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Ser poeta...eu não sou
passo o tempo a meditar!
Horário para mim acabou
aqui e ali sempre estou,
para um poema partilhar.
Ouço o grito do oprimido,
vejo lágrima a jorrar;
o homem que anda perdido
aquele que sopra seu sentido...
neste mundo a girar!
Sossego minha razão
num brincar de criança;
espreito para além da visão
a paisagem e o verde grão
que conduz à confiança.
As verdades são caminhos
trazem da noite o madrugar.
A solidão crava espinhos
como a chuva cala os ninhos
que urge saber parar.
Olho o passado...com frio
querendo galgar as pontes;
aquela corrente do rio
deixou o futuro vazio,
bebo como água das fontes.
Setúbal, 05/06/2012
Inácio Lagarto
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