MUITO OBRIGADO

São três meses passados
ao Hospital da CUF da Descobertas
o meu reconhecimento.
Da dor e vencer libertados
no Serviço de portas abertas...
dando ternura e novo alento.

Setúbal, 29/09/2017
Inácio agarto

LUZ DO OLHAR

Abro os olhos de repente,
vejo ao longe no horizonte!
O sol, a romper, nos raios de luz.
Beija a terra a verdejar,
o futuro no seu querer
oferecendo a razão;
caminho...
na esperança surpreendente.

Nesta cruzada sou gente!
Sacudo as minhas mágoas
confiante num novo dia...
nele encontrar a bondade.

Na vida, sinto que sou Eu!
Abraço a amizade na partilha,
alimento o imaginário
sobre o que perdi!...
Na existência mundial
com ar inocente.
O que ganhei!...
Na Cultura e exigência,
sem explicação consola
o sonho que Deus me deu.

Sigo a estrada do destino
que amo e quero amar
sorrindo, sempre a sorrir!
À criação da Poesia,
na clareira da minha mente...
com ritmo,
terna harmonia
como um cântico divino.


Setúbal, 29/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

SOMAR ANOS

Como é bom fazer anos
crescer na vida e sonhar;
beijar no tempo a Família
sem o cansaço falar.
Com a alma enamorada
em dias, horas de prazer;
de frente erguida num ideal
cuja mente é o vencer.

Setúbal, 27/09/2017
Inácio José Lagarto

ROSÁRIO DA VIDA

Na ternura dos oitenta
faz-se balanço à alma,
da velocidade e chama!
Mede-se a força que sente.
As vitórias conquistadas
pela candeia acesa...
na luz a percorrer.

Na plenitude do viver, no desejo,
saem dos olhos a brotarem 
lágrimas!
Ao erguer belo troféu
glórias, virtudes e alianças;

Sobre as pedras que pisamos,
no palco da existência!
Sem muralhas nem peias.
São velas sopradas,
na passagem da festividade
pelo acreditar...
no progresso e nos dias.

Partilham saberes e aprendizagens,
mergulham na caminhada!
Brilham as constelações e os castelos
idealizados na mente...
no computador da imaginação;
construídos com a terra molhada,
esculpida
e cozida com o coração.

Em noites livres, no espaço,
lançam a guita às estrelas!
Olham o sonho voando... 
reluzem as imagens e as vozes,
caminhando com doçura
vêm brindar o pensamento,
no nosso Rosário da Vida.

Setúbal, 22/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

ACENDE-SE A LUZ

Acende-se a luz
na chama do viver!
Corre-se atrás do sonho
que ilumina o ensejo,
sorrindo, faz-nos crescer,
comunicar...
com alma e emoção.

A força floresce desigual
cujo querer é certeiro!
No trabalho e na luta...
ao vencer a dureza da hora.

No palco da vida
surgem veredas e rumos!
Mais do que uma via.
Para lá chegar...
há que beijar a felicidade,
conquistar a vitória
sentida
na fé fulgente.

Caminha-se na estrada
com a mente conselheira!
Coração quente.
No cumprimento do ideal
eleva-se o troféu
do gracioso fadário...
da partilha merecida.

Somos audazes no aprender,
companheiros da virtude,
amigos da fraternidade
do esforço divino!
Abraçados à esperança
olhamos...o alento do dia
e a Bênção do Saber.

Setúbal, 25/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

VIAGEM NO SONHO

No sonho caminha a vida,
vai mudando a emoção
para mais tarde regressar.
Quanta viagem perdida!...
Na paragem, na estação,
sem um tempo para pensar.

Setúbal, 24/09/2017
Inácio Lagarto

SUPREMA VIDA

(Altar de Nossa Senhora de Aires-Viana do Alentejo)

Bem-vindo suave Outono!
Tu afagas as esperanças,
perfumas as despedidas
com os frutos da estação.
Ergues a taça do vinho,
produto das fainas violentas...
de belas mãos contentes.

Alegras Festejos e Vindimas,
refrescas as mentes
no mosto enriquecido!
Essência da humildade...
na mudança com ternura.

Despem-se as árvores,
abrem-se braços desnudados
a pedirem um sorriso!
Folhagens ébrias, rodopiando.
O sonho olha a terra
e, neste mundo de quimeras...
beija as pedras do chão.

