Dois mil e vinte mudou de cenário,
Assombra cortejo extraordinário
Tornando o sonho em fantasia,
A caminhada ferida sem magia
Deixando o destino a divagar!...
Ouvindo a voz da terra e do mar.
O povo penhora a confiança,
Solicita moratória à esperança
Porque falta trabalho nesta hora,
Retido em casa ao silêncio implora
A médicos, enfermeiros e Ciência,
Ajuda técnica com mais frequência!
Aos ombros carregam o mundo,
Afagam corações e suspiros secos
Jamais omitem sentimento profundo
que ao longe fazem timbrar os ecos.
Festeja-se o Natal! Este ano aflito!
Inicia-se janeiro sem partilha ou grito
Cujo vírus ataca bruscamente
O futuro e a vida lentamente.
Sofre cansado o carinho e os amores,
Resigna a força dos trabalhadores
A uma cadência consoladora;
Esquecem a virtude construtora,
Aguardam pela vacina de bom efeito,
Não traga quimeras ao peito
E que venha acalmar tamanha dor
Ou milagre de Jesus Cristo! Redentor!
O Céu, a Terra está iluminando,
A luz entra pela janela aberta,
Aquece a Natureza que foi criando...
O relógio toca hino de vitória certa!
Setúbal, 21/12!2020
Inácio José Marcelino Lagarto
velho Planena
Sem comentários:
Enviar um comentário