segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

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Todos sonhámos em criança
um belo futuro alcançar.
Abraçámos a confiança
o que fomos na lembrança
...lugar na Vida conquistar.


Setúbal, 23/01/2016
Inácio Lagarto

A CRIANÇA QUE FOMOS

Na sombra dormia o mundo
fomos procurá-lo por inteiro
desde manhã à noite fechada,
como quem a vida lavra.
Semeámos amor profundo,
num sonhar verdadeiro;
de alma enamorada...
alimentando a palavra.


O sol aquecia o tempo,
o sonho ia crescendo!
Com ele o aprender,
no desejo de ganhar.
A inocência vencendo
as horas livres do prazer...
e o emprego por conquistar.


Benditos sonhos de criança
projectando o futuro.
Num clarão de confiança
iluminando o caminho seguro.


Fomos actores brilhantes,
astronautas, marinheiros...
belos cavaleiros andantes.
Doutores, engenheiros,
poetas e trovadores
...românticos por devoção.
Somos pais, avós reformados.
Vivemos com emoção.


Setúbal, 23/01/2016
Inácio Lagarto







SONHOS DE CRIANÇA

Já fomos todos criança
com muita ânsia de voar.
Crescemos com confiança
na rua e na lama a brincar.


De pródiga imaginação,
traquinas e com alegria.
A fisga no bolso do calção.
A magia com que se vivia.


Cedo íamos p´rá escola
conviver com os demais.
De bibe, boné e sacola
protegidos por mestre e pais.


Desde a aldeia à cidade
aprendia-se a tabuada.
No livro a liberdade
da amizade guardada.


Nos afagos e nos medos,
nascia forte aliança.
Nas fantasias e segredos
conjugavam a segurança.


Setúbal, 23/01/2016
Inácio Lagarto

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A ORQUESTRA





Num conjunto bem enquadrado
trocam a pauta à melodia.
O coro desafinado
não acerta na harmonia.


Hábil de mágica batuta
o Maestro controla o tom.
O solista de voz astuta
enche a sala e abafa o som.


Velho piano solidário,
criando, marca o compasso.
Rufam caixas no templário,
o bombo acerta o passo.


O clarinete afinado
acorda o ágil trombone.
Doce clarim moderado
acompanha o saxofone.


No silêncio...ouvem-se valsas,
rapsódias triunfais.
Vibram tangos, ternas salsas...
belas operetas universais.


Com tão enormes desvelos
o vento sacode a viagem.
O palco da Vida é de zelos
e do Tempo...somos passagem.


Em todo o Orbe o povo
numa apoteose geral!
Felicita o Ano Novo
com um carinho especial.


Como aves livres voamos!
De mentes limpas sonhadas.
Entre trinados anunciamos
o calcorrear das jornadas.




Setúbal, 19/01/2016
Inácio Lagarto

. . . . .

No viver a luz vem pura
não se perde na obscuridade.
O Povo, alegre e sereno
projecta sorrisos e ventura;
abraça  a força da Amizade
num futuro rasca e pequeno.




Setúbal, 19/01/2016
Inácio Lagarto

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

GLÓRIA EM VERSO



Camões, escreveu bela Glória em Verso.
Viveres e feitos audazes que nos deixou.
Transportou Alma Lusa por céu disperso;
cercada de sonhos, a fama navegou.


Epopeia de hábeis e fortes armadas.
Lutas sangrentas nas conquistas aos Mouros.
Novas estradas por mares encetadas...
buscando especiarias e tesouros.


No baloiçar das caravelas ao vento
dobrou-se o Cabo da Esperança imensa.
Venceram-se os Medos no pensamento.


Viraram-se velas, terras demandadas,
gente aventureira ditou nobre sentença!
As Grandezas ao Reino...eram chegadas.






Setúbal, 15/01/2016
Inácio Lagarto



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Por Ilhas e Terras remotas
foi-se remando com o coração.
Entre vitórias e derrotas
cresceu no Tempo... tanto Irmão.




Setúbal, 15/01/2015
Inácio Lagarto

sábado, 9 de janeiro de 2016

SILÊNCIO DO CORAÇÃO

A Vida corre veloz, não corre.
No silêncio, adormece o coração.
Acorda! Bate forte e não morre.
Veste de amor, o tempo, sem condição.


Acelera na esperança sonhada.
Abraça e percorre distâncias sem fim.
Procura a senha, em corpo guardada
à sombra, da roseira, em fresco jardim.


Canta ou inventa, sente a ausência,
na palavra fala...a Saudade.
Da força crente na Existência.


A alma do poeta ergue-se em frente
rompendo nas nuvens a Claridade.
Na Vida vive a Paz...serenamente.




Setúbal, 10/01/2016
Inácio Lagarto

. . . . .

Guardamos no coração
a amizade como a alegria.
Nobre chama de união
com valor do nosso irmão...
no trabalho do dia a dia.


Setúbal,10/01/2016
Inácio Lagarto

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PRECISA-SE REBELDIA




Sinto-me caminhar por terreno incerto!
Abraço, sem medo, a Poesia nesse andar.
No alto...admiro longe, com sonho perto,
o verde da paisagem, sem me encontrar.


As palavras, minha espada, no coração.
No Outono da Vida, oiço a mente.
Liberto da existência a inatenção!
Comtemplo a Verdade...intensamente.


É preciso falar da façanha e rebeldia.
Musicar os sentimentos em bom verso
e a força do trabalho no dia a dia.


Gritar com alma à bondade reflorindo,
olhar de frente...mistérios do Universo.
Porque os deuses da Terra estão dormindo.




Setúbal, 04/01/2016
Inácio Lagarto

. . . .

Minha rebeldia é a palavra
que dá forma ao pensamento;
com a caneta e lápis desbrava,
no papel...terra dura lavra
minha alegria, meu lamento.


Setúbal, 04/01/2016
Inácio Lagarto

sábado, 2 de janeiro de 2016

ELMANO SADINO



Bocage, de corpo frágil como na vida,
filho de magistrado, poeta com ideais
e de mãe com alma culta, fé sentida...
tentou, no tempo, apagar-lhe verdes sinais.

Génio impetuoso, de fácil inspiração!
A glória foi-lhe minando o corpo sonhado.
O Amor florescendo traiu-lhe o coração,
Elmano Sadino...como triste traçou o fado.

Entre o povo, de aplausos excessivos
embriagava a voz, na obra e fama
mostrando tesouros, a risos lascivos.

À bela Musa dedicou terno encanto.
Por Terras distantes...apagou a chama!
Da luz que iluminava tão duro pranto.



Setúbal, 02/01/2016
Inácio Lagarto

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Ai poetas deste Canteiro!
Ai sonhadores neste Rio.
Esperem que sol aqueça primeiro,
com Cantar aos Reis em Janeiro...
traga esperança e afague o frio.


Setúbal, 02/01/2016
Inácio Lagarto