O vento, em liberdade, canta!
Ao deixar o calor do verão
não precisa da densa sombra.
Aguarda a terna melodia
dos clarins da aurora...
ao som dos saudosos aguaceiros.

Renova-se na Natureza
o campo  abençoado!
Para criar sementes e flores.
O Homem alimenta o sonho
na luta e no trabalho;
inicia a vertente outonal,
naquela fonte de riqueza...
Fortalece a Suprema Vida.

Setúbal, 24/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

AMOR Á TERRA

Lembranças de Festas e Romarias,

comunhão e partilha da amizade

ressurgem, no tempo, na memória, 

sem perderem o amor à Terra.

 

 

Inácio Lagarto

TRADICIONAL FEIRA

 

 

O sol ilumina o Santuário!
A Tradicional Feira
de Nossa Senhora De Aires.
Partilha de gerações
recebendo os Filhos da Terra
e, os forasteiros...
em união com a Virgem Mãe.

Naquele esplêndido cenário
são valorizados objectivos
numa dinâmica gestão...
divulgando o conhecimento!

Do Concelho e sua arte.
A fraternidade,
desde a gastronomia regional
aos símbolos sentidos...
como a fé e a memória
de um povo eleito.

Desfilam músicos e cantares,
visões aos olhares surpresos!
Numa celestial paisagem.
Stands Culturais,
não faltam lazer e encanto
naquele Altar aceso.
Ouvem-se vozes ausentes
com memórias de pasmar...
entre uma taça cheia e terno Cante.

Todos somos peregrinos,
amantes de quem a Terra Ama!
Reflectindo nossas mágoas,
cujas saudades nas veias
são silenciadas...nas orações.


Setúbal, 22/09/2017
Inácio José M. Lagarto

BALANÇO DO SONHO

 

(Belver - Alentejo)

 

 

Outono espreita

o mês de outubro, em reflexão!

Um novo aprender,

com criança a brincar.

Balanço do Sonho,

na manhã a começar...

na Escola da Vida.

 

Crescem esperanças!

A vida palpita e arde.

O Mestre ensina

o futuro a florir...

Fecham-se as trevas,

ganham-se espaços!

Como as andorinhas

voando nas aragens,

começo da viagem...

procurando o Saber.

 

É quase Natal,

três meses a correr...

atrás do sonho.

Da fraternidade

que Deus abençoa

e o homem modelou

como seu ideal!

De bela certeza

acordando as mentes.

 

Nasce o caminho!

Leva o regato ao ribeiro,

da fonte ao mar.

Filão a desbravar

na caminhada...

Percurso Sonhado.

Orgulho de gente

de amplas vidas,

alegrando o viver,

com Sentir e Emoção.

 

 

Setúbal, 22/09/2017

Inácio J. M. Lagarto





NO VOAR DA IDADE

Batem as horas,
a noite fecha as janelas,
ouvem-se vozes nas ruas
através das cortinas!
Reclamando à humanidade...
pedindo luz.

O conforto esconde-se!
Os corpos estremecem
e o luar...acende-se.

Há paixões, em todas as direcções,
gente a sofrer ou a meditar!
Cão a ladrar
porque a fome abunda
e cofres a abarrotarem ...
roubando o pão.


É madrugada,
toca o despertador...
lençóis e mantas no ar.
Refresca-se a mente,
corre o comboio, o automóvel,
o peão e a solidão!
A água da torneira,
a varinha de condão
nas mãos, da luta, companheira.

Brilha a claridade do dia,
o dever aguarda...
rostos inocentes e febris,
no carrossel do sonho,
elaborando alianças!
Promessas
voando com o amanhã,
nas asas da idade.


Setúbal, 22/09/2017
Inácio J- M. Lagarto

LEGANDO À VIDA

À noite fecho os olhos e penso!
Vejo o Povo que de perto sente.
Olho o céu azul imenso,
este lugar a que pertenço...
dedico meus versos devotamente.

Na rua sopra a brisa quente!
Meu coração fica batendo.
A lua ilumina suavemente
a aventura atraente...
as mentes criadoras lendo.

No silêncio cresce a ventura!
Faz brilhar altivas estrelas.
Dando à nudez cobertura,
consolando a alma pura...
na caminhada é revê-las.

O tempo corre, está cansado!
Liberta no peito a triste chaga.
O orvalho deixa o rosto molhado,
traz encanto para nosso lado...
cujas horas não apaga.

