terça-feira, 28 de dezembro de 2021

CONJUNTO MARAVILHOSO


                       ( Imagem de Luisa Mira Ferreira)



À entrada principal da Igreja Matriz,
Brilha no alto a Torre do Castelo;
Com catavento, relógio belo,
Acorda o reinado de D. Dinís .

As muralhas circundantes
Elevam a majestosa Igreja
Para que o povo sinta e veja,
Nobre riqueza dos caminhantes.traz

Ao cimo, da dupla escadaria,
Está A Mãe de Leite - O Cruzeiro;
Espaço calmo e companheiro
A fim de consolar a harmonia. 

 Na parte térrea, foi campo sagrado, 
Espaço de brincar na catequese;
Abrigo quando o sol aquece,
Saída para festejo iluminado.

A infância sorri ao olhar,
Vem alegrar a distância;
Da nespereira e fragrância
Que traz à mente o divagar,

Memórias de procissões e velas,
Música em desfile pela Praça;
Cante de glória pedindo graça!
Enamorados por lindas donzelas.



Setúbal, 28/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto





domingo, 26 de dezembro de 2021

MUDA O SONHO MUNDIAL



Muda o sonho de estratégia mundial 
A fim de conquistar a bela confiança!
Lutamos contra a "ómicron" vírus do mal,
Sem piedade, persegue o povo em geral
E rouba ao amanhã... a  Esperança.

Vivemos com receio da realidade,
Neste tempo do conhecimento;
Foge a cada passo a liberdade,
O valor de criar a oportunidade
Na  família, no envelhecimento.

Há que pensar em futuras batalhas
Para outras doença em evolução;
Sobre os locais aonde trabalhas,
Poderes dirigentes e suas falhas!
Tudo em defesa de melhor geração.

O sacrifício na Terra jamais acabou,
Temos de cerrar as hábeis fileiras;
A alma solidária ainda não abalou
Porque a Sábia Ciência acreditou
E cumpre ordens, fortes, conselheiras.

Sensibilizada que foi a Festa do Natal
Com o Ano Novo a reforçar medidas! 
Na partilha nos laços de amor, ideal
Que leve para longe o rugir do vendaval
E volte a paz às mentes sentidas.

Setúbal, 26/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

CHOVE NO NATAL

 



A chuva molha a calçada
A fim de alegrar a barragem;
Une a família na Consoada,
Pelo Natal da romagem.

Traz a esperança presente
Com o refrescar da terra;
Responde à voz da mente
Que ouve-se além da serra.

Rega em dezembro a semente
Para criar fruto no amanhã;
Que janeiro surja contente
Na conquista de uma vida sã.

São dois anos de amarguras
Num caminhar  ondulado;
Por algumas metas inseguras
O povo, sente-se abandonado.

Tocam os sinos à alvorada,
Vêm anunciar um novo sonho;
Entre a imagem renovada
Calam, o povoado risonho.

De fronte erguida e sorrindo
Acreditam, com ardor, no laborar;
A liberdade! Está partindo!...
Procuram a Paz para abraçar.


Setúbal, 20/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


domingo, 19 de dezembro de 2021

LARGO DE SÃO LUÍS

 


Nasci na rua do castelo,
Naquele jardim colhi uma flor;
Brinquei no Largo tão belo,
Volto com carinho para vê-lo
E sinto no casario tanto amor.

Os tempos que por ali andei
Partilhando lindas amizades;
Aqueles lugares, com pena deixei, 
No mundo, cidades e vilas visitei,
Regresso para saciar as vontades.

Cada casa enaltece una história
Assim como a da Igreja Matriz!...
Recordo os vizinhos na memória,
Suas palavras, feitos de glória
Porque lá morei e fui feliz.

Não esqueço as tabernas de vinho
Nem os petiscos e o bem cantar;
O calcorrear por aquele caminho,
Em grupo ou mesmo sózinho,
Tínhamos um sonho a conquistar.

Havia o mastro a Santo António
E pelo São João, de arco e balão!
 No São Pedro, ao som do harmónio,
O povo vestia, dançava finório
E participava em alegre união.

