segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

 



Nesta nuvem de silêncio
O vento frio despedaça;
Traz cenário quase vitalício,
Ao sentir duro benefício 
Oferece perigo e desgraça.

Finda a corrida da eleição
O povo segue na caminhada;
Festeja-se a vitória em união,
Por sufrágio livre na votação,
A batalha foi terminada.

Cerram fileiras os vencedores,
Em noite longa de incertezas;
Guardam bandeiras e os amores,
Realçam novos, belos valores
Em prol das liberdades e pobrezas.

O Presidente, em ascendência,
Com humildade guia os destinos;
Entre palavras e sábia docência
Pelo futuro ou sua ausência,
Comanda os cortejos divinos!

No País liberta-se o nevoeiro
Das vozes em sonhos esgrimindo;
Confia no crescer verdadeiro,
Naquele raio de luz soalheiro
Que vem secar a lágrima caindo.

A vida no tempo se projecta,
Glória dos rios e do mar profundo;
Sofre triste golpe na chegada à meta,
Avança a tecnologia, na hora certa,
Com partilha navega pelo mundo!


Setúbal, 25/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

CORRE O PERIGO LÁ FORA

 

Está frio, corre o perigo lá fora,
Só se ouve sussurrar no arvoredo;
Novo anseio no tempo mora,
A calçada por movimento implora,
Ser pisada, com alegria, sem medo.

As aves voam sob o céu, fugindo,
Tornam-se donas dos povoados;
Visitam casas, espaços sorrindo,
Esperam pela primavera florindo,
Pousam em cima de velhos telhados.

Os dias e as calmas noites caem,
Acordam nas mentes os sonhos;
Os desejos ao futuro recaem
Entre paixão forte sobressaem,
Seguem por caminhos risonhos.

Olha o sorriso da bela aurora
Vindo beijar a rica Natureza;
A paisagem de que o povo adora
Afaga a terna lágrima na hora,
Naquele rosto repleto de beleza.

Brilha de perto o festivo carnaval,
Máscaras estranhas estamos  a usar
A fim de proteger o bem e o mal;
Servem de fantasia, protecção especial,
Fazem em união a partilha vibrar.

O carinho, no viver, viaja sentido 
Cuja verdade de esperança traja;
No mundo que anda  de valores despido,
Do crer nas liberdades escondido
À espera de um simples Bem haja!


Setúbal, 21/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

CUIDA DA FUTURA TERRA!



Cuida  da futura Terra,
Olha o céu, os raios do sol;   
A lua, belo mistério encerra,
Passeia pela várzea e na serra,
Ouve o cantar do rouxinol.

Repara em nobre gente,
Na força no caminhar;
Fortalece o poder da mente,
Neste mundo de voz presente
Controla as marés do mar.

Bebe da água na fonte
Que brota fé e esperança;
Corre livre para horizonte,
Galga a planície e o monte,
Rega o campo de bonança.

Vê aquele valente pescador,
Em união, lança a rede ao pescar;
Leva Nossa Senhora no andor,
A terna Família no amor
E a vontade em regressar!

Pensa no povo, no crer ardente,
No labor e na força de lutar;
No vírus que fere agudamente,
Torna o emprego diferente
Com a tecnologia a prosperar.

Todos os desejos seculares
Que deram de beber ao Sentir;
Bendizem o leito nos lugares
Jamais esquecem os pares,
No pensamento, no Existir!


Setúbal, 18/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

sábado, 16 de janeiro de 2021

À PROCURA DE TERNURA










Como diferente está a vida
Para suportar o pânico viver;
A liberdade anda perdida
Neste tempo de sofrer.

Caminha fresca e vaidosa,
Ataca os belos sonhos;
A cobiça não foi cautelosa,
Perde-se por trilhos tristonhos.

A Terra é terna guitarra
Que entoa sons de riqueza;
Nela cantam como a cigarra,
Deixam florir triste pobreza.

Homens hábeis, de eleição,
Tornam-se donos do mundo;
Criam lucros por ambição
Traindo, o orgulho profundo.

Povo de luz cristalina
Jamais esquece o futuro;
Vai cumprindo dura sina,
Sofre tratamento impuro.

O vírus prega muitos sustos,
Tapa os rostos na jornada
Entre casas, ruas e arbustos,
Torna a viagem cansada!

O ontem, chama pelo dia,
Na procura de ventura;
Cada olhar, escolhe sua via,
Pensa na labuta com ternura.

Setúbal, 16/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

  

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

CAI NEVE NO ALENTEJO


 

Cai a neve no Alentejo,
Traz flocos brancos no desejo
Que vem beijar o celeiro do pão.
O povo corre divertido
Pelo manto estendido,
Muda o verde por raro nevão.

