segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O POETA NÃO MORRE



Cumprindo o gosto de ser Poeta
ao dizer adeus à Vida;
corre livre para alcançar a meta
numa caminhada sentida.

O Homem divagando viajou
no sonho musicado de Orfeu!
Numa nuvem branca embarcou
mas a obra literária não morreu.

A Cultura fica mais pobre
no momento da despedida!
Aquela figura de mente nobre
partilha, a palavra querida.

Deixa no ar a saudade
sobre pensamento e gracejo;
mergulha no rio da vontade,
na corrente e no ensejo.

Os dias são iguais às noites
cujas noites fazem parte dos dias,
na Liberdade não existem açoites!
Entoam Cânticos de Poesias.

O sossego é dilatado
segue uma rota bem clara;
de colorido variado,
por ser suave ninguém repara.

Ali moram todos os artistas,
gente de luta e trabalhadores!
Não faltam as guitarras e os fadistas
enaltecendo...tão ricos valores.

Numa Unidade Criativa
ao crer e  mistério não fica alheio!
Quando o sonho a terra cultiva
semeia o trigo, a cevada e o centeio.



Setúbal, 03/09/2018
Inácio José Marcelino Lagarto



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