"PALMELA" |
de belos tanques para regar
aplicando a gravidade;
ao perfurar o espaço
em corredor silencioso
...serpenteando na escuridão.
O líquido, no solo, vai correndo,
a estalactite formando,
como lágrima de cristal
tocando em nossos sentidos!
Viaja por terrenos sem-fim
alegra...lavadouros e lavadeiras!
Ouve velhas mágoas
em tardes soalheiras.
As roupas vão batendo
nos pedaços de velhas tábuas
com perícia e sabão;
lavam toda a sujidade
esfregada com a mão
num saber sem vaidade.
São estórias do tempo
contadas pelo Povo
seladas pela existência;
o longe volta de novo
como culto dum passado
gerando em união.
Mãe água
é força e vida
que nos beija...o coração.
Fazer caminho
é percorrer o presente!
Passado não mora sozinho
ele faz a ponte
que nos transporta ao futuro
renovando a luz
a viagem
que de longe nos conduz
entre a sombra e folhagem
e alimenta nossa mente.
Setúbal, 28/03/2012
Inácio Lagarto
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