segunda-feira, 30 de julho de 2018

TERRA AMADA



Quanta beleza encerra
a Festa da nossa Terra,
no Alentejo profundo!
A maior riqueza no mundo 
serviu no tempo como sequeiro.
Sonho no lutar verdadeiro,
da fruta madura nos quintais
e do campo com verdes trigais.

Distrito belo, com luz de encantar,

do povo unido e sempre a cantar;
Concelho com velha tradição
na doçaria, enchidos, queijos e pão.
Nele brilham a arte  do chocalho,
o barro modelado com trabalho!
De costumes, de amores ancestrais
assim como sobreiros e olivais.

Gente com crer na caminhada,

da noite longa acordada
cuja visão estende o olhar
na esperança a divagar…
acorda a manhã transparente 
em que o sol surge com o raio quente.
A água brota fresca da fonte
almejando livre para o horizonte.

O Homem na despedida

partilha a saudade sentida!
Recordando pais, irmãos e filhos
na romagem por novos trilhos.
Com alegria, na plenitude
vai espalhando a sua virtude
não esquecendo a foice e a enxada
nem o ventre da Terra Amada.


Setúbal, 30/07/2018

Inácio José Marcelino Lagarto

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