Nas  festas desfilava a procissão,
Vinha o povoado animar!
Trazia a Imagem da devoção,
Anjos vestidos com rigor, paixão
E atrás do andor, a banda a tocar.


Setúbal, 19/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

DE VIANA À SENHORA DE AIRES

 






Vamos a Nossa Senhora de Aires rezar
A fim de cumprirmos uma promessa;
Foi pedida, com o coração a sangrar,
Que tem de ser paga, com amor, depressa.

Não olhes o perigo chorando
Em tempo de grande aflição; 
Porque os olhos marejando 
Agradecem, através de pura paixão.

Há uma Santa  Imagem presente
Que acompanha nosso movimento!...
Ela protege e por todos Sente,
Sabe ouvir, ler o pensamento.

Apelamos à Sua Piedade, na hora da dor,
Na festa, na partilha com harmonia;
Com fé, solicitamos ajuda com fervor,
Recebemos milagres de crer por magia.

No seio de tão belo Santuário,
Naquele Altar, lá no alto a brilhar!
Como guarda jóias no imaginário
Está a Luz da Virgem Mãe a iluminar.
  
Traz a esperança vinda dos Céus,
Vem a população abençoar;
Com a chama, na força do Senhor Deus,
Ouvem-se anjos,  ao som de bom cantar.


Setúbal, 16/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

 







                        





domingo, 12 de dezembro de 2021

PORTO COVO E O NATAL





 
De Paz iluminado o Porto Covo,
Faz brilhar a Festa do Natal!
Terra de belas prainhas, sonho novo,
De noites alegres, de terno povo,
Animam aquela  costa divinal.

É um vasto paraíso à beira mar,
Na Costa Alentejana, Vicentina;
Mantêm na união o navegar,
Com a faina e a arte de pescar,
Trazem do passado fértil sina.

Olham a Ilha do Pessegueiro,
O povoado numa visão de pasmar!
Relembram estória no caminhar,
Da forte paixão, do nobre cavaleiro,
Por um linda moura de encantar.

Torna poética e cuja vida tanto seduz,
Projecta esperança com magia
Entre rochedos a calmas praias nos conduz;
O sol aquece através dos raios de luz,
A paisagem floresce com  energia.

Nesta viagem, por tão doce Natureza,
Partilha com São Torpes e Sines um abraço;
Fontes de Turismo sobre a riqueza
Em que Deus pintou uma tela de beleza
Que no Alentejo estreitam velho laço.


Setúbal, 12/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

MODELAR O CORAÇAO

 

Neste tempo, de fé, no modelar o coração
Existem desejos de fraternidade,
Para que floresçam amor e união;
As tímidas frases de partilha, de emoção
Sobre a paz e solidariedade.

Fecha-se a cortina ao ano pelo Natal,
Com a família no palco, em cena, no viver;
Distribuem prendas entre amigos em geral,
Em redor da mesa, lareira, com brinde especial,
Aquecem a alma com sonho e prazer.

Sente-se a ausência do ente querido,
Brincam  com o mais idoso à jovem criança;
Falam do ontem que não foi percorrido,
No troféu do club que será erguido
E pede-se ao mundo mais confiança!

Que haja paz, saúde e conforto,
Memórias sem destroços, melhores dias;
O progresso avance contra ondular torto
A fim do barco ser ancorado em bom porto,
Renasçam no presépio novas harmonias.

Sorrindo â voz, enleio da comunicação,
Lágrimas nos olhos visionam contendas;
Deixam caminhantes presos à solidão
Por falta de trabalho, luta e de ambição
Procuram comer, abrigo, em frágeis tendas.

Nas marés, da corrente do mar, em silêncio
Ficam à espera do toque da alvorada;
O povo, foi chamado às fileiras, pelo desafio,
Com medidas tomadas por comp` radio
Para alinhar na formatura anunciada.


Setúbal, 02/12/2021
Inácio José Marcelino Lagarto




 

domingo, 28 de novembro de 2021

ACENDE-SE UMA LUZ NO HORIZONTE

 

Mais uma viagem no mundo a circular
Modificando a vida e o sonho;
Vamos acautelar-nos através do modernizar,
Contemplando o progresso com o criar
Que traz no ventre o crer hábil e risonho.

