sábado, 18 de setembro de 2021

CASA BRANQUINHA




 Na humilde casa branquinha,
Junto à lareira na cozinha
Havia pão e café sobre a mesa!
Um cântaro de água para beber,
Estante com pratos p´ra o comer
E uma luz na candeia acesa.

À noite, em partilha e união,
Aquecida por lenha ou tição
Ouviam-se velhas estórias!
De reis, de mouras encantadas,
De boas vidas consagradas
Contadas como belas memórias.

O casal, pobre e trabalhador,
Caminhava alegre sem temor...
Numa crença  forte de conquista!
Em família, cantavam uma cantiga
Falavam sobre a vizinha amiga
E liam a noticia vinda na revista.

Naquela reunião livre e ardente
Esqueciam o sofrer presente,
Guiados pela dor e confiança!
Sementeiros de grande valor
Acreditavam na força do amor
E no mundo com esperança.


Setúbal, 18/09/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

Sem comentários: