(Imagem retirada do Google) |
A noite desce à Baía!
Ouve-se o marulhar das águas,
os sons da cidade soam no ar.
Calam-se as aves, surge a fantasia,
deitam-se as mágoas
embaladas, na seda, do luar
e as estrelas cantam...ao Amor.
O silêncio rouba a casta pura,
mães dos filhos do amanhã
que trocam o sonho por incerteza.
Tornam a sombra impura
acordando noutra manhã,
com o sol a brilhar na certeza.
O dia clareia a verdade!
Olha a fonte que da Serra desce
trazendo a corrente que rega o Rio.
Luz acesa da idade
que no tempo rejuvenesce...
estando o vento quente ou frio.
Paraíso abençoado!
Cada casa guarda mil sonhos,
de todas as artes...do pescador.
No Presépio da Vida iluminado
projectam-se, desejos risonhos,
por mãos de Poesia, fé e ardor.
Setúbal, 06/11/2016
Inácio Lagarto
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