Percorre o vasto montado
Em que o trigo é semeado,
Vem a bela planície encantar.
Gela a corrente da fonte,
Espelha além no horizonte
Ouvindo o pássaro a cantar.

Há surpresa, serenidade,
Deixa na mente a saudade,
Causa horas  de fantasias.
Eleva o sonho sem pecado,
Cobre o  campo que foi lavrado
Espalhando bênçãos, alegrias.

Construtores de hábeis esculturas
Criam fotos, de imagens futuras,
Para o álbum das memórias.
Brincam crianças nos espaços,
Falam, gritam, fazem traços,
Sentem orgulho destas vitórias.

Cidades, vilas,  iguais às florestas,
Trocam o dever por alegres festas,
Partilham de tão linda pureza.
Num cintilar de harmonia,
A fim de silenciarem a pandemia.
Agradecem à força da Natureza.

É janeiro, começa o novo ano,
Com alteração a vigente plano
Olhando as estrelas dos céus.
Nascem espaços de ventura
Ao caminharmos com doçura,
Na perfeita obra vinda de Deus.

Setúbal, 11/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto

É URGENTE SER LIVRE

 


É urgente ser livre sem crueldade, 
Despertar do sonho, da fantasia;
Harmonizar a amizade em liberdade
Partilhando a palavra com alegria.

É preciso glorificar a Ciência,
Ouvir a Comunidade Europeia;
O Globo sofre forte turbulência
E o povo colhe o que não semeia!

É urgente reflectir sobre os temporais,
Pensar nos valores da Cultura;
Defender actores, comércio e rurais,
Toda a riqueza fértil e segura.

É preciso calar os tormentos,
Descobrir vacinas para a pandemia;
Silenciar agonias e lamentos,
Acreditar na vida, noutra filosofia!

É urgente fortalecer o coração
Por esta triste caminhada imensa;
Outros na luz a imensa viverão
Porque a viagem na sombra cansa.

É preciso animar a pobreza sentida,
Com olhar cansado e distante;
De momento  não saram a ferida,
Fazem da mente uma aventura errante!

O mundo em geral perde a graça,
A autenticidade de luta no existe;
A vivência, a saudade por nós passa
E o mistério em segredo persiste!


Setúbal, 10/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto  





segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

OS REIS MAGOS

 

O tempo estava frio, com forte nevão,
Os Reis Magos chegaram em janeiro
A fim de adorarem O Menino Jesus, 
Junto de São José e Virgem Maria
Numa gruta sita em Belém.
Percorreram sonho verdeiro,
Seguindo ditosa estrela
Que do Oriente os conduz!...
Com luz brilhante e bela
A iluminar a caminhada com magia
Até Jerusalém;
Vieram consagrar o Existir
Com carinho e elevação
Dando sentido ao porvir!

Nos camelos traziam nobre riqueza,
Confirmam a Sagrada Escritura;
Ofereceram prendas de Suprema grandeza
Ao Filho de Deus, Imagem Santa e pura.

Viajaram do mundo distante
Para honrar Cristo, O Salvador;
O povo com seus haveres O honrou
Partilhando boa vontade e Amor,
Acompanhados de profundo afecto
E a quem nasceu livre, sem tecto.
Um anjo  celestial o anunciou!...
Como Homem ao Pai semelhante;
Ajoelharam entre crentes peregrinos 
Naquele adorado momento,
Floresce no pensamento
O Bebé que vem guiar nossos destinos! 

Sentiram a voz da liberdade
Ao olharem lindo Quadro Divinal;
Construtor da palavra e da verdade,
É  Rei do Céu, da Terra Universal .


Setúbal, 06/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto 


   

sábado, 2 de janeiro de 2021

SOU PORTUGUÊS, ALENTEJANO



Rompeu o ano de esperança,
Do ventre nasceu um sonho
Que vem alegar a mente;
Caminha calmo em harmonia
Porque o ontem cresceu risonho.
Traz um cravo vermelho ao peito,
Uma rosa branca presente,
Que dignificam glorioso feito;
Sem utopia
Trabalham com animação
Pela conquista de novo dia,
Abraçar, apertar a mão!

Há um desejo por igual
A fim de viajar, ser vivido
Em rotação Universal,
Rolando e manter sentido.

Deslizam recordações
Sobre crises antes criadas
Que causaram tamanho mal,
Deixaram tristeza profunda!...
Sem a partilha Social,
Tudo foi  tão desigual.
Volta o sol a brilhar,
Beber na fonte fecunda,
Olhar a linda paisagem;
Descansar na sombra das tentações
Ou mergulhar na água do mar
E acreditar noutra imagem!


Ler o registo no pensamento
Em que fui soldado romano;
Mouro, árabe  em movimento,
Fiel companheiro em todo o momento,
Sou português, alentejano. 


Setúbal, 02/01/2021
Inácio José Marcelino Lagarto