sábado, 29 de novembro de 2014

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Partilha da unidade
nos mistérios  e tradições;
haja voz na verdade,
na Paz, na igualdade 
que iluminem corações.



Setúbal, 27/11/2014
Inácio Lagarto

DEZEMBRO SAGRADO

Dezembro Sagrado
de Paz e Amor!
Pede o humilde esfarrapado
e, o mais nobre dos senhores...
olhando presépio da vida
que acalmem suas dores.
Seguem a estrela sentida
...vão adorar o Menino!
Naquele berço deitado
está a Esperança prometida,
guardada com belo carinho.
É Natal cantando!
Alegre e contente
sonho lavrando
vontade de gente,
neste mundo tão sozinho.

Há bolo na mesa
regado com o coração;
uma vela acesa,
um beijo, um aperto de mão.

A tristeza é calada
com novo brinquedo
...uma loja quase inteira!
A árvore engalanada,
guloseima sem medo
ao calor da lareira.
É Natal meu irmão!



Setúbal, 27/11/2014
Inácio Lagarto

A NOITE NEVA



Em Dezembro a noite neva!
Festeja a Festa e a União
nesta Quadra animada.
Só o desejo conserva
se houver Paz e Razão,
em verdade consumada.



Setúbal, 23/11/2014
Inácio Lagarto

A NOITE FALA





Vivo à chuva, ao vento,
o sol me aquece a alma;
o sonhar acende a chama
que ilumina meu pensamento.
A noite rodopia em movimento,
vem falar comigo, com calma.

Surge na sombra de mansinho,
minha mente vem acordar;
traz um tema por lavrar
entre lençóis feitos de linho.
Embala, o sonho, no ninho
pondo a caneta a trabalhar.

Estou vivendo na cidade,
não esqueçendo a minha terra
nem a bela viçosa serra.
As raízes, a mocidade
bailam nos olhos da saudade...
dum passado que não encerra.

De olhar fixo, como quem reza,
vejo um rasgo de alegria!
Formando sons, harmonia.
Como quem põe pão na mesa
penso...no rico e na pobreza,
com o coração por companhia.

Com um gesto inocente
ouço a voz da dor na hora
...o grito de quem implora!
O Natal! É de toda a gente.
Somos filhos de igual semente
quando silêncio ainda chora.


Setúbal, 23/11/2014
Inácio Lagarto

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Povo alegre, trabalhador,
no Mundo admirado
em teu Cante especial.
Alentejo trovador!
Hoje estás engalanado
com Prémio Imaterial.


Setúbal, 28/11/2014
Inácio Lagarto

CANTE ALENTEJANO

                                                    «Foto retirada do Google»
  
 Mote                                    

Alentejo a cantar
Património da Humanidade;
sua arma é trabalhar
vai embalando a saudade.

             I

O Cante nasceu do Povo,
no campo, fábrica ou oficina;
na taberna cumpria a sina
do mais velho ao mais novo,
em tempo que havia estorvo!
Ali morava o sonhar,
de mãos dadas com o penar
com uma lágrima de emoção...
contra poder e condição,
Alentejo a cantar.

             II
 Com voz suave, Social,
a Cultura  é beijada;
pelo Mundo consagrada -
Vitória de Portugal
...um orgulho Nacional!
Na luta da liberdade,
semente, fruto da vontade.
Com Poesia merecida...
pela UNESCO reconhecida,
Património da Humanidade.

              III     

Da terra vinha o sustento,
a fé que tinha perdido;
o pão em verso sentido
alimentava o momento
...calando o sofrimento.
Ao serão, vinha acalmar,
um coração a pulsar...
com salário de miséria!
Futuro, era coisa séria,
sua arma é trabalhar.

            IV

Não perdeu a esperança,
dia a dia meditando;
em Grupos, foi cantando,
traz do passado a lembrança!
A força e a confiança.
Como árvore da felicidade
ilumina a dignidade;
de alma verde florida...
com razão enriquecida,
vai embalando a saudade.


Setúbal, 28/11/2014
Inácio Lagarto

           

terça-feira, 25 de novembro de 2014

TU ÉS POEMA

                                                     (Foto retirada do Google)


TU ÉS JANELA DA VIDA
                             Do tempo a florescer,

TU ÉS GENTE COM ALMA BELA
                             De jardim verdejante;

TU ÉS CONFORTO, GUARIDA,
                             Da corrente no aprender,

TU ÉS O SOL QUE PENETRA NELA
                             Da estrela saltitante.



TU ÉS FRAGRÂNCIA PURA
                             Do perfume da Natureza,

TU ÉS CAMINHO DA LIBERDADE
                              Da viagem do existir;

TU ÉS A LUZ FUTURA
                              Do cintilar nobre certeza,

TU ÉS SENTIMENTO DE VERDADE
                               Do Viver, Sonhar...Sentir!



TU ÉS A ALMA DO POETA
                              Da Poesia que há em ti,

TU ÉS FRUTO E SEMENTE
                              Da árvore robusta a crescer;

TU ÉS PRINCÍPIO E META
                              Do troféu que não perdi...

TU ÉS CAUDAL DA NASCENTE
                              Do Amar e do Vencer.



Setúbal, 13/09/2014
Inácio Lagarto

A POESIA QUE HÁ EM TI

                                                  (foto retirada do Google)

Ama a Vida...és humano!
Liberta do sono a fantasia,
abre a janela à imaginação,
usa um sorriso ufano
e deixa o sol entrar.
Liberta o teu voar,
a caminhada não é vazia!
Tens alma e coração
...és cravo, jasmim ou rosa, no existir.
Tens alegria a repartir,
acende a luz da paixão.

