Alma de outono traz razão
transmite nobres segredos;
faz ouvir novo perdão
na vontade...sem enredos!
Com árvores desnudadas,
campos cobertos de folhagem;
as paisagens envergonhadas
pelo trepidar da aragem.
O sol espreita...de sentinela
as aves, no chilrear!
seguem rota por viela,
vão em bando patrulhar.
Passam leves, deixam pena
que cai sobre uma planta;
esvoaçam com vida amena,
seu cantar tanto encanta.
A terra é embalada
com as águas da cascata;
de aroma é perfumada
do belo que dali dilata.
A Natureza nunca dorme
...oculta o soluçar!
Dá abrigo e mata a fome
vai renovando o Criar.
Setúbal, 25/08/2012
Inácio Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário