.
A Sociedade Vianense  vivia presente,
de vasta Sala bem animada;
terminava, na Fonte da Praça, a romagem
num palpitar e aperto de mão
com a confiança de quem… Pensa e Sente.


Setúbal, 27/12/2018
Inácio José M. Lagarto

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

SEMENTE DESEJADA


(NOTA)
Terça feira, rompe o dia!
Acendem-se as emoções.
Dezembro, brinda à Poesia,
num poema de sonho e alegria,
deixa a vibrar  os corações.

Lagarto




O Sonho, foi chamado à firme Terra,
o sol e a lua continuam a acender!
Iluminando campos, montes, arvoredos…
O Belo que a paisagem encerra!
Num raio de luz, no seu infindo poder,
entre segredos, razão e medos.

Numa esperança dilatada
o pensamento segue a florescer.

Oitenta anos conquistados!
Acresce mais um ao calendário.
São glórias desejos formulados
na viagem ao imaginário.

Na passagem pela Existência
entrego-me ao Pai, como filho,
em toda a aprendizagem e saber.
Caminho! Ouço a consciência!
Sigo, partilhando um novo trilho
a fim do troféu da vida… erguer.

Nossa presença é passageira,
com Vontade e Crer, vamos vencer.

O Dezembro sopra mais forte
para quem pensa, cria e sente!...
Data feliz! Ao Natal Consagrada.
Dia onze, a estrela da sorte
brotou no ninho, uma Semente,
na Família Obreira… desejada.




Setúbal, 11de Dezembro de 2018
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 8 de dezembro de 2018

ESTRELA ACESA


Uma estrela acende a Vida,
embala o berço com poesia!
Será milagre, esperança sentida,
numa estrada já percorrida
ou noutra, a encetar  com magia.

Inácio Lagarto

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

UM NATAL EM CADA CASA




Viver e criar, ter imaginação,
com razão, usar de verdade.
Ouvir o musicar da memória,
cantar glória em Liberdade.

Anexar ao
sonho as pessoas,
correntes boas sem distâncias.
Neste paraíso  divagando,
jamais tolerando as ganâncias.

O caminho é audacioso
mas tortuoso, para conquistar.
Gratos recursos infinitos,
feitos benditos por explorar.

Um poema ao dizer ambiciona,
como azeitona que vai ao lagar.
Da verde árvore fica em azeite,
liquido deleite, na vida a temperar.

Só realiza quem pensa e sente!
Amor presente deseja crescer.
Converte o conhecimento,
fiel movimento em alvorecer.

Há um Natal em cada casa,
quente brasa que aquece a paixão.
No pinheiro brilha a luz, o brinquedo
entre segredo, erguendo a emoção.

Nascido nas palhinhas em Belém,
como bem! De força sagrada.
À Humanidade deu o destino,
nobre Menino, figura adorada.



Setúbal, 08/12/2018
Inácio José M.Lagarto

domingo, 2 de dezembro de 2018

SONHO ACORDADO


Sinto o que vejo na paisagem,
grata imagem que floresceu.
Lavro um quadro de aguarela,
de cor bela, um sonho meu.

Olho o sol brilhante no ar,
raio solar aquecendo a vida.
Naquela força iluminando,
fico pensando, na luz perdida.

De mente livre, lápis e papel,
fino pincel, na mão, a esboçar.
Não esqueço a confiança
nem a esperança! Nosso lutar.

Quero pintar o mundo,
ideal profundo, seguir em frente.
Continuar na conquista,
jamais vista, lançar semente.

O povo divide a partilha
como mantilha, do feliz labor.
Não faz de escravo o irmão,
duma união, no doce amor. 

Faz cumprir o seu saber,
sendo dever! É racional.
Usado em Liberdade,
mostra vontade emocional.



Setúbal, 01/12/2018
Inácio José M. Lagarto

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

CHUVA DO TEMPO

Silêncios! Momentos a divagarem!
Olhando as árvores tristes e nuas.
Ouvem-se vozes, por perto, a sussurrarem
de quem corre apressado nas ruas.

Grupos de jovens pulam, falam baixinho,
de telemóvel na mão escondido;
Confundem-se com o piar do passarinho
num vaivém, voando, segue perdido.

Surge no ar um tagarelar sem fim,
saltam, correm entre fantasias,
misturam-se na frescura do jardim!
Gritam e cantam em loucas harmonias.

Com a decoração do Natal em festa,
o clima põe-se agreste e de frio;
a escola, sem alunos, fica deserta
e numa forte corrente buscam o Rio.

Numa partilha, terna, encantada
sentem o vento a soprar da Serra 
e pela água vai sendo regada!
Do seu seio?! Quanta beleza descerra.

À sombra da
cidade cheia de gente,
no céu navegam nuvens flutuantes;
carros circulam vagarosamente
fugindo às poças brilhantes.

Ao olhar, as pedras amolecem
criando formas, austeras ilusões;
aos caminhantes embalam e tecem
segredos dos sonhos, alivio às emoções.

A chuva do tempo alegra o viver!
Lava a alma, dá luz à razão.
Floresce num perfume a renascer,
converte o amor em nobre Paixão.


Setúbal, 30/11/2018
Inácio José M. Lagarto

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

DESAFIO LANÇADO



No balançar na roda da vida
nascemos para lutar e viver, 
vamos palmilhando no sonhar.
Ao escrever, encontramos guarida,
desenvolvemos do nada o aprender
usando a palavra bela no caminhar.