Solta a estrela e corre,
vai lutar...
acaricia a esperança!

Agarra o querer,
com confiança!
A amizade,
a verdade...
A Poesia que há em ti.

O mundo é belo e tão diferente!
Não importa a cor, paisagem e ideais.
Todos florescem duma semente
que alimenta o corpo e mente!
No sentimento, viver e sonhar...
Acredita!
Somos todos iguais.


Setúbal, 12//09/2014
Inácio Lagarto

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Bem haja quem desperta
o pensar que é imenso!
As contas da vida acerta
perfumando-a com incenso.


Setúbal, 17/11/2014
Inácio Lagarto

PRÉMIO DA VIDA


Semente do tempo nasceu
rondava Natal na altura;
trepou na árvore da vida,
brincou em calçada da rua!
Com amizade partilhada
até o romper da noite escura.
Sonhou... foi fruto com ambição,
no meio de gente que atiça;
lutou contra dor sentida
não esquecendo a tradição,
nem se agarrou à preguiça
...palmilhando estrada dura.

Subiu até à lua
por entre socalcos agrestes;
desceu à terra pura,
colheu o belo produto
com hábil candura,
no Inverno por vezes bruto.

Procurando algum saber
na sebenta esquecida...
vai olhando, com novo ver,
aquela criança vivida.

Como quem luta lutando
as armas não foram guardadas.
Numa ardente batalha
seguindo...destino da sorte
numa nuvem voando!
Vai acalmando a mente
na estrela que indica o norte,
mostra ao viver o que sente
dando o prémio a quem trabalha.


Setúbal, 17/11/2014
Inácio Lagarto


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PESANDO A VIDA

A brisa balança
nos pratos da vida!
Pesa o sonho
as horas
a miséria
e o capital...
pesados com pesos
da hipocrisia,
tudo arrepanha e extasia.

O tempo não cala
os sons da garganta...
da boca que fala
da boca faminta
...da voz que canta
sem medo da bala.

Prisioneiros da noite
testemunhas do dia...

Aprendem a viver
na sedução do poder!

Guiam o destino
pela existência
com ideais interrogados
por futuro incerto.
Na fantasia
apagam a luz
à adolescência.

Seguem a cruz
desejos ousados!

Ingénuas sementes
aquecem as mentes
na mansa liberdade.
Galopam no sonho
pisando a verdade,
sobre olhar risonho.

Vêm sem ver...
querem o mundo esquecer!

A força do mal,
a do bem...que afinal
olham as estrelas
em orações;
tocam e querem vê - las
calarem os Corações.


Setúbal, 13/11/2014
Inácio Lagarto


Sentimentos são pesados...
nos sonhos ficam imersos!
Sem culpa mal julgados,
às mágoas condenados
por ventanias dispersos.


Setúbal, 13/11/2014
Inácio Lagarto

terça-feira, 11 de novembro de 2014


Na felicidade o amor sorri
acalmando o desassossego;
alegra tudo em torno de si...
com magia e olhar cego.

Inácio Lagarto

F E L I C I D A D E


A mansidão da vida
faz-me pensar assim...

O que sinto
o que senti
acompanha-me na idade
na alegria
na felicidade;
no que vivo ´
o que já vivi...
na busca da verdade.

As festas, os bons momentos
não esquecendo o que perdi!
Agarro a liberdade
com força que vem de mim.

À vida nada peço
neste canteiro de flores
em que amores não esqueço.
As raízes são a fortuna
na conquista de valores,
da felicidade que mereço
em casa, na praia, numa duna
quando se misturam odores.

Felicidade cria paixão,
bate forte, quer entrar...
faz palpitar o coração;
enche a alma de satisfação
quando se mistura o olhar.


Setúbal, 10/11/2014
Inácio Lagarto

Mergulhei nas águas do rio
buscando paz que esperava.
Ali...o amor se repartiu
com a cidade que me encantava.

Inácio Lagarto

VIDA TRILHADA


Vibrei  sonhando, ligado à terra!
Luziram luzes no céu estrelado.
Lavrei querer...que o belo encerra,
lançando futuro em campo tratado.

Cavalgando...vi tilintar dinheiro!
Espalhei candura, fui bancário.
vendi esperança plano verdadeiro
com amizade, cavaleiro solidário.

Silêncios calados, verde voltou!
No peito, sararam tensas feridas
que a brisa do tempo...sonho cortou.

Vida trilhada, descanso carece!
Nesta existência de lutas sentidas,
sou servo do Saber...a Paz floresce.

Setúbal, 05/11/2014
Inácio Lagarto

quarta-feira, 5 de novembro de 2014


Amamos a terra e o mar...
somos enamorados da Vida!
Apaixonados pelo sonhar
beijando...saudade sentida.


Setúbal, 03/11/2014
Inácio Lagarto

AMORES E PAIXÕES



Os amores e as paixões
não têm dono nem verdade;
fomentam ternas uniões
em busca da felicidade.

Vejo-os nos silêncios, no existir,
numa mágoa, no calor ardente,
numa doce ternura.

Amores que estão chegando
paixões que foram partindo...
neste tempo, neste lugar!
Guardo-as no peito, na viagem,
sorrindo...
sem, contudo, as julgar!

Vão florescendo com o crescer...
sentam-se ao nosso lado!
Na escola, na profissão,
na rua, na casa, na sociedade,
no mesmo caminho atribulado;
comungam o comover
no perfume da vitória.
São amigos, cônjuges, filhos do coração
sem ignorarem a memória.

O Amor é bela riqueza
no acreditar que madrugou!
Paixões criam fortaleza
que o sonhar...nunca bastou.


Setúbal, 03/11/2014
Inácio Lagarto