De olhar repleto de candura!
Pensamento ardendo de calor.
Partilham o sonho com ternura,
para uma existência futura...
legando, à Vida, o Amor.

De braços unidos bem abertos!
abraçam com agrado as emoções.
Com sentimentos despertos,
em movimentos livres e certos...
aumentam a corrente aos corações.


Setúbal, 19/09/2017
Inácio José M. Lagarto

SOL BRILHANTE

Um dia será de sol brilhante
com um raio de ventura.
De sonho e ideal triunfante
que aquecerá gente futura.

Setúbal, 17/09/2017
Inácio Lagarto

MERGULHO NO VAZIO

Mergulho no vazio, no pranto
escutando os sons do vento!
Sem os poder, com fé, decifrar.
Lendo e escrevendo, como um canto,
sinto as lamúrias no momento...
sobre as quais deixo-me  levar.

Vou lavrando minha fantasia
a pensar noutras gerações!
Espalhando na terra a semente.
Frutos de palavras com magia,
através do Tempo, nas multidões...
com a força de bela gente.

Dispo o sonho da roupagem,
sorrindo ao grão ali deitado!
Fazendo realçar a beleza.
Esperanças, frescas, na paisagem,
numa sintonia desejada...
envolvente na real Natureza.

Destaco a calorosa amizade
sem esquecer as chuvas nos beirais!
Numa vivência bem estruturada.
Como o vinho embriaga a vontade,
elabora sentimentos desiguais...
na caminhada desolada.

Pintando o peito de amargura
roubam, o  sonhar ao pobre!
Seu trabalho e querer grandioso.
Secam ao amanhã a fonte pura,
desviam o lucro para o Euro nobre...
neste mundo, fértil, glorioso.


Setúbal, 17/09/2017
Inácio J. M. Lagarto

CONVIVIO SOCIAL

As velhas raposas espertas
na tarde passam falando;
pelas vozes são descobertas
no clima que vão criando.

A amizade em sobressalto
liga logo a televisão;
o Café em assalto...
enche o cofre ali à mão.

Lido o jornal diário 
o telemóvel é visionado;
Divaga o imaginário,
olha-se ao desfile musicado.

Apaga-se a luz do dia
ilumina-se a esplanada;
o desporto julga a agonia!
Recolhem depois à coutada.


Setúbal, 11/09/2017
Inácio Lagarto

LEVO O DIA ACORDADO

(Mote)

Tenho o relógio adormecido
Ao calor da emoção
Sinto o fogo enlouquecido
da cor na face, Vermelhão.

1)
Levo o dia acordado
dando corda ao meu lutar;
como um pássaro a chilrear
no poleiro equilibrado...
vejo o tempo aumentado.
Na estrada distraído
quero viver, ser contido,
ouço frase maldita,
numa força aflita!
Tenho o relógio adormecido.

2)
De pensar desolado,
com febre sonhada intensa;
surgida da mente densa
em lugar bem prendado...
numa viagem encantado.
A luz brilhante da paixão
à amizade estende a mão,
omito sinal de gozo,
estéril e tedioso!
Ao calor da emoção.

3)
Numa jogada emocional
entre vidas inseguras;
mergulho em almas puras
na busca de um ideal...
na vontade desigual.
De sentimento florido,
pelo momento vivido;
numa ânsia ardente
escuto, a voz presente!
Sinto o fogo enlouquecido.

4)
De corpo magoado
e coração batendo;
com a mágoa sofrendo
ando de lado para lado...
calando o meu pecado.
Unido ao cálice no balcão
como quem pede perdão;
sem receio e sem medo
ao zelar em segredo!
De cor na face - Vermelhão.

Setúbal, 11/09/2017
Inácio José M. Lagarto

SEGREDOS DE VIVER

Nascemos, sonhamos, vivemos,
lutamos por objectivos!
Olhando para dentro da nossa vida.
Quantas paixões almejadas vencemos,
perfumando Saberes e motivos...
numa virtude com alma sentida.

Na partilha somos envolvidos
no caminhar, seguindo o norte!
Depressa ou devagar pela razão.
Como frutos do tempo despidos,
perseguindo a estrela da sorte...
na esperança e força da ambição.

Crescemos, procuramos amizade,
a profissão imaginária!
Através do conhecimento, formação.
Enriquecida pela fraternidade
e sem viagem sedentária...
aquecemos de conforto o coração.

