quinta-feira, 31 de agosto de 2017

LUAR DA NOITE

 
 
 
LUAR DA NOITE
 
 
Nesta casa na claridade,
em Setúbal Cidade Azul!
Cá de cima  na Avenida
mora um prosador sem idade.
Olhando a paisagem do sul!
O verde pão que alimenta a vida.
 
 
Setúbal, 04/09/2017
Inácio Lagarto


UNIÃO SENTIDA

🌞✰✩



Setembro, da uva amadurecida,
fez brilhar o terno amanhecer!
O belo sonho tão sonhado.
Acalentou a união sentida,
com o fruto, na planta a florescer...
na seara em corpo semeado.

Correndo no tempo, a família veio beijar,
trouxe esperança ao pensamento!
Pelos amores predestinados.
Subiram ao Altar Sagrado, a orar
com encanto e sentimento...
nas vindimas abençoados.

A tarde de verão ia caindo,
os veraneantes regressavam da praia!
os nubentes vivendo as emoções.
A luz acendeu-se, a fé seguindo,
pedindo à pureza que não saia...
perante Deus ajoelharam as paixões.

Mês da Vinha e da Poesia,
de alma cheia com a mulher amada!
Bebendo da piedosa ambição.
Iluminados por arte e fantasia,
naquela viagem encetada...
cantaram ao luar, alegre canção.

Amizade verdadeira esteve a selar,
o tesouro de ouro bem guardado!
Cujos olhares o pudessem ver.
O mundo filosófico deixou-o quebrar,
dentro do peito está reservado...
para o abrir e poder ler.

O original vibra na mente,
 na vida é relido em segredo!
E se falasse, o que diria?
Nesta data, o coração sente,
repleto de crença e medo...
protegido pela força do novo dia.


Setúbal, 04/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto





terça-feira, 29 de agosto de 2017

VINDIMAS



V I N D I M A S
 
Terra de aventura e força humana,
nos campos agrícolas vão pelejando!
Transformando a Natureza.
Trazem ao peito sonho lusitano,
Povo alegre os olhos limpando
para vindimar tamanha riqueza.
 
 
Setúbal, 29/08/017
Inácio José M. Lagarto
 


PALMELA TERRA DE ENCANTO








(Imagem retirada do Google)





Palmela exalta a ternura
das vinhas que no chão florescem!
Das vides verdejantes saltam gritos.
Numa risonha frescura
e tortuosas enlouquecem...
recordam deus Baco, prazer e mitos.

Terra da Festa das Vindimas
mostra, cortejo emblemático!
Sonho com crescimento triunfal.
Símbolo divino dos climas
em belo evento  temático...
de doce paladar especial.

Vila histórica não amuralhada,
de cenário vindo dos Mouros!
Conquistada por Dom Afonso Henriques.
Numa batalha cristã travada
com a cruz ao peito, colheram louros...
hoje, com bons vinhos nos alambiques.

Sede da nobre Ordem Militar,
de Santiago de Espada!
Marca importante de identidade.
Entre o Rio Tejo e Sado a vigiar
numa longa área perfumada...
dando ao horizonte a liberdade.

Do alto do Castelo, nos miradouros,
olham além do pensamento!
Tão férteis e ricas paisagens.
Lá dentro, guardam-se tesouros,
lançando esperanças em movimento....
pela diversidade de imagens.

Gente pura de fraternidade,
de costumes e franca partilha!
Vivem no seio da agricultura.
Caminham, unidos na vontade,
numa cruzada que o mundo trilha...
Elos fortes na Cultura.


Setúbal, 29/08/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

domingo, 27 de agosto de 2017

TROVOADAS DE AGOSTO


Agosto das despedidas, com chuva e trovoadas
deixam o calor das praias, o sonho do verão.
As esperanças do viver, ao sol, surgem molhadas!
Lágrimas, caídas, são enxutas... pela toalha do coração.


Tornam mais fecundo, o solo cuidado, do Existir...
expectantes  à consciência e mudança na mente.
Olhamos de frente o tempo, o lamento e o sentir!
Sensíveis ao sopro do vento e à força presente.


O céu é pintado de nebulosidade
cujo mundo, aguarda, com amor e confiança!
Apesar da noite, voluptuosa, oriente a vontade...


Chapéu de chuva e o abafo consolam a vida,
com elegância, conforto, sinal de lembrança!
Dando carinho, equilíbrio à terra dolorida.



Setúbal, 28/08/2017
Inácio José Marcelino Lagarto



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

IDEAIS DO POVO

(Imagem retirada do Google)

 
IDEAIS DO POVO
 
Florescem os ideais do Povo
em diversidade cultural
despido de todos os medos.
Com arte e cante novo
renasce a partilha social
vencendo velhos segredos.
 
 
Setúbal, 24/08/2017
Inácio Lagarto
 
 
 

MUDANÇAS NOS TEMPOS

 
 
 
 
O verão acena a mão ao outono
e diz adeus às calmas férias! 
Começa ano lectivo escolar.
As praias ficam, livres, sem dono,
terminam convívios e boas lérias...
ergue-se no tempo um novo pensar.

De esperança consumada
reencontra-se o desejo do Saber!
Desde a oficina ao  emprego.
Trazem na bagagem a caminhada
com a certeza do querer...
neste mundo, dinâmico, com apego.

Na auréola lusitana
de memórias, conquistas ancestrais!
Estão feitos de Homens Valentes.
São grandezas da força humana
por mares longínquos deixaram sinais...
de mistérios e lutas nas mentes.

O presente alimenta o progresso
com tecnologia e informação!
Vencer a partilha e o futuro.
Fomenta a tradição e o sucesso
criando riqueza e ambição...
inovando o desbravar seguro.

Florescem opiniões sociais
em belos céus estrelados!
Como uva amadurecida.
Corre nas veias sangue dos nossos pais
hoje, com direitos igualados...
numa herança sentida.


Setúbal, 24/08/2017
Inácio José M. Lagarto

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A MEMÓRIA PERFUMA A VIDA

(Ruinas de S. Vicente - Viana do Alentejo)

A memória e o sonho
vão perfumando a vida!
Balanço do ontem e do presente.
Focam o alegre e o tristonho
de uma vivência sentida...
guardados no disco, na mente.

A partir da doce estrada,
construída por outra gente!
Com conquistas e vitórias,
derrotas na caminhada;
reflexos de quem sente...
escrevem páginas nas estórias.

Os tempos traçam mudanças,
na partilha do Saber!
Com a contagem dos anos.
São acumuladas confianças
entre o criar e o aprender...
Somados aos desenganos.

O verde cresce sem medo,
em sossego pela viagem!
Vai florindo o terno chão.
Junto ao rio, desce em segredo,
forma tapete na paisagem...
colorindo qualquer estação.

No computador da saudade
há um registo de magia!
Nova esperança musicada.
Sensação de igualdade,
um amanhã sem noite e dia...
que a força humana seja Amada.


Setúbal, 17/08/2017
Inácio José Lagarto

terça-feira, 15 de agosto de 2017

LUZ TRANSTAGANA

(Foto José Luís Rocha)

Com fantástica fotografia,
elaborada com arte e engenho!
De quem sabe olhar o espaço.
Transforma o conforto em magia,
de mão firme no desenho...
dando ao segredo terno abraço.

Deu alma à perspectiva
entre o Cruzeiro e a Torre do relógio!
numa sinuosa perfeita.
Igreja Matriz é parte afectiva,
catavento, sinal de prestígio...
cujo clima ao homem sujeita.

Castelo de traça octogonal,
permeia a serra e o povoado!
No sopé sul do monte de S. Vicente.
Serviu de defesa com ameias sem igual,
conjunto arquitectónico fortificado...
tonando-o em fortaleza  presente.

Partilha de Vida e esperança
cercada por tamanha riqueza!
Estão a Virgem Maria, Menino Jesus.
Oferecem carinho e confiança,
Irmanados na fé pela certeza...
Imagem rica, em pedra, nos seduz.

O céu profundo iluminando,
envolto em pompa e solenidade!
Reforçam a força humana.
Memórias de páginas lavrando,
numa ânsia e claridade...
Sonho de viver, Luz Trastagana.



Setúbal, 15/08/2017
Inácio José M. Lagarto

domingo, 13 de agosto de 2017

SOU FILHO DO ALENTEJO


 
SOU FILHO DO ALENTEJO
 
 
Sou filho do Alentejo
canto num Grupo divertido
entre sons bem afinados.
Ao comando do Mestre revejo
modas do tempo sentido!
Vivo meus dias sonhados.
 
