sábado, 6 de novembro de 2010

GRITO À LIBERDADE


Saudade já aqui mora
como água a jorrar;
tirada ao poço com a nora
quando o Povo por paz implora...
quer ver a terra regar!


Deixa o trigo crescer
para mais tarde colher o grão;
olha o sol ao nascer
que vem a vida aquecer
e leva à mesa tão belo pão.


Não corras depressa amigo
partilha... na caminhada!
O tempo anda contigo
naquele sonhar antigo
e sem o sonho..  resta nada.

Deita à rua a escuridão
segue em frente no destino;
limpa o rosto da solidão
que queima em exalação,
acalma a alma em desatino.

Grita de frente à liberdade
como a criança que ficou;
foi ganha com a idade
modelada na vontade...
que à faina conquistou.


Setúbal, 06/11/2010
Inácio Lagarto

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