terça-feira, 31 de julho de 2018
O PASSADO E O PRESENTE
Lembro o cante na taberna
numa partilha calma e fraterna
findo o dia quase ao anoitecer,
calando a voz do longo sofrer.
Desfilavam sobre as calçadas
evocando as riquezas roubadas,
dos sonhos feridos no coração
cujo lucro tirava à vida o pão.
Viviam pobres de frescos salários
prestando vénias aos milionários,
trabalhavam com alma e devoção
caminhando… de olhos postos no chão.
Lavravam o campo de belo valor,
ceifavam a seara com muito ardor!
Nobre Povo fiel e honrado
seguia no Tempo desamparado.
Numa ambição soberana
e tocado pela força humana
deu luz e voz à vontade!
Gritou bem alto pela Liberdade.
Saiu da Pátria, galgou a fronteira,
regressou com a imagem guerreira
doando Saber ao Alentejo…
Concelho criativo que abraço e beijo.
Obrigado calmo Rio Xarrama,
a Alcáçovas e a Viana deste fama!
O Ideal de Abril nasceu ali perto
no Monte do Sobral ao luar aberto.
É símbolo forte da Revolução
e dos cravos nos peitos com paixão.
Acalmados os velhos tormentos
brilham na fé os monumentos.
Setúbal, 31/07/2018
Inácio José Marcelino Lagarto
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