Formatamos as iniciativas,
abrimos as portas ao Cultural
revivendo as experiências!
Nas memórias em nós cativas,
da infância, trabalho inicial
trazido do tempo das inocências.

Crescemos, voltamos à Escola,
queremos aperfeiçoar o Saber,
cumprimos um calmo horário!
Sem o bibe, farda ou sacola,
nem a maçada da meta a vencer
ginasticando o imaginário.

Despertamos, do sono, as emoções,
renovamos a aprendizagem;
partilhamos um mundo de esperanças,
doando à mente novas obrigações
a fim de alegrarmos a viagem!
Alongamos as nossas confianças.

Nesta vontade, desafio lançado
acompanhamos tão hábil progresso,
cantando ou, na Arte a iluminar!
Para que o laço não seja quebrado
unimos as mãos ao amor, sucesso.
Nossa felicidade estamos… a lavrar.


Setúbal, 28/11/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


sábado, 24 de novembro de 2018

CRUZADA DE FÉ



Com Nossa Senhora da Anunciada
avançamos com Fé em peregrinação,
unidos, solenemente na Irmandade,
fiéis e crentes ao Testemunho!
Com Cristo, na mente, na caminhada.
De guiões nas mãos em ovação, 
como sinal de Fraternidade
erguendo com esperança o punho.

Seguimos com amor, nossa Cruzada,
à procura da Mãe Bendita
vamos a Fátima, ao Altar do Mundo!
Ela espera, alegremente, por nós.
Levamos nossa alma enamorada,
na força sorridente e sentida!!!
A rezar com um sonho fecundo
e a cantar, elevamos a voz.

Partilhamos do mesmo ideal
olhando a luz da aurora,
iluminando a Ventura
em luta divina com harmonia!
Contra quem troca o bem pelo mal.
O Povo, por carinho implora,
deseja Paz, Amizade e Ternura
no reino da noite e do dia.

Por caminhos desfilam esplendores,
na paisagem brilham pensamentos
a fim de adorarem...Sagrada Grandeza!
Ao vento, ao sol pela mensagem.
Miragens dos jardins em flores,
extasiados por afáveis momentos
e pelos pedidos feitos com firmeza!
Acendem-se corações na viagem.


Setúbal, Outubro  2018
Inácio José Marcelino Lagarto
  
Nota:
Poema exposto na Casa da Cultura
com as Pinturas de Madureira Pais, Mapão.
Ali mostram Arte com formosura,
de traço alegre, mente segura!
Com eles partilho o meu coração.


Setúbal, 24/11/2018
Inácio Lagarto




domingo, 18 de novembro de 2018

MEDITAÇÃO



No jardim, na serenidade
escrevo versos e medito:
aqueço a mente na saudade,
esqueço a chuva, o frio maldito.

Inácio Lagarto

sábado, 17 de novembro de 2018

SONHO DE NOVEMBRO


Outono soluça, há frio e magia, 
as folhas secas caiem ao chão;
aves voam rente à  relva macia 
animando a paisagem com emoção.

Vozes correm, saltam com alegria,
cheira  no ar a Natal sorrindo
pela Noite Santa da harmonia;
que traz, no ventre, O Menino dormindo.

A vida apressada das multidões
surge num vaivém, fiel, sem parar;
discreta aquece os corações
para a Festa Divina quase a chegar.

Somam-se horas, momentos de glórias,

fazem-se planos aos sonhos e ao viver!
Sentimentos guardados nas memórias
pedem ao presente, conquista e vencer. 

Ouvem-se risadas, mistura de ternuras
naquelas mãos dadas pelo amanhã!
Procuram com fé esperanças seguras…
são jovens formatando um novo Clã.

Já é tarde, o sol quer aparecer
por entre uma nuvem cinzenta.
Penso no pastor em calmo percorrer
com o rebanho de gado que apascenta.

Novembro aproxima-se e diz adeus
ao ano a terminar percorrido!
Com o olhar fixo no espaço em Deus
que lhe dê um futuro merecido.

Alimente a força radiosa
e o acreditar em plena evolução,
cuja caminhada não seja chorosa.
Haja Paz, Partilha e União.

Setúbal, 15/11/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 27 de outubro de 2018

MUDANÇA DA HORA

Atenção muda a hora 
deixa o outono a pensar;
o vento já sopra, agora
para o São Martinho abençoar.

Atrasem o vosso ponteiro
das duas para a... uma hora.
No domingo sorrateiro!
o descanso por nós implora.

A noite vai ser maior,
aproveitem a Virtude;
Na Vida vive-se melhor,
ergue a foça da juventude.

Setúbal, 27/10/2018
Inácio Lagarto

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

BEIJANDO A NATUREZA



No calmo Parque, Lago do Bonfim
admiro o palpitar, sinto a pureza;
resignado ao tempo que passa por mim
desfruto do belo da Natureza.

Num vaivém o caminheiro
circula, a luz dá-lhe passagem;
a água sobe e desce em chuveiro
e a nuvem no céu mostra nova imagem.

Vejo a criança na relva a brincar,
os pombos arrulhando no espaço;
jovens estudantes em doce namorar
partilhando o sonho em terno laço.

