sábado, 19 de novembro de 2016

NA TERNURA DA VIDA

(Foto retirada do Google)
Na ternura da vida
há sonho a alimentar!
Um aconchego presente,
uma mágoa sentida
pelo vento ao passar.
Deixa Amar, docemente,
porque nos vem amparar!
A alma e a mente.

Afectos não secaram
fascínios e promessas!
Das memórias silenciosas.
Idades- Saberes trocaram,
no teatro da viagem, as peças
por cores... de belas rosas.

Umas são de gratidão,
nas folhas, com verde da liberdade;
outras azuis, lembrando o céu
ou vermelhas, como a paixão.
Brancas e puras da virgindade
...todas têm um tempo seu.

Da janela ainda aberta
olha-se o jardim dos sonhos
e a abobada estrelada.
Na caminhada certa
ouve-se o chilrear dos pardais,
esvoaçando... risonhos.
No solo, a terra é trabalhada
com cultivos desiguais.

Mudam-se itinerários,
costumes, vontades e mentes.
Divaga-se nos imaginários
sem cumprimento de horários.
Ter anos! Não somos diferentes.


Setúbal, 19/11/2016
Inácio Lagarto

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