sábado, 1 de outubro de 2011

RELÓGIO


O tique -  taque foi batendo
com os Santos em reunião;
minutos, horas sem parar...
nossa mente sofrendo,
comovida por emoção,
com a fé a sussurrar.

Esperada era a partida,
em noite longa e fria...
segredando ao coração.

Lidas... páginas da vida
só silêncio se ouvia...
madrugando a solidão!

No tempo, o relógio parou,
a fraca corda... se prendeu!
Traçando novo caminho.
Sem esquecer tanta dor,
naquela luz a tremer;
o céu pediu uma flor
e belo Anjo se mudou.
Com ele falo baixinho
como ousarei dizer
doces palavras de amor.

Setúbal, 01/10/2011
Inácio Lagarto

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