Planear neste tempo é preciso usar de magia,
Oferecer produtos bons e inovadores;
A fim de fugirmos a esta terrível invernia
É urgente respeito pela Ciência e Tecnologia
Para partilhar, com glória, Saberes e Valores.

Como principio de acordar a esperança 
É necessário fomentar a natalidade!
Através de emprego, futura confiança,
Fazer crescer a economia e bonança,
Proteger a família na fraternidade.

Quem na caminhada por uma crise já passou
E teve de acreditar na força do amanhã?!
Parte do existir, no seu julgar deixou,
Uma lágrima fria no rosto derramou
Entre o chover e o sol encontrou o clã.

Nesta  longa e bela costa do oceano
Voltará a razão no silêncio a cantar;
Temos de alterar o paradigma do plano
Por causa de um trovão leviano
Cujo Globo veio, sem medo, atormentar.

Adoro o céu, o mar, a terra!Quero ser feliz!
Ouço o soprar do vento no monte,
Numa paisagem encantada neste país;
De povoados dispersos, de guerreiros gentis,
Porque acende-se uma luz no horizonte.


Setúbal,  29/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto  

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

NAVEGAR É PRECISO

 


Navegar na corrente é preciso
Para mergulhar no denso mar;
Na terra não existe palavra e conciso
A fim de vencer o mundo indeciso
Só resta-nos  com os peixes dialogar.


O homem, por ideal, esquece a pobreza,
Por cobiça não escuta o lamento;
Trata mal  o equilíbrio da Natureza,
Caminha na sociedade fiel à incerteza
Sem ouvir a voz do pensamento.

Chega o dezembro natalício
Em que o terno sonho acende a luz;
O fim do ano de sacrifício,
Pede-se outro, com fogo de artifício,
A olhar a esperança que nos conduz.

Circula no espaço visão e nostalgia
Que é urgente saber afagar;
Com  trabalho, crer e harmonia,
Respeitar medidas tomadas com magia
Contra vultos que seguem a assombrar.

Cantaremos a uma vitória futura,
De mãos dadas pela felicidade;
Por uma paisagem florida e segura,
Ler um bom livro escrito com ternura
Saudar o viver, com carinho e liberdade.   

O povo ferido continua  no seu destino,
Tropeça no tempo, em espinhos, matagais!
Porque soprou o vento forte e ladino
Que faz sonar no globo o sino
A pedir ajuda aos Poderes Universais.


Setúbal, 27/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto






 

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

QUINTA SINFONIA




Vamos na quinta sinfonia da confusão,
Nesta vigente e astuta caminhada
Cujo povo é atacado no convívio, missão;
Em que morava  a bela união, 
Abrigando  a Noite da Consoada.

O outono, de clima calmo, diz adeus
Aos anos de percursos atormentados;
Obrigou o mundo a solicitar a Deus,
A olhar para a Natureza e p´rós céus
A fim de ouvirem pedidos amargurados.

Aproxima-se a estação do frio inverno,
A branca neve, a estender lindo tapete;
Na montanha brilha carinho terno
Que acalma o desejo amigo e fraterno,
Alivia a dor que no momento sente.

É necessária a mudança urgente,
Escutar a vos enraizada no Saber!
Pensar, no irmão que vegeta ou, doente,
No emprego que navega no presente,
Na economia que ilumina a força do viver.

Planear, fortalecer a conquista
Sem esquecer a memória do passado;
Lutar, semear um futuro a vista,
Abraçar, de perto, a alma humanista,
Defender, com glória, o ideal libertado!

É preciso enfrentar os medos
A bem  de toda a Colectividade;
Cheirar o perfume dos arvoredos,
Renovar, fugir das estórias e enredos,
Acreditar com esperança na bondade.

Setúbal, 24/11/2021
Inácio José Marcelino Lagarto 
  



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

ESPLÊNDIDA MADRUGADA






No esplendor da madrugada
Brilhou uma estrela nos céus;
Trouxe a esperança desejada
Cuja arte fosse iluminada,
Deixou mo berço um filho de Deus.

