sábado, 29 de novembro de 2014

CANTE ALENTEJANO

                                                    «Foto retirada do Google»
  
 Mote                                    

Alentejo a cantar
Património da Humanidade;
sua arma é trabalhar
vai embalando a saudade.

             I

O Cante nasceu do Povo,
no campo, fábrica ou oficina;
na taberna cumpria a sina
do mais velho ao mais novo,
em tempo que havia estorvo!
Ali morava o sonhar,
de mãos dadas com o penar
com uma lágrima de emoção...
contra poder e condição,
Alentejo a cantar.

             II
 Com voz suave, Social,
a Cultura  é beijada;
pelo Mundo consagrada -
Vitória de Portugal
...um orgulho Nacional!
Na luta da liberdade,
semente, fruto da vontade.
Com Poesia merecida...
pela UNESCO reconhecida,
Património da Humanidade.

              III     

Da terra vinha o sustento,
a fé que tinha perdido;
o pão em verso sentido
alimentava o momento
...calando o sofrimento.
Ao serão, vinha acalmar,
um coração a pulsar...
com salário de miséria!
Futuro, era coisa séria,
sua arma é trabalhar.

            IV

Não perdeu a esperança,
dia a dia meditando;
em Grupos, foi cantando,
traz do passado a lembrança!
A força e a confiança.
Como árvore da felicidade
ilumina a dignidade;
de alma verde florida...
com razão enriquecida,
vai embalando a saudade.


Setúbal, 28/11/2014
Inácio Lagarto

           

Sem comentários: