terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ANO NOVO




Desculpa lá meu amigo
Ano Novo vai nascer;
A Pomba chega com medo
Traz uma pena a cair.
Há quem olhe ao seu umbigo
Deixa o irmão sofrer...
Tira o sonho em segredo,
Neste viver a florir.
A esperança embala
Vem abrir nova janela
Para o sol entrar nela
A voz não se cala...
A criança conta contigo.

Quer ver a claridade
Soprar o vento e sorrir;
Alimentar o pensamento
Voltar a outro Natal.
Sem uma vida vazia
Que traga doce porvir
Sem rumor e lamento.
O sono já é antigo,
A taça é sempre igual
Parar beber ao Novo Dia;
A noite é longa e fria,
Ouve bem... ao que te digo!

Nesta Noite a luz se apaga
No céu azul brilha o manto;
Com mãos, ao alto, se afaga
E se aquece o encanto.

Setúbal, 28/12/2010
Inácio Lagarto

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