Era dezembro!...Quadra de Natal!
No dia onze, falou o amor;
Perto do belo Castelo Nacional,
De Viana do Alentejo, em Portugal,
Floresceu um sonho criador.

No meio da fraternidade,
Naquela casa surgiram ais;
Como um grito de liberdade  
Entre pompa e solenidade
Que animou vontades dos pais.

São oitenta e quatro badaladas
Que entoam no relógio do mundo;
Festejam livres caminhadas,
Lembram as lágrimas derramadas
Pelo sentir mais profundo.

Pergunto ao dicionário da vida
Como resposta ao pensamento?!
Porque existe tanta dor sofrida,
Perda de filho, da mulher querida
Que vivem comigo, a todo o momento.

Neste tempo de comemoração
Sorrindo... à partilha com virtude!
Existe uma linda filha no coração;
Dádiva feliz, de calma união,
Oferece experiência e juventude.


Setúbal, 11 de dezembro de 2021
Inácio José Marcelino Lagarto






sábado, 6 de novembro de 2021

VENHAM VER O MEU CASTELO

 
                                                                            (Foto Francisco Fadista)

Castelo erguido no sopé sul da Serra
Conjunto belo que alegra o povoado,
Glória de Viana que ilumina a Terra
Pela história que nele encerra 
No Alentejo e  pelo mundo é admirado.

Tem a Igreja Matriz dentro do Castelo
Em honra de Nossa Senhora da Anunciação,
Feita em estilo Manuelino sem paralelo;
Na entrada, um majestoso Pórtico é vê-lo,
No interior, mostra arquitectura d´ elevação.

Tem a Igreja da Misericórdia, de nobres traços,
Também oferece espaços arquitectónicos;
À saída estende!.. Lindos e longos laços
Para visitarem a Vila, verem arte e cansaços,
Ao som de ternos cantares harmónicos.

No cimo da longa escadaria, triunfal,
Deslumbra a Mãe de Leite ou,  Cruzeiro;
Sobre o páteo com dupla visão divinal
Que convinda ao pensamento espiritual,
A todo o peregrino ou caminheiro.

Recebe a luz do luar, do calor do sol
Que querem naquelas ameias penetrar;
Protege o povo, da chuva, serve de farol, 
Olha a planície no extenso e calmo lençol
E, Nossa Senhora D´Aires no Seu Altar. 


Cercado de casario, hortas como jardim,
Os pioneiros Paços do Concelho abrigou!
Foi o primeiro cemitério que terminou por fim, 
Igreja de Santa Maria de Foxe ou Foxim
Para gente guerreira que no tempo labutou.


Setúbal, 06/11/2021
Inácio José Marcelino  Lagarto

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

CAI A CHUVA LENTAMENTE




Cai a chuva lentamente
Escorre  nas ruas, nos telhados;
Traz esperança à terra, à mente
Vem regar os campos lavrados.

Despede-se outubro com  firmeza,
Muda a hora no calendário;
O dia poupa na dura despesa,
A noite, projecta o imaginário.

O temporal surge violento,
Fere a vida, causa arrepio;
Altera o sonho no momento
Com a força do vento frio.

As árvores ficam molhadas,
Choram lágrimas de mansinho;
Pelo medo são abandonadas,
Fica sem abrigo o passarinho.

Fim de semana de forte aragem
Com um açoite na amizade;
Sem  a partilha na viagem
Nesta data da fraternidade!

Cidades, vilas  e aldeias
Suspendem visitas planeadas;
Não vão aparecer algumas cheias
Por barragens superlotadas.

Novembro, clama por calor -
Pelo verão de São Martinho!
Festejado com tal ardor
Entre castanhas e novo vinho.


Setúbal, 30/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto








quinta-feira, 21 de outubro de 2021

PARABÉNS PELA CAMINHADA

 





Justa! Na luz da bondade
Segues feliz na caminhada;
Sem pensares na jovem idade
Olha em frente a cruzada.

Esquece as vozes ingratas,
Orienta o saber pela certeza;
Acredita nas amizades gratas
Na sua ajuda e riqueza.

Levas aos ombros a esperança,
Ao peito a fé que enlaça o querer;
Anima-te com a vizinhança
Que acordam o amanhecer.

