sexta-feira, 18 de novembro de 2016

NU BANHO

(Porto Covo -Sines)


Alegra-te! Murmura ao ouvido!
Na praia ou na banheira.
O silêncio fica perdido
no sonhar à nossa beira.

Não há sombra, força errada,
entre o sabão e a água.
No banho lado a lado
há imaginação e não mágoa.

Sede inocente a vida inteira,
deixa o cabelo ondular!...
A maré surge sorrateira
batendo nos corpos devagar.

Despe as vestes para beijar
belas mentes errantes.
A espuma, corre para o mar
sem a bússola dos mareantes.

Deixa-te lavar na corrente,
ao vento febril, soprando no ar.
Sentimento vive presente
...partilha do verbo Amar.

Acaricia o sorriso
na festa da amizade.
Olhar trocado é preciso!
Ao tempo solta a liberdade.

Fixa a lua, as estrelas,
mergulha...nas gotas da paixão!
Sem pudor é revê-las
saltitando no coração.


Setúbal, 16/11/2016
Inácio Lagarto

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