Horas tardias e o vento ruge
neste outono de fortes emoções;
um casal, mais idoso, ali surge
vêm aquecer os corações.

Ao lado, palavra afinada
dando balanço ao labor do dia;
falam da vida, sonhada passada
com orgulho, claridade e magia.

Na mesa do café lêem o jornal
de telemóvel preso na mão;
Olham a filmagem, livre e virtual,
divagando...procuram a razão.

Numa caminhada sonora
vibram passos murmurantes.
Terminado o dever, chega a hora!
O lar e os abrigos ficam distantes.


Setúbal, 23/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

OUTUBRO A SORRIR


Outubro a sorrir
com amor de graça,
nasceu uma terna flor;
acendeu-se a luz,
aqueceu os corações.
Sem nada a pedir
calma vida abraça;
aumentou o calor,
nova raiz seduz!
Alegrou as emoções.

Anos somados,
troféus erguidos
memórias de frescura;
estradas andadas
reforçam o aprender.
Sonhos guardados, 
carinhos sentidos;
corrente futura 
de águas sagradas,
da fonte a correr.

Mistério e devoção,
Menina vinda do mar
com bela imagem;
de rosa e semente
no fino berçário.
Filha da Paixão
de doce olhar
inicia a viagem,
tranquilamente,
no calendário. 
Balança na vida, 
de Signo a festejar
cujo Amor brotou,
em desejo e presente
entre nobres cortejos.
Data tão querida
por Estrela a Brilhar!
O Céu iluminou
com a chama ardente,
repleto de Beijos.

Na razão do Ser
o Céu e a Terra
conjugam o Viver
que a Fé encerra.

Mil beijinhos! Muitos Parabéns!
Dos Pais Amigos.                            


Setúbal, 18/10/2018
(Inácio e Mariazinha Vieira Lagarto)



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

C O R R E N D O



Corro sempre a correr
quero o tempo apanhar; 
salto aqui, salto além,
o futuro a fugir
e a vida ao alcance 
do lugar marcado.
De luz por acender 
vejo, o amigo a laborar
na jornada do bem!
No Saber a florir
guiado pelo romance,
de ideal lavrado.

Fico a ouvir a voz
falando do fado
cujo viver traçou!
Caminho com pena
escutando a mente
com palavra pura.
Como quem chama por nós,
num grito sonhado
que ao mundo perdoou!
Saio daquela cena
numa vontade ardente
em viagem segura.

Trago ao peito, comigo 
um livro, uma lição,
um pedaço do sonho
de traço moldado,
no corpo por pintar!
Fitando os horizontes.
Tem eiras de trigo,
terra, mar e paixão
entre Povo risonho.
Com céu azulado
e de manhã a brilhar, 
correndo!!! Beijo os montes.


Setúbal, 15/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


Correndo, ao lado da vida,
aprendendo e a cantar
levo o sonho como guarida
para o sol não me queimar.

Lagarto

sábado, 13 de outubro de 2018

CIDADE DO SADO



Eu adoro Setúbal,
nela vivo e sonho;
partilho vontades
neste Rio Sado,
igual à cor do céu!
Abraço a Baía
de sabor a sal.
O Poeta risonho
rima as verdades,
Bocage amado 
por dito mordaz seu,
audaz com magia.

Luísa Tody no Cante,
brilhou em Salão!
Lírica segura.
No barco, o Pescador
olha, o peixe a saltar
entre a vela erguida.
Arrábida verdejante
de beleza e paixão
na sua frescura;
Templo de Amor
protege o mar
e a vida querida.

Sigo pela Cidade
vigiando a noite, 
palmilho o dia;
beijo a Avenida
fico apaixonado
por gente que passa.
Exalo a bondade 
no meio de açoite;
escrevo Poesia!
de voz sentida,
falo do passado
cuja luz enlaça.


Setúbal, 14/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

IRMÃS NA CAMINHADA



Alcáçovas do Paço e das Igrejas antigas
vai iluminando a vida e o sonhar;
Com Aguiar e Viana, irmãs amigas
na caminhada, no progresso de encantar.

Cantam modas, de mãos dadas,

nas vitórias em fraternidade;
entre sementes em terras lavradas
cujos monumentos somam idade.

Viveram tempos de amarguras

jamais esquecendo os bons valores.
Unidas as vozes sentem-se seguras
olhando os campos, com tapetes de flores.

Pertencem a Évora, Cidade Museu,

acenam com orgulho, ao Templo de Diana.
Beijam o Distrito que também é  o seu!
É do Alentejo, no concelho de Viana.

Festejam as tradições, com amor e carinhos,

partilham em comunhão a amizade.
Os sonhos não as detêm  nos caminhos,
na Arte, os Povos, usam a Liberdade.

As três abraçam a Natureza

extasiadas  pelos pensamentos;
curvadas a tamanha riqueza
perante a luz do sol, chuvas e ventos.

Solene Planície Alentejana
protege o labor dos pastores!...
À sombra da árvore transtagana
brilham plantas, de todas as cores.

De imagens do Passado, grandiosas

vão embalando os quentes corações.
As lutas diárias tornam-se famosas
ao serviço e bondade, das multidões.

Setúbal, 11/10/2018

Inácio José Marcelino Lagarto


  Nota:
De Évora para Viana
bebe um café em Aguiar;
Muda de rota leviana
pelo Xarrama leva a cana
chega a Alcáçovas sem pescar.