À noite, ilumina a mente
Que vem teu corpo afagar;
Fala, da juventude ausente, 
Da força do bem trabalhar.

Sobre a escravidão de outrora,
Do cansaço e ambição;
O tempo não se foi embora
Que era guiado pela exploração.

Dialoga, em casa, com ternura,
Recorda o marido docemente;
O calmo sonho com  formosura,
A bela imagem solenemente.

É novembro de "Todos os Santos",
Festeja teu lindo Aniversário!
Noventa e um, mais uns tantos...
Que faltam para o Centenário.


Com muitos beijos (irmão e sobrinha Paula)
Setúbal, 8 de novembro de 2021
Inácio José Marcelino Lagarto




quinta-feira, 14 de outubro de 2021

SONHO OU VIGILIA

 


Tenho sonhos ou vigílias de quem sente,
Uma caminhada envolta em doçura;
Partilhada no tempo com formusura
Com alguém em saudades no presente.


Saudades, ansiedade naquele momento,
Por quem subiu ao céu suavemente;
Deixou no peito imagem terna e crente,
Afaga o coração, ilumina o pensamento.

 Porque a ausência traz calor, noite fria
Foi levada por anjo que nos protege e guia
Perante Deus, como fé a doce alma!


Sem a bela estrela, a viagem é quase nada,
Não havia o brilho que acorda a madrugada
Nem a sombra para resistimos e nos acalma. 


Setúbal,14/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto





terça-feira, 12 de outubro de 2021

O MUNDO MUDOU

 


O mundo anda mudado
E outubro caminha quente;
Talvez esteja zangado,
Não ouve o que a terra sente.

As árvores clamam por água,
O vento não move a folhagem;
O caudal, do rio, chora de mágoa
Por não alimentar a barragem.

A sombra do arvoredo
Não abriga a saudade;
Folhas caídas em segredo
São tapetes sem tempestade.

Outono, segue apaixonado,
Com medo do fogo o queimar;
Vive atento, sempre vigiado,
Não vá um raio, do sol, atear.

As riquezas estão escondidas
No seio da Mãe Natureza;
Guiam as esperanças sofridas
Vencendo o sonho na dureza.

Como o povo sonhava outrora
Em bela viagem fugidia;
Surgiu numa nova aurora,
Na liberdade que não conhecia.

Na força de fé a florescer
Está chegando o Natal;
Germinado de amor e querer
Em fruto unido Universal.

Setúbal, 12/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto



 

domingo, 10 de outubro de 2021

DEUS PAI DA CRIAÇÃO



Semeada a pandemia
O povo caminha mascarado;
O sol que a vida aquecia
Tornou-a ferida e fria
E de rosto amargurado.

Os olhos que reluziam
E sentiam pelo outro desejo;
Ao querer não mentiam
Porque na partilha uniam, 
A força do Ser com beijo.

O viver passou a mistério
Cujo tempo nos conduz, 
A motivo real e sério;
O perigo é no solo e aéreo,
No convívio não entra a luz.

Guiados como ovelhas 
Por um eminente pastor,
Com palavras sábias e velhas;
Iluminadas por centelhas
Que vigiam a luta e o labor.

O Cientista no belo estudar
Sobre o momento atribulado
Analisa o remédio para curar;
Que vá a ansiedade terminar
E criar um mundo sossegado.

Só Deus Pai da Criação,
Na Sua bondade Divina,
Acalma a dor e a aflição!
Fortalece o nosso coração
E silencia a triste sina.

Setúbal, 10/10/ 2021
Inácio José Marcelino Lagarto


quinta-feira, 7 de outubro de 2021

ROSA ESBELTA E FORMOSA

 











Somam-se anos à idade,
Cresce no tempo a saudade,
No acreditar na estrela a brilhar!
Estás partilhando saber e vida
Queremos que seja bem colorida
Neste jardim de terra e de mar.

Renascem imagens crentes e puras
Para as caminhadas futuras,
Com a Senhora D´Aires no abençoar!
Vestida com Seu manto e virtude,
Mãe Piedosa, alivia nossa atitude
Noite e dia com terno olhar.

