De olhares ternos e cansados
Fixam lugares sagrados,
O povo em amena reflexão.
Estão perdendo velhos laços,
O calor dos suaves braços
Que acordam o coração.
Outono, tempo de ventura,
Envolto em calma ternura,
Como conselho amigo.
Tempera a vida melindrosa
Tornando-a saborosa,
Cala sofrimento antigo!
Ouço o tilintar dos beirais
Soluçando, entoando ais
Da água caída dos céus.
Vem secos campos regar
Para que possam verdejar,
Cumprir a vontade de Deus.
Traz mistério envolvente
Ao refrescar a semente,
Seguro e bom viver conduz.
Floresce na primavera
Entre a erva e quimera
Que ao sol quente reluz.
Nesta época transcendente
Muda no mundo nossa mente,
Alterando na Terra a viagem.
Está chegando o fim do ano,
É traçado novo plano
Com tecnologia na bagagem!
Setúbal, 22/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
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