Lagarto 

ORIGENS



É sensível falarem de nós
pela criação visível vigente
do poema dito ao som da voz!
Escrito em palavra eloquente.

Filho de Oleiros com ritual,
de humildade por companhia;
modelavam o saber por igual,
pintando o sonho com Poesia.

Ao serão, soprava a ficção
com Cante acompanhada.
Aqueciam-se ao calor do chão,
lendo estória fantasiada.

Ouvia-se o pregão na rua
entre a notícia a divagar!
Da existência sofrida e nua
ou da faina mais salutar.

Num impulso sentimental
o homem, comentava a desgraça!
Do folhetim, da rádio, do jornal
sorrindo, pelo enigma da graça.

Sobrava a realidade transversal
sobre a verdade ou o prazer;
lutando o bem contra o mal,
gratificando a força do Ser.

O Povo, cumpria a viagem
 a troco do suor pelo dinheiro;
vendendo a sua imagem 
entregando a vida, ao banqueiro.

Em coro unido, mui sentido
cantou versos de amor puro.
De cravo ao peito erguido
festejou, o Caminhar Seguro.


Setúbal, 10/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CASTELO DE VIANA DO ALENTEJO



Numa harmonia constante 
as torres, estão escalando os céus.
Vigiam a paisagem distante
na encosta da Serra verdejante!
Visitadas pelo Povo e por Deus.

Olham a vizinhança solidária
numa solene melodia.
Animam a vida fadária
criando força imaginária
e, iluminando o vencer do dia.

Ao longe, Nossa Senhora D´Aires,
convida à peregrinação.
Brindam aos pastores e seus pares
circundados por novos andares!
Unidos pela alegria no coração.

Castelo de visão soberana,
traz memórias do passado.
Erguido no Alentejo, em Viana,
serviu de protecção humana 
e  como belo é evocado.

Voa com o sol nos horizontes
entre o azul colorido.
Do alto vê correr as fontes,
veste de esperança os montes
e por longas imagens florido.

Os séculos com ele avançam,
raiando de chama e esplendor.
Os sonhos jamais descansam,
em grupos os homens cantam,
palavras e glórias, em seu louvor.


Setúbal, 08/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


Nota:  

Brilham saudades ao luar
do Poema no Castelo lavrado;
trazem ao sonho um novo despertar
das glórias e feitos do passado.

ILagarto




sábado, 6 de outubro de 2018

OUTUBRO DE CANDURAS





Termina, Setembro atribulado
começa o ano escolar.
Natal no calendário marcado
Ano Novo, de labor, a entrar.

Outubro mês de canduras
correm livros no caminho;
por entre mãos seguras
procuram Saber com carinho.

De  o
lhar alegre de pureza
traz um doce acreditar.
Beija o sonho com firmeza,
deixa o coração a pulsar.

Num raiar de confiança,
com palavra palpitante
acorda, a esperança!
O murmúrio fica distante.

Na vida, elabora o crescer 
com encanto na mente;
dá sentido ao escolher,
aquece a alma dormente.

Consulta o dicionário,
pensa no verbo, no presente;
navega pelo imaginário,
ao futuro  sorri contente.

Partilha na comunhão
da vivência no mundo;
desfila a ardente paixão
naquele Amor mais fecundo.

Setúbal, 06/10/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


NOTA:

Desce o sol dos montes
Foge o areal das praias
Aumenta a corrente das fontes
Leva-se para o campo as alfaias.

Inácio Lagarto

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ALENTEJO PAISAGISTICO



O Alentejo paisagístico
num dançar belo e artístico,
em tons de pinceladas coloridas.
Com arte e serenidade
vai lutando pela Liberdade,
no Cante e nas quadras sentidas.

Partilha a terra, o mar e os céus,
a força, do Povo, unida a Deus
sob a batuta, astuta da Vida.
Soam versos, palavras e harpejos,
acompanhados de puros ensejos
e da vivência sonhada pedida.

No meio das searas verdejantes
pelo hoje e futuros caminhantes,
ceifadas com ternura pela razão.
Acorda a alvorada em sinfonia,
aproveita o luar e a luz do dia
a fim de fomentar a Criação.

No Alentejo, erguem-se os arvoredos,
as flores despontam sem medos
soltando um fresco perfumar!
Lançam pétalas nos caminhos.
Ouvem-se, nos quente ninhos,
as aves, no seu alegre chilrear.

Num conjunto de harmonia
o tempo é real e de magia,
faz renascer a coragem.
As coisas tornam-se tangíveis,
alimentadas por sonhos sensíveis,
segredos guardados na Viagem.


Setúbal, 29/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


Nota especial:

Vós humanos com sentimento
livres na vida e no pensamento
ao Saber guardais respeito.
Antes que as trevas os entale
 não deixeis que o sonho vos cale
só ao Amor estás sujeito.


Inácio Lagarto


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

NOVA ESPERANÇA



Numa bela partilha  fraternal
o Alentejo abraça Setúbal!
Deixa o tempo florescer.
Naquele sorriso matinal
recebe um carinho original
do Homem do Mar no seu dever.

Beijam, o Sado e a Serra
e a beleza que nela encerra!
Navegam no Rio do Pescador.
A Avenida Tody  como tesouro,
o Bocage Poeta de ouro
numa Cidade com tanto amor.