Parabéns Filha querida
Pela união e força sentida, 
Tu és fruto de fresca semente!
Esperança de boa raiz,
Quero ajudar-te a seres feliz,
Encantadora e contente.

Numa calma fraternidade
No carinho e na bondade
Fica cativante e formosa!
Cria em redor um novo mundo
E que floresça fecundo
Porque és uma esbelta rosa.


Setúbal, 18/10/2021
Beijos dos Pais amigos.
Mariazinha Vieira e Inácio Lagarto

terça-feira, 5 de outubro de 2021

DIA DO PROFESSOR

 




Caminha em frente Mestre, Professor
Pela vida, no bom saber a educar 
Que existe esperança e amor;
Com carinho no contínuo labor
Ensinando-nos a Acreditar.

Na escola ou na oficina
Sem fugir nunca ao dever,
Respeito pelo próximo ensina;
Usa a palavra com voz divina
Na luz que ilumina o querer.

Vai formatando corações
E preparando viagens puras,
Com harmonia belas canções;
A fim de ilustrar novas lições
Sobre conquistas e aventuras.

Oferece à luta paz e sossego,
Lança ao sonho bela semente
Que cresce no tempo como emprego;
Na família terno aconchego
Ganho com esforço lealmente.

Dá força às duras canseiras,
Alimenta na partilha da verdade 
E desliza por entre as carteiras;
Corrige os ditos e as asneiras
Em defesa da humanidade.

Luta com alma por objectivo
E ao País dando as mãos
Fica à espera do ano lectivo;
Que surja unido e criativo,
Alegre e feliz como irmãos.

Setúbal, 05/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto










sábado, 2 de outubro de 2021

SONHO UM DIA SER POETA



Sonho um dia ser Poeta 
Ter no Alentejo nascido
Editar, minha obra completa
Sobre arte, sofrer vencido.

No campo fui lagartinho
Subi à rocha como lagarto
Com a paisagem reparto
Suportei o sol, duro caminho, 
O montado e o seco pinho.
Dali parti como fiel atleta
Atirei ao amor a bela seta
Partilhei a saudade
Ilustrando a liberdade
Sonho um dia ser Poeta.

Olhei a imagem colorida
Com carinho e ternura
Começou risonha aventura
Uma viagem renascida
Em longa costa florida.
País p´lo mundo conhecido
De matizado bem vestido
A Sul do Tejo de Portugal
Com praias orgulho nacional
Ter no Alentejo nascido.

Senti vaidade pela conquista
Acendi a chama da criação
Logo, imaginei ser lagartão
Com um ideal futurista
Contra um querer egoísta.
Lutei para alcançar a meta
Usei de virtude na hora certa
Lancei ao tempo a semente
E numa esperança ardente
Editar, minha obra completa.

No passado à distância
Pintei o viver de quimeras
E de verde as primaveras
De branco a linda infância
Num quadro de fresca fragrância.
Abraço o labor com sentido
Beijo a alma do fruto perdido
Guardo no peito imortal momento
No cofre do pensamento
Sobre arte, sofrer vencido.



Setúbal, 03/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

VAMOS PENSAR NO FUTURO


 

Vamos pensar no futuro,
Com esperança na inovação;
Criar um florescer seguro
Para habitar no mundo puro,
Basta respeito, fazer reflexão. 

O Alentejo, tem muita riqueza,
Povo sábio e trabalhador;
Bela paisagem na Natureza,
Monumentos como fortaleza
E casas repletas de amor.

Terra de sol quente, frutuosa,
Para um sonho de labor, Cultural;
De gente lutadora e gloriosa
E com partilha carinhosa
Em solo fértil de Portugal.

Defensores de fortes ideais
Erguem unidos as virtudes;
Pendões dos tempos ancestrais,
Trazidos por outros vendavais
Que mudam no viver atitudes.

Usam a palavra no cante, melodia,
A chama acesa no calmo olhar:
Como grito e fé que os guia,
Liberdade em grupo em alegria
Sobre o vencer a conquistar.

Na mágoa mais potente
Calam a tristeza e as emoções;
Naquela voz que a mente sente
Salvam a harmonia presente,
Iluminando os Corações.