Sorrindo, criamos gerações,
famosa conquista a florir!
Claridade diária na mente.
Velozes nos sonhos e emoções,
entre o somar e o subtrair..
a mais valia é a verdade presente.

Acende-se a luz sentimental,
acompanha a terna mudança!
Ilumina a doce frescura.
Pelo corpo corre e dá sinal,
com o amanhã faz aliança...
na presença do Astro da Ventura.


Setúbal, 10/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

OUTONO IMPACIENTE

Neste tempo de grandeza e esplendor,
em que o sol aquece como lume!
Nesta caminhada presente.
Terminam vindimas, férias do calor,
volta ao viver o mesmo costume...
à escola, emprego sorridente 

A praia, o campo e o folguedo
pintam, na viagem de belas matizes!
Cujas mentes aclaram.
Brilham as cores, traços em segredo,
no conjunto de imagens felizes...
águas correndo não param.

As aves voam, com seus cantares,
acompanham o homem na lavoura!
Campos lavrados oferecem paixão.
As nuvens flutuam aos pares,
galgando espaço pelo céu fora...
Elos da Natureza em união.

O Outono, bate à porta impaciente,
o vento frio começa a uivar!
Confiante na força violenta.
Regressa galhofeiro, diligente,
traz ao colo a fúria do mar...
alagando de esperança a terra sedenta.

Continuadores da Vida, consolamos
a voz, o grito, nosso canto!
A calmaria, sonhar dormente.
Futuro expressado desejamos
sem mergulharmos no pranto...
queremos a partilha resplendente.


 Setúbal, 10/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

A RAMAGEM DA VIDA

 

 

 

 

 

Folheando a verdura clara do Tempo
vemos florir a ramagem da vida!
Nas árvores bem enraizadas.
Tuas notícias, são terno passatempo,
numa viagem de esperança repartida...
ilustram novas caminhadas.

O Povo escolhido, sem assombro,
fixa a visão no horizonte!
Para que o amanhã venha a iluminar.
Transporte o progresso ao ombro,
vá bebendo Saber na fonte...
acreditando na força do Sonhar.

Alentejo, dos feitos imortais,
de Homens de fibra enrijecida!
Enamorado por vozes do Cante.
De chama ardente, frutos dos pais,
renasce do amor ao campo, fuga sentida...
silêncios imerecidos no caminhante.

Bem haja, a quem fala e anuncia,
entusiasmando a fraternidade!
Partilha do Crer com outro olhar.
Mostra ao alvorecer a tecnologia,
memórias e carinho na igualdade...
do paraíso fértil, rico e solar.

Com abraço de alma infinita,
de mãos dadas com o pensamento!
Rompem a distância da Terra.
Nessa palavra, voando grita,
pelo teu grande empenhamento...
na certeza e luz que encerra.


Setúbal, 06/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto







Setúbal, 06/09/2017
Inácio José Marcelino Lagarto

FILHO DO SADO

 

 

FILHO DO SADO

 

Enriquecendo o belo espaço

o Homem é homenageado,

À Avenida dá um abraço,

com Arte e Amor estende o laço

a quem alimentou...tanto Sonhar.

 

 

Setúbal, 03/09/2017

Inácio Lagarto



MANUEL BOLA

 

Carlos Rodrigues, filho do Sado,
por gestos e carinho "Manuel Bola"!
Rei da comédia e da fantasia.
De boina na mão iluminado
sentia o sofrer, do tempo, que rola...
Actor de grande mestria.

As manhãs no Mercado agitava
com seus gracejos maduros!
Trocadilhos nas frases com encanto.
A multidão imensa parava
para ouvir declamar...ditos puros.
ternas palavras, cobertas, com manto.

Homem do palco, da televisão,
de fortes laços ao cinema!
Floreava piada, pronta e nua.
Vestia os ideais com emoção,
recitava o querer como um poema...
sobre gente que vive na rua.

Naquela esperança a brilhar
acordava a bela madrugada!
Cujo sol descansa e pensa.
Via tanta riqueza por explorar,
sorrisos, em redor, na caminhada...
espaços livres sem pertença.

Setúbal, terra querida que o embalou
e cresceu, com nova vontade!
Partilhou, com amigos, estórias.
A certeza pelo teatro triunfou
na figura típica da Liberdade...
Saberes elevam suas Glórias.


Setúbal, 03/09/2017
Inácio José M. Lagarto