Setúbal, 13/08/2017
Inácio Lagarto

A VIDA É UM BAILADO


A vida é um terno bailado,
na partilha do sonho!
Que é preciso acariciar.
Poema místico criado
anima casal tristonho...
ao som e ritmo do musicar.

Na melodia da caminhada
o amor, vive presente !
Numa crença e sem medo.
É ter tudo sem ter nada,
o que anseia e sente...
naquele momento em segredo.

Dá ao sentimento um rumo,
alegrando o pensamento!
No salão da liberdade.
Brilha o sol e não o fumo
em passos velozes como o vento...
abraça a sombra da saudade.

Com alma, afago predilecto,
de mente rotativa!
O futuro faz parte da dança.
Ao Saber lança afecto,
às artes  e roda festiva...
sinais ricos de fiança.

Procura na porta aberta
uma amizade inteira!
Para dialogar com outro alguém.
Ouvir na hora certa,
bela palavra verdadeira...
no silêncio que dela vem.

Setúbal, 13/08/2017
Inácio José M.Lagarto

sábado, 12 de agosto de 2017

CALAMIDADE DE VERÃO


Há quem faça de ouvidos moucos
à Legislação do nobre País!
Por cobiça ficam loucos...
queimando a flora, fauna pela raiz.

Povos e costumes são esquecidos
enquanto o mundo dorme a cismar!
Na humanidade e bens perdidos..
deixando vales e serras ao luar.

O fogo espalha pânico,
as esperanças vivem cercadas!
Feridas pelo vento satânico...
devoram paisagens encantadas.

Fecundo jardim de inspiração,
pintado com sombra de incerteza!
Habitado por gente em inquietação...
saudoso de liberdade e beleza.

Das águas caindo em cascatas
ao som, dos cantares das aves!
Cheirando o perfume das matas...
em que os gados pastoreiam suaves.


Naquele paraíso de crença e luz,
olhando o céu consolador!
À paixão ardente nos conduz...
oferecendo ao sonhar o Amor.

O equilíbrio calmo da Natureza,
do Belo, do ordenamento florestal!
Hoje, alimenta risco e pobreza...
nesta Aguarela de Portugal.

Ouvem-se vozes, lamentos aflitos,
árvores frondosas tombando!
Choram nas horas os gritos...
águas de inverno, campos alagando.

Setúbal, 12/08/2017
Inácio José M. Lagarto

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SONHAR, EU SEI







Na vida caminho com o sonho
oferecido e belo ao meu crescer!
Na estrada nem sempre risonho ...
Eu sei! Deu-me a mão para vencer.

Trago do berço a tradição
e o choro no acalentar!
Minha energia, minha ambição...
calor humano para meditar.

Deitado, não fiquei a dormir
jamais, julgando-me sozinho!
Fui transformando o Existir...
cravado na mente como um espinho.

A alma tão sentida veio lavar,
aquele sonho, jovem, cansado!
Ouvi, de perto, uma voz a embalar...
o fruto por outro já andado.

Trouxe alegria no momento,
deitando fora a amargura!
Ergueu-se de glória o pensamento...
abraçando a vida segura.

Beijei a terra em que nasci,
dei corda aos meus sapatos!
Uma taça meia-cheia bebi...
fui vestindo novos fatos.

Às memórias passadas disse adeus,
sopradas por ventos e ares!
De fé, firme, de olhar em Deus...
habitei cidades, rios e mares.

Sedento de Criatividade
segui, pisando ruas e chão!
Usando palavra e amizade...
na partilha, terna, do coração.

Setúbal, 10/08/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

LUZ DE AGOSTO


Luz forte no céu ilumina
o mês de Agosto com sol contente...
acompanha a vida no seu galopar.
Nosso bem estar determina,
temperando a força da mente!
Não deixa a esperança apagar.

Como belo cavalo corre todo o ano
por vales e montes no pensamento...
montada, em brilhante sela, com paixão.
Procura, terno, calor humano
sem parar no tempo o movimento!
De rédeas presas, firmes, na mão.

