domingo, 17 de setembro de 2017

MERGULHO NO VAZIO



Mergulho no vazio, no pranto
escutando os sons do vento!
Sem os poder, com fé, decifrar.
Lendo e escrevendo, como um canto,
sinto as lamúrias no momento...
sobre as quais deixo-me  levar.

Vou lavrando minha fantasia
a pensar noutras gerações!
Espalhando na terra a semente.
Frutos de palavras com magia,
através do Tempo, nas multidões...
com a força de bela gente.

Dispo o sonho da roupagem,
sorrindo ao grão ali deitado!
Fazendo realçar a beleza.
Esperanças, frescas, na paisagem,
numa sintonia desejada...
envolvente na real Natureza.

Destaco a calorosa amizade
sem esquecer as chuvas nos beirais!
Numa vivência bem estruturada.
Como o vinho embriaga a vontade,
elabora sentimentos desiguais...
na caminhada desolada.

Pintando o peito de amargura
roubam, o  sonhar ao pobre!
Seu trabalho e querer grandioso.
Secam ao amanhã a fonte pura,
desviam o lucro para o Euro nobre...
neste mundo, fértil, glorioso.


Setúbal, 17/09/2017
Inácio J. M. Lagarto

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