Os sonhos ganham alento,
dão chama ao pensamento
mostrando acção e vontade.
Fazem palpitar o coração
de um Povo unido pela razão!
Um sentir com saudade.

Mergulham na Baía Salgada,
pensam na Fábrica abandonada
que outrora, foi orgulho e viver.
As praias oferecem encanto,
estendem à planície, azul manto!
Nova esperança ao vencer.

Setúbal, 26/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 18 de setembro de 2018

NASCI NO ALENTEJO

Mote
Sou Poeta Popular
Nascido em Solo de Viana
Levo o tempo a sonhar
Na Família Lusitana.


I
Sinto abrigo neste Concelho,
sigo a caminhada na Vida;
vou escrevendo prosa sentida,
faço do poema evangelho,
vejo o reflexo no espelho.
Gosto muito de ouvir cantar,
penso no ideal ao rimar,
trago tradição do Castelo -
junto ao Largo rico e belo!
Sou Poeta Popular.

II
Filho de alma extraordinária
situada entre Évora e Beja;
cuja agricultura,  fértil, beija
ao recordar a Era Lendária
e ostenta, a data Centenária.
Calma Terra Alentejana,
numa fé que nos irmana
tem na Olaria grandeza e arte
e da qual, um dia, fiz parte!
Nascido em Solo de Viana.

III
Alcáçovas partilha as memórias,
Jardim das Conchas, Paço dos Henriques;
Falam igrejas, conventos e parques,
tocam Chocalhos, sons e glórias!
As ruas guardam estórias.
Deixam a razão a meditar,
quanto segredo por desbravar
na casa branca pintada
e lá dentro… a doçaria moldada.
Levo o tempo a sonhar.

IV  
Olhamos Aguiar como laço,
templo de labor e gastronomia;
a luz de Évora já alumia,
bebemos água na Fonte do Paço
e à Anta damos um abraço.
No desejo que não engana
e o querer da força humana
são Povos de vozes erguidas,
de nobres crenças unidas!
Na Família Lusitana.


Setúbal, 17/09/2018
 Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

ESCOLA DE SÃO JOÃO





Quantos sonhos lavrados
neste pátio ao luar,
carinhos das manhãs
no brincar e aprender
como a água cristalina.
Os sons foram gravados
deste saudoso lugar!
Bebendo palavras sãs,
saciando o viver
numa caminhada divina.

Voando nas asas da sorte
ouvia-se a campainha,
clamando pela razão
para um novo acreditar!
Iluminando o espaço.
Mestre hábil e de porte,
com sua varinha
ou, de livro preso na mão,
no desejo de ensinar
não vergava ao cansaço.

Os tempos correndo
de bênção e de frescura,
sonho de primavera
com supremo encanto!
Hoje Biblioteca da luz.
Ontem Escola crescendo,
de Família futura
trepando como a hera,
de bibe como manto
a nobre Cultura conduz.

Setúbal, 11/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

Nota:   Sou filho do Alentejo  
             nesta escola aprendi a sonhar;
             por Viana sinto ensejo
            que jamais poderei pagar.

            Lagarto

domingo, 9 de setembro de 2018

SETEMBRO MÊS DE LABOR




Olhamos a árvore amiga com paixão,
percorremos distâncias sem fim;
o coração, no espaço, fica a palpitar
e nele enceta a caminhada.
Ao horizonte acena a suave mão,
na vontade verdejante no jardim
estendendo os ramos para o ar, 
numa copa larga arredondada.

Desabrocha Setembro, mês de labor,
das vindimas  e das uvas maduras
libertando o sangue sagrado,
esmagadas, transformadas em vinho.
Delirante aroma e doce amor
oferecido às mentes seguras,
depois no tempo fermentado
a quem caminha neste caminho.

O clima do outono entoando
traz o manto da chuva  e do frio 
após o verão do calor e da praia,
cujo sonho na vida recomeça.
As campainhas da escola musicando,
São Martinho aproxima-se com poderio;
guarda-se a moda leve de cambraia
até que o sol a terra aqueça.

As árvores passam cantando,
cidades e vilas ficam povoadas
num vaivém louco e turbulento
entre corpos erguidos ou curvados.
Os Saberes na dura luta passando
por horas fixas abençoadas,
mantêm o fecundo pensamento
e semeiam o sonho sonhado.

Setúbal, 09/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O POETA NÃO MORRE



Cumprindo o gosto de ser Poeta
ao dizer adeus à Vida;
corre livre para alcançar a meta
numa caminhada sentida.

O Homem divagando viajou
no sonho musicado de Orfeu!
Numa nuvem branca embarcou
mas a obra literária não morreu.

A Cultura fica mais pobre
no momento da despedida!
Aquela figura de mente nobre
partilha, a palavra querida.

Deixa no ar a saudade
sobre pensamento e gracejo;
mergulha no rio da vontade,
na corrente e no ensejo.

Os dias são iguais às noites
cujas noites fazem parte dos dias,
na Liberdade não existem açoites!
Entoam Cânticos de Poesias.

O sossego é dilatado
segue uma rota bem clara;
de colorido variado,
por ser suave ninguém repara.

Ali moram todos os artistas,
gente de luta e trabalhadores!
Não faltam as guitarras e os fadistas
enaltecendo...tão ricos valores.