Percorre planícies, rios e mares 
por entre densos arvoredos...
bebendo da água nas fontes.
Aprende Cultura em vários lugares,
com povos que guardam segredos!
Escondidos para além dos horizontes.

Da viagem  já cansada,
o irradiar da memória afaga...
alimentada por desejo e fúria.
O que sente  é muito ou nada,
esquece a tristeza mais amarga!
Lembra a vivência na penúria.

Fico a contemplar no sono meu rosto,
da caminhada sensível  do Amor...
vejo uma estrela, brilhante, a piscar.
Nas noites sonhadas de Agosto
acordo, da visão, olho bela flor!
A saudade, o peito, vem acalmar.

Setúbal, 07/08/2017
Inácio J. M. Lagarto

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

SENTIMENTOS


São palavras sentidas,
conquistas de coisas belas
que estão guardadas na mente.
Respostas às emoções e feridas
julgadas como paralelas...
com leituras diferentes.

Vivo dos pensamentos
que duas fontes deixaram
para a alma saciar a vida.
Correntes em movimentos
e com afagos brotaram...
água pura merecida.

Registados nas memórias
entre sonhos desejados
por realidades desafiantes.
Nasceram de perdas e glórias, 
na caminhada quebrados...
em dias e noites distantes.

As amizades contagiam,
na partilha fiel envolvem
quando o crer é intenso.
Cultura livre acariciam,
aprender e saber promovem...
neste paraíso imenso.

Fomentam risos sensuais
portadores de alegrias
ou de lágrimas do mundo.
Cheios de qualidades morais
ilustradas por magias...
em sentimento profundo.


Setúbal, 04/08/2017
Inácio J.M.Lagarto

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CALMO VERÃO



Calmo segue o verão
por praias ou campo em lazer
cujo sonho, viver deleita.
Com sinal de redenção
dando força ao vencer
a uma faina perfeita.

Inácio Lagarto

O ADEUS AO VERÃO


Ao entardecer dos dias de verão
o vento, sorrindo, começa a soprar...
a brisa quente desaparece.
Nosso sentido divaga na ilusão,
pairando no tempo, a meditar!
Como quem cumpre solene prece.

Fixa-se com sentimento a Vida
perdoando ao mundo imperfeito...
independente da boa vontade.
Pensamos na filosofia vivida
a fim de obter caminho eleito!
No querer e criatividade.

O outono está próximo, a acenar,
espreita na fresca madrugada...
força poética da Natureza.
As praias, dos banhos, ficam a espraiar 
com a forte onda ondulada!
Lavando as areias com leveza.

As lágrimas de sal evaporam
entre promessas de fiel paixão...
levadas na mente para a cidade.
Ao longe, os corações imploram
que o ano corra, veloz, na sua missão!
Venha alegrar a humanidade.

De olhos postos no passado,
repouso de amplas férias tardam...
dizendo adeus à estação.
Sonho pelo dever é esperado
e, lugares de lazer aguardam!
Como troféus de compensação.


Setúbal, 03/08/2017
Inácio José M.Lagarto

terça-feira, 1 de agosto de 2017

SONHO DE AGOSTO



O sonho no mês de Agosto
acompanha o luar, com tanto gosto,
passeia na praia a divagar!
Vê uma estrela, no céu, a iluminar,
naquele belo espaço celeste.
Livre de algemas a luz reflecte,
olhando de perto o mundo...
infeliz e moribundo.

Beija a terra enviando um sinal,
repleta no seu brilho de cristal
e ao Poeta, ideais e matérias!
Sangue que corre nas artérias,
brotando uma frágil lágrima
para acalmar a dor e a mágoa,
a sua mente transforma...
envolvendo-a  em arte e forma.

As noites, fomentam segredos,
criados numa nuvem de medos
cujos dias, quentes e de lazer guardam!
A chama, no peito, desejos imploram
contrariando a vontade.
Gritando pela liberdade,
lançada ao vento como certeza...
em caminhada na Natureza.

Partilha com o semelhante,
seu companheiro veraneante
a palavra astuta do homem!
Memórias do crer que o consomem
nas fantasias reflectidas.
Da existência das vidas esculpidas
ou, a rastejar como cobra...
às mãos de quem tem e sobra.


Setúbal, 01/08/2017
Inácio José Lagarto