domingo, 16 de junho de 2019
NOITE DE SÃO JOÃO
Pelo dia vamos vivendo,
chega a Noite de São João!
Brilham estrelas na fantasia,
vozes em cortejo desfilam.
Passos de gente caminhando…
entre fogueiras acesas ao luar
e bandeiras erguidas ao vento.
Aqui e ali, esvoaça um balão,
vestido de papel de seda;
um martelo, martelando…
aquecendo o pensamento.
Surge gargalhada na rua,
vinda do beco, da alameda,
ao som, ritmado, do arraial
e com poesia em movimento.
O povo alegre, em união,
divaga sobre a própria vida,
cujo destino, o mesmo traça.
Vai saciando a sede oriunda!
Exalta a força da liberdade
numa partilha sentida.
Jamais esquece a corrente
e a temática que na fonte abunda.
Enaltece a humanidade!
Cantam mulheres, homens,
raparigas e rapazes
numa irmandade e paixão.
Ouvem-se preces ao Deus e Senhor.
Cantigas ao bom viver,
beijos tácitos de harmonia.
Agradecem ao existir, existindo…
terna crença, fiel e profunda!
Deixam florir o corpo, florindo…
tornam a semente real e fecunda.
Setúbal, 2019/06/16
Inácio José Marcelino Lagarto
Santo António é de Lisboa
São João anima o Porto
São Pedro segue na canoa
cada Terra com seu conforto.
Lagarto
quarta-feira, 12 de junho de 2019
CRUZAR O SONHO
Cruzar o sonho
na vivência da vida,
caminhar, caminhando…
subir com paz a montanha,
agarrado ao tempo e labor!
Ser firme e puro no abraçar.
De alma enamorada
olhando a Natureza;
sentir o cheiro da terra e do mar
sem esquecer o ser criança!
No inocente brincar.
Nela mora a certeza,
no futuro e no amor,
construídos na confiança.
Em Junho, floresce o coração,
entrre a festa e a alegria!
Não há povo que lhe resista.
Surge o Santo António, o São João,
chega ao São Pedro com magia,
musicado e cantado por fadista.
Acende-se o amanhecer
na luz do acreditar,
no aprender, aprendendo…
a virtude inflama,
a força de Deus nos sustenta!
Romeiros do viver e do lutar.
No jardim do cumprir o dever
segue a corrente, correndo bem ou mal
tem presente um livro para ler
e vai partilhando a idade… por igual.
Setúbal, 2019/06/13
Inácio José Marcelino Lagarto
Com um cravo e um manjerico
e um balão, preso à mão, a saltitar.
Em casa sozinho não fico,
vou para a rua...cantar e bailar.
Inácio Lagarto
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