Numa Unidade Criativa
ao crer e  mistério não fica alheio!
Quando o sonho a terra cultiva
semeia o trigo, a cevada e o centeio.



Setúbal, 03/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O TEMPO CORRE VELOZ



O tempo corre veloz
traz a força e sente.
Ele á nossa voz!
Faz falar a mente.


Inácio Lagarto

domingo, 26 de agosto de 2018

O TEMPO CORRE! SEMPRE A CORRER



O tempo corre! Sempre a correr
como a corrente do ribeiro.
Transporta o Sonho e o Crer
naquele sol soalheiro.

O tempo orienta a vida,
à perfeição nos conduz.
Numa noite sentida,
na madrugada, acende a luz

Existe um tempo somado,
outro ao sonho subtraído!
Mais tarde é multiplicado
a fim de ser dividido.

Nascido o verde pinho
trepa preso a uma sacola.
Voa alto, constrói um ninho
para ouvir o som da viola.

Folheando o calendário
o ontem foi-se embora.
No tempo brilha novo horário 
e ao viver muda a hora.

Com a primavera a florir,

o calor no verão crescendo!
Para o outono poder sorrir
o inverno vai correndo.

Setúbal, 27/08/2018

Inácio José Marcelino Lagarto



sábado, 25 de agosto de 2018

CRIATIVIDADE


Quando criamos com a mente
Ouvimos o sonho guardado
Na massa cinzenta florescente
O destino vive acordado.

Quando criamos com a mente
sentimos a força da palavra
impulsionada pelo coração.
Palmilhamos calmamente
enquanto o pensamento lavra,
misturamos no tempo a emoção.

Ouvimos o sonho guardado
esperando a claridade,
submetido à consciência.
No momento é libertado,
transcreve  a realidade
com a razão da existência.

Na massa cinzenta florescente
em que vagueiam sinais de magia,
vozes sábias, alegres, sonhadoras.
Acendem o  olhar que vê e sente,
iluminam a estrada do dia!
Sombras de visões reveladoras.

O destino vive acordado,
espreita as oportunidades
apelando à criação e ao valor.
Com engenho desassossegado
vai saciando as vontades,
acaricia entre carinho o labor.


Setúbal, 25/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

BONS VALORES

Desenvolvemos bons valores
sobre o que o Homem pode e deve fazer
na arte com confiança.
Respeitar os saberes dos criadores,
ouvir a voz da esperança! 
Guiando o sonho  pelo aprender.

Setúbal, 25/08/2018
Inácio Lagarto

domingo, 19 de agosto de 2018

CAMINHAR


Pelas ruas caminha a vida
numa faina alegre e perfeita;
Ao lado segue a dor sentida
numa humilde via estreita.

Inácio Lagarto

PEDRAS PISADAS




Pedras pisadas pela saudade
na chama da Família a iluminar.
Vivendo atraído por crença e pura luz
no Templo da Fraternidade.
Vamos com alma sã o mundo salvar
conquistando a vida que nos seduz.

Pedras pisadas pela saudade

ao fim de um dia de labuta;
olhamos a casa com magia caiada
entre ruas, travessas e vielas
ao regressar do campo ou da oficina.
Aguarda à entrada a bondade,
abraça a causa e a canseira da luta
numa palavra amiga partilhada,
com paixão ardente acende as velas 
na chama da Família a iluminar.

Vivendo atraído  por crença e pura luz

foge do ódio, canta  à esperança
a fim de fecundar com som a mente,
tornando o ideal em belo estandarte!
Une a certeza à Liberdade.
Recebe do jovem o querer que ele conduz,
a vontade de saber com confiança
num tempo de tecnologia presente,
fomentando  a Criação e a Arte
no Templo da Fraternidade.

Vamos com alma sã o mundo salvar,
defender e cumprir na inovação
modificando o conhecimento,
com nova tecnologia vigente
distribuir o lucro que o Homem produz.
Existe Uma Paz, numa tela, por pintar
com o lápis a cores ou a carvão
para que haja riqueza em movimento!
Exposta apaixonadamente
conquistando a vida que nos seduz.


Setúbal, 19/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

AMOR SINCERO


Este amor que trago no peito
de imaculado sigo e vejo
jamais será desfeito
abraçando Setúbal e o Alentejo.

Inácio Lagarto

SERRA E RIO


Lugar belo da Natureza
banha-se na Baia sorridente.
Visito o espaço a todo o momento
na saudade abunda a riqueza.
Pela Serra sopra a poesia e sente
beijando a terra com sentimento.

Lugar belo da Natureza
 a fim de ouvir o som ritmado no ar;
ao passar junto ao Rio 
toco com a mão neste jardim
fixando a visão pelo ambiente.
Medito sobre tamanha beleza
que no alto espreita o mar
e na Foz deixa entrar o navio!
Deus pintou uma tela e, por fim
banha-se na Baía sorridente.

Visito o espaço a todo o momento,
sinto-o com berço e meu canto
mergulhando no querer, no passado,
bebo água fresca com sabor a sal.
Tempero o Alentejo com tal certeza,
uno meu coração, meu pensamento,
acendo a chama, acalmo o pranto,
encontrei o que tinha sonhado!
Partilho alegria e amor total,
na saudade abunda a riqueza.

