sábado, 3 de outubro de 2020
À ESPERA DO NATAL
Caminha outubro com confiança,
Elabora balancete duvidoso
Sobre este ano (raro e desastroso),
Resta o Natal do amor, esperança!
Acenam ao presépio das paixões,
Pedidos de milagres cruzam olhares;
Surgem no seio de vários lares
A partilha fraterna dos corações.
Tem de haver bondade e sentimento
A fim de construir-se novo viver;
Para sentirmos a alma no seu vencer
Precisamos de auxílio no momento!
Nesta missão de vida imprevista
Que causa danos ao pensamento,
Vem alterar o sonho em andamento
Numa inesperada nuvem em visita.
Ao saciar-se da sede pelo mundo
Entrega a taça ao pobre vazia:
Esta feroz e louca pandemia
Rouba ternura, gosto profundo.
Na viragem do século envolvente
A Tecnologia inova ao futuro;
Faz promessas de ambiente seguro
E o velho emprego será diferente!
Na Natureza, da verde paisagem,
Voltam aos campos os passarinhos;
Nas adegas fermentam bons vinhos
E os Povos formatizam a imagem!
Setúbal, 04/10/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
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