Setúbal, 01/10/2021
Inácio José Marcelino Lagarto







 

sábado, 25 de setembro de 2021

OS SONHOS AVANÇAM



Ao longo dos séculos os sonhos avançam,
Pela mudança os povos não descansam
Acreditando na riqueza da terra e do mar!
Surgem promessas criativas divinais
que acalmam as virtudes fraternais,
Deixam no tempo o coração a palpitar.

Ouve-se na noite imensa perdida,
Não se controla a terna palavra sentida
Com olhar triste, ferido e cansado!
Sobre discurso dito  em ascendência
Que quebra promessa e ausência
Pelo chefe de grupo bem formatado.

Todos lutam com amor e confiança
Pelo ideal, conquista e esperança,
Com propostas firmes e culturais!
Que enlaçam o sorriso e o afecto,
Em cada lar não falte pão e um tecto,
Perante Deus somos todos iguais.

Com trombetas vêm para rua
De bandeira erguida que ao  vento flutua
Anunciam a livre caminhada!
Espalham carinho e bondade,
Com voz pujante a solidariedade
Por uma vitória justa, tão desejada.




Setúbal, 24/09/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

O OUTONO ENTRA A SORRIR

 


O outono entra a sorrir,
Traz ao tempo novo sentir,
Muda planos no hemisfério!
Sobre o verão foi cauteloso
Por um clima, de medo, duvidoso
Envolto em receio e mistério.

Surge o vinho da bela videira,
Balanço ao sonho, vida conselheira,
No Dia de São Martinho!
Festeja-se a colheita do ano
Para que não seja tão tirano
E partilhado sem espinho.

O verão acalmou as mentes
Todos os trabalhos pendentes
No mercado livre mundial!
Espera-se com encanto e ardor
Que à família não falte amor,
Alegria,  um sorriso no Natal.

Leve para longe a ventania,
A triste e cruel pandemia!...
E traga carinho, fé, confiança
Ao povo perdido no caminho,
Sem abraço nem um beijinho
A fim de alcançar a Esperança!


  Setúbal, 20//09/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 18 de setembro de 2021

GUARDO NO PEITO IMAGENS SAGRADAS

 


Guardo no peito imagens sagradas 
Da juventude, das jornadas
E de ver ao longe dos horizontes!
Montei na mente com cavaleiros
Cavalgando entre nevoeiros,
A fim de beber em sábias fontes.

Percorri paisagens na distância,
Cheirei do campo a fresca fragrância
E vi o futuro para além da barra!
Viajei no tempo bem acordado
Atrás de um sonho antes desejado,
Atraído pelo som suave da guitarra.

Dei passos como fiel peregrino,
Ouvi  segredos vindos do destino...
Limpei lágrimas, sorrisos sem fim!
Falei com Deus, com a Natureza
Que comandam toda a riqueza 
Deste lindo e, fabuloso jardim.

Tornam o mundo em primavera em flor, 
O céu estrelado em terno amor,
Os raios de sol em luz e claridade!
Porque o vento sopra forte e contente, 
Destrói a conquista de boa gente
E as memórias unidas da Liberdade.



Setúbal, 19/09/2021
Inácio José Marcelino Lagarto



CASA BRANQUINHA




 Na humilde casa branquinha,
Junto à lareira na cozinha
Havia pão e café sobre a mesa!
Um cântaro de água para beber,
Estante com pratos p´ra o comer
E uma luz na candeia acesa.

À noite, em partilha e união,
Aquecida por lenha ou tição
Ouviam-se velhas estórias!
De reis, de mouras encantadas,
De boas vidas consagradas
Contadas como belas memórias.

O casal, pobre e trabalhador,
Caminhava alegre sem temor...
Numa crença  forte de conquista!
Em família, cantavam uma cantiga
Falavam sobre a vizinha amiga
E liam a noticia vinda na revista.

Naquela reunião livre e ardente
Esqueciam o sofrer presente,
Guiados pela dor e confiança!
Sementeiros de grande valor
Acreditavam na força do amor
E no mundo com esperança.


Setúbal, 18/09/2021
Inácio José Marcelino Lagarto