Pela Serra sopra a poesia e sente
a Arrábida quase a tocar no céu
tornando em glória a paisagem
cujo rosmaninho abraça o Sado
rodeado de flores de ornamento.
Na Costa, o vento, amena docemente
para o pescador atracar o barco seu,
cansado de tão dura viagem!
Vende o peixe na Lota, no Mercado
beijando a terra com sentimento.


Setúbal, 17/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 14 de agosto de 2018

A FONTE


Brota água da nascente
trazendo sonho e harmonia.
Dá de beber na viagem,
glória e força ardente.
Chega à Fonte sacia o dia
perde-se no tempo na aragem.

Brota água da nascente 
surge na pedra a marulhar;
corre através do monte
em livre belo caudal.
Musicada em sinfonia
vai enchendo a corrente,
de coração a palpitar
atravessa o horizonte!
Numa solução especial
trazendo sonho e harmonia.

Dá de beber na viagem
ao partilhar o viver;
unida e apaixonada
vai alagando o chão verde.
Numa lucidez transparente
faz florescer a paisagem
para a semente crescer 
afaga  a madrugada!
No calor refresca a sede
glória e força ardente .

Chega à Fonte sacia o dia
caindo gota após gota,
alegrando quem passa
na sua pura claridade.
Ilumina a terna romagem
com seu timbre e magia,
deixa  pairar a voz solta
como a ave que esvoaça!
Mergulha na espuma da bondade,
perde-se no tempo na aragem.


Setúbal, 14/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

CANTE SOLENE

Cantam homens solenemente
na faina, na rua ou na taberna;
partilham convívio alegremente,
segredos de uma vida fraterna.

Setúbal, 13/08/2018
Inácio Lagarto

O DIA É LONGO


O dia é longo e sempre presente,
a noite silencia o murmurar
a fim de mostrar a sua ternura,
haja frio, vento, chuva sem terror
temos de saber ouvir a mente!
Reflectir no tempo para pensar
refrescá-la com palavra pura,
acariciando-a com amor.

O Homem chora e fala baixinho
no mundo da humanidade
pelo seu valor temporário.
Suporta  pobreza e a solidão,
labuta na vida, segue duro caminho,
não perde a personalidade
nem a força do imaginário!
Agarrado ao querer  sente a razão.

Olha de frente a sua estrada,
ouve o ruido das multidões
lutando pela Liberdade
que atormenta o desejo de viver.
Abre a janela da alvorada
escuta o grito, o som dos pregões
na voz firme do ideal e vontade!
Doando ao Sonho um novo Poder

Na alegria e na existência
floresce em glória um sentimento,
na verde paisagem da Poesia
cujas pétalas brilham sorridentes.
São tocadas com paciência
pela luz que passa no momento!
Beija e abraça com tal magia,
com raios românticos e contentes.



Setúbal, 13/08/2018
Inácio Josá M. Lagarto

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

AMOR INCONDICIONAL



Amo a Vida, ilimitada, no lutar, 
por ela meu coração bate com bondade.
São  anos na existência a caminhar…
aprendendo pelo sonho a erguer a vontade.


Amo a noite completa na ambição!
terna e plena companheira de virtude.
Sou fiel à Criatividade na paixão
partilhando com labor a minha atitude.


Amo o sol que brilha na primavera
cujas flores louvo com meu olhar
nas cores… rosa, vermelho, azul quimera;

amores perfeitos misturados na distância
acalmam a esperança no meu pensar…
perfumam a minha alma com ideal fragrância.



Setúbal, 10/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto

terça-feira, 7 de agosto de 2018

VONTADE DE PARTILHAR



Na vontade de partilhar
no meu calmo caminhar
talvez seja apressado
neste sonho desejado;
as obras estão evoluindo
e a nossa mente sorrindo
pelo fim da recuperação
esperando pela inauguração
a fim de regressar a Imagem
enaltecendo a paisagem
no Alentejo a brilhar!
O Povo na luta a canta
esquecendo trabalhos duros
unidos caminham seguros.


Setúbal, 06/08/2018
Inácio Lagarto

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O ADEUS À POVOAÇÃO




Com a força que nos irmana
vamos levar a Santa ao Seu Altar,
aceso à vida está enfeitado
com flores e muita ternura!
Em solene planície Alentejana.
Desfilam ao som de rezar e de cantar
numa mística caminhada
abençoada por virtude pura.

Os ausentes estão convidados
vivam longe ou mesmo por perto,
Nossa Senhora De Aires, Mãe Sagrada
segue na procissão em Romaria.
Todos são em glória desejados
com alegria ao céu aberto
para na Basílica Ser venerada 
por quem acompanha a Virgem Maria.

Levanta a voz , eleva-a bem alto
entre cânticos de chama humana,
liberta-te com contentamento
olhando o Templo recuperado!
Com o querer e o amor em sobressalto
ouviram o Povo que zela por Viana,
dando luz e alma ao Monumento
e ao sonhar sentido gravado.

Brilham saudades na paisagem,
lágrimas de afecto estão caindo
no adeus da despedida à Povoação
quando do Castelo inicia  a partida!
Vai perfumando a viagem
o trono espera pela Rainha sorrindo,
sem escolha de qualquer condição
iluminando a graça pedida.


