quinta-feira, 21 de setembro de 2017

NO VOAR DA IDADE



Batem as horas,
a noite fecha as janelas,
ouvem-se vozes nas ruas
através das cortinas!
Reclamando à humanidade...
pedindo luz.

O conforto esconde-se!
Os corpos estremecem
e o luar...acende-se.

Há paixões, em todas as direcções,
gente a sofrer ou a meditar!
Cão a ladrar
porque a fome abunda
e cofres a abarrotarem ...
roubando o pão.


É madrugada,
toca o despertador...
lençóis e mantas no ar.
Refresca-se a mente,
corre o comboio, o automóvel,
o peão e a solidão!
A água da torneira,
a varinha de condão
nas mãos, da luta, companheira.

Brilha a claridade do dia,
o dever aguarda...
rostos inocentes e febris,
no carrossel do sonho,
elaborando alianças!
Promessas
voando com o amanhã,
nas asas da idade.


Setúbal, 22/09/2017
Inácio J- M. Lagarto

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