sábado, 12 de agosto de 2017
CALAMIDADE DE VERÃO
Há quem faça de ouvidos moucos
à Legislação do nobre País!
Por cobiça ficam loucos...
queimando a flora, fauna pela raiz.
Povos e costumes são esquecidos
enquanto o mundo dorme a cismar!
Na humanidade e bens perdidos..
deixando vales e serras ao luar.
O fogo espalha pânico,
as esperanças vivem cercadas!
Feridas pelo vento satânico...
devoram paisagens encantadas.
Fecundo jardim de inspiração,
pintado com sombra de incerteza!
Habitado por gente em inquietação...
saudoso de liberdade e beleza.
Das águas caindo em cascatas
ao som, dos cantares das aves!
Cheirando o perfume das matas...
em que os gados pastoreiam suaves.
Naquele paraíso de crença e luz,
olhando o céu consolador!
À paixão ardente nos conduz...
oferecendo ao sonhar o Amor.
O equilíbrio calmo da Natureza,
do Belo, do ordenamento florestal!
Hoje, alimenta risco e pobreza...
nesta Aguarela de Portugal.
Ouvem-se vozes, lamentos aflitos,
árvores frondosas tombando!
Choram nas horas os gritos...
águas de inverno, campos alagando.
Setúbal, 12/08/2017
Inácio José M. Lagarto
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