Como o sonhar espalhou
palavras ao anoitecer...
nunca janela fechou
para entrar novo nascer!
Acorda de bem com a vida
protegendo o coração;
a sombra anda escondida
num poema, numa canção.
Cada dia traz aventura
com orgulho de coragem;
abraçando a ternura
nesta vida, nesta passagem.
Beijando o sol ardente
...misteriosos e sensuais!
Ouvindo tudo brandamente
como as gotas dos beirais.
O silêncio cala o Ser
não deixa a ave voar;
Poeta fala do amanhecer
...faz a claridade voltar.
A vaidade em falsa boca
é pétala, caída ao chão;
pisada como louca,
acorda a mente...dum mundo vão!
Setúbal, 30/06/2012
Inácio Lagarto
sábado, 30 de junho de 2012
POETA NÃO SOU
Ser poeta...eu não sou
passo o tempo a meditar!
Horário para mim acabou
aqui e ali sempre estou,
para um poema partilhar.
Ouço o grito do oprimido,
vejo lágrima a jorrar;
o homem que anda perdido
aquele que sopra seu sentido...
neste mundo a girar!
Sossego minha razão
num brincar de criança;
espreito para além da visão
a paisagem e o verde grão
que conduz à confiança.
As verdades são caminhos
trazem da noite o madrugar.
A solidão crava espinhos
como a chuva cala os ninhos
que urge saber parar.
Olho o passado...com frio
querendo galgar as pontes;
aquela corrente do rio
deixou o futuro vazio,
bebo como água das fontes.
Setúbal, 05/06/2012
Inácio Lagarto
segunda-feira, 4 de junho de 2012
VIDA ESCULPIDA
Creio no mundo ao criar
tão bela peça de arte
que a vida vai esculpindo;
mora sonho no partilhar
esquecendo que se parte.
As formas vão crescendo,
no frágil barro florindo;
o mistério acontecendo,
como relógio a balançar...
numa viagem cumprindo.
Primeiro aprendemos,
olhamos a lição...
fazemos o comentário!
Da escada descemos
a alma e paixão;
lido o imaginário
à vida agradecemos
...vagueia a solidão.
A obra permanece
no museu da saudade;
a chama se transforma assim
no silêncio que aparece.
Renasce noutra idade
que a vida molda...por fim!
Setúbal, 04/06/2012
Inácio Lagarto
tão bela peça de arte
que a vida vai esculpindo;
mora sonho no partilhar
esquecendo que se parte.
As formas vão crescendo,
no frágil barro florindo;
o mistério acontecendo,
como relógio a balançar...
numa viagem cumprindo.
Primeiro aprendemos,
olhamos a lição...
fazemos o comentário!
Da escada descemos
a alma e paixão;
lido o imaginário
à vida agradecemos
...vagueia a solidão.
A obra permanece
no museu da saudade;
a chama se transforma assim
no silêncio que aparece.
Renasce noutra idade
que a vida molda...por fim!
Setúbal, 04/06/2012
Inácio Lagarto
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