Setúbal, 06/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto










sábado, 4 de agosto de 2018

ACORDA O AMANHECER

A ANAC protege a vida, fala por nós,
defende o sonho com sua voz
trazendo a Cultura à mesa!
Serve a Arte com tal nobreza
numa taça de cristal a brilhar
ao grupo em convívio salutar.

Estreita os laços da comunicação,
alegre os sócios com sua bênção
partilhando o viver com novo Saber!
Entre actividades e o labor no lazer
desbrava na luz os horizontes,
viajando e bebendo noutra fontes.

A experiência jamais é esquecida
nem a união forte e sentida
na fé do conhecimento!
Acreditando neste movimento,
atento ao Conceito Social
e à Vertente Internacional.

Como na terra semeando grão a grão 
torna grandiosa a Associação,
de imagem bela na Sociedade!
Fértil na Criatividade
transportando a sementa à eira
com orgulho, ó terna Companheira.

Ela acalma a mente e o pranto
oferece ao presente doce manto,
vai acordando o adormecer!
A fim da Amizade permanecer
continua espalhando a sua graça
e a Família com amor abraça.


Setúbal, 03/08/2018
Inácio José Marcelino Lagarto


terça-feira, 31 de julho de 2018

O PASSADO E O PRESENTE


Lembro o cante na taberna
numa partilha calma e fraterna
findo o dia quase ao anoitecer,
calando a voz do longo sofrer.
Desfilavam sobre as calçadas
evocando as riquezas roubadas,
dos sonhos feridos no coração
cujo lucro tirava à vida  o pão.

Viviam pobres de frescos salários
prestando vénias aos milionários,
trabalhavam com alma e devoção
caminhando… de olhos postos no chão.
Lavravam o campo de belo valor,
ceifavam a seara com muito ardor!
Nobre Povo fiel e honrado 
seguia no Tempo desamparado.

Numa ambição soberana
e tocado pela força humana
deu luz e voz à vontade!
Gritou bem alto pela Liberdade.
Saiu da Pátria, galgou a fronteira,
regressou com a imagem  guerreira
doando Saber ao Alentejo…
Concelho criativo que abraço e beijo.

Obrigado calmo Rio Xarrama,
a Alcáçovas e a Viana deste fama!
O Ideal de Abril nasceu ali  perto
no Monte do Sobral ao luar aberto.
É símbolo  forte da Revolução 
e dos cravos nos peitos com paixão.
Acalmados os velhos tormentos
brilham na fé os monumentos.



Setúbal, 31/07/2018
Inácio José Marcelino Lagarto



segunda-feira, 30 de julho de 2018

TERRA AMADA



Quanta beleza encerra
a Festa da nossa Terra,
no Alentejo profundo!
A maior riqueza no mundo 
serviu no tempo como sequeiro.
Sonho no lutar verdadeiro,
da fruta madura nos quintais
e do campo com verdes trigais.

Distrito belo, com luz de encantar,

do povo unido e sempre a cantar;
Concelho com velha tradição
na doçaria, enchidos, queijos e pão.
Nele brilham a arte  do chocalho,
o barro modelado com trabalho!
De costumes, de amores ancestrais
assim como sobreiros e olivais.

Gente com crer na caminhada,

da noite longa acordada
cuja visão estende o olhar
na esperança a divagar…
acorda a manhã transparente 
em que o sol surge com o raio quente.
A água brota fresca da fonte
almejando livre para o horizonte.

O Homem na despedida

partilha a saudade sentida!
Recordando pais, irmãos e filhos
na romagem por novos trilhos.
Com alegria, na plenitude
vai espalhando a sua virtude
não esquecendo a foice e a enxada
nem o ventre da Terra Amada.


Setúbal, 30/07/2018

Inácio José Marcelino Lagarto

domingo, 29 de julho de 2018

PÁSSARO VOANDO


Bate as asas vai voando
Contempla no espaço nobre missão
Na Liberdade Sonhada
Fugindo à temível escravidão.

I
O Homem, cumpre o destino da vida
saturado pelos vendavais;
nos campos, casas a catedrais
nesta cruzada na Terra sentida.
Assombrada por força perdida,
verdes paisagens estão secando…
as árvores no chão tombando,
na alegria falta a ternura,
o ambiente chora sem frescura!
Bate as asas vai voando.

II
Sorri às horas  fielmente
ouvindo  o som dos duros passos;
à luz do céu estende os braços
olhando a chama fluorescente.
Num desejo de crer ardente
vai aquecendo o coração…
envolve-se na nuvem com emoção
num clima extraordinário,
fortalecendo o imaginário!!!
Contempla no espaço nobre missão.

III
Visões incendeiam o olhar
entre murmúrio e conquista;
pensamentos elevam a vista
como pássaros esvoaçando no ar.
Vaidosas aves no  seu chilrear,
confiantes vivem lutando…
novo mundo desbravando
numa vontade imensa,
esquecendo a sina e a sentença!
Na Liberdade Sonhada.

IV
Arrumado na mente o passado
os gestos livres e inocentes;
 das caminhadas pendentes
no livro do tempo escriturado.
Pelo vento e chuva apagado
aquele troféu da recordação…
como tijolo na base da construção
serviu de esperança, bom exemplo
ao corpo humilde, como Templo!
Fugindo à temível escravidão.


Setúbal, 29/07/2018
Inácio José Marcelino Lagarto