terça-feira, 31 de julho de 2012
COMPASSO NA VIDA
Seguindo a compasso no meu passo
vou gravando no tempo...o momento!
Conquistas e perdas que hoje refaço
que quebram o sono turbulento.
Luto para que a vida valha a pena,
olho de frente, com fé, o horizonte;
luz da aurora nem sempre é amena...
há que saber transpor tão bela ponte!
Sacudo o sonho por novos caminhos,
beijo a planície, na alma existente,
nos versos que faço...são doces carinhos!
Neste escrever, encontro a plenitude;
no barro esculpi a fértil semente
que brota... como força de virtude!
Setúbal, 31/07/2012
Inácio Lagarto
quinta-feira, 26 de julho de 2012
AVÓS
Vinte e seis de Julho,
novo raiar
na ambição
sabem sonhar!!...
Dia de fruto -
Raiz poderosa!
São avozinhos
árvore frondosa,
de protecção e amor!
Por vezes...
esquecidos
...feridos
e, tão sozinhos
na sua dor.
Chefes de Clã,
trazem passado
estão presentes
...são futuro!
Com seu afã -
apadrinham
por terem amado;
porque advinham
o que foi duro!
Mesmo dolentes
dão carinho -
aquecem netinhos,
tão de mansinho!...
Alegram os ninhos.
Porto Covo, 26/07/2006
Inácio Lagarto
segunda-feira, 23 de julho de 2012
NO SONHO VIAJO
Vejo-me caminhando na procura,
na vida e no tempo, fico falando;
na Internet encontro a ternura
com dedos nas teclas, vou musicando.
Viajo pelo sonho e mocidade,
berro ao silêncio que memória calou;
folhas feridas, ao longe da idade
que vento triste e forte...não levou!
A fonte escondida brota...não morre!
Na palavra liberto fantasia,
em noite calma, na vida corre;
acordo a mente, canto à razão!
Na sombra leve embalo poesia,
com Vontade aqueço...coração.
Setúbal, 22/07/2O12
Inácio Lagarto
quinta-feira, 19 de julho de 2012
NATAL 2012
Crente na vida se espera...
É Natal!!! Sem subsídio.
Dorme Era na quimera
com palavra de sacrifício;
vem de fita enlatada
...de prenda não traz nada
destes sábios, de risos dolentes.
Fazem esquecer os Reis Magos,
sacrificam beijos quentes;
com teorias e lugares vagos
vão ofuscando a madrugada.
De mentira como os demais
neste tempo de devoção;
cada um engana mais
deixando frágil o coração.
Falo ao Menino do Céu
na sua cálida magia;
estende à Terra manto Teu
dá ao sonho um novo dia.
Quadra de ternos pinheirinhos
de estrelas cintilantes;
muda os rapinas dos ninhos
deste mar de navegantes.
De sangue vermelho a jorrar
entre o verde da Natureza...
faz brilhar novo luar
que o Natal traga certeza,
ponha a barca a navegar!
Setúbal, 18/07/2012
Inácio Lagarto
quarta-feira, 11 de julho de 2012
ALENTEJO
Mote
Alentejo de sol quente
Terra de Povo trabalhador;
ao campo lanças semente
Cantas à Vida... com amor.
I
Belos sonhos não se calam
deixam ao tempo saudade;
vais lutando por igualdade
em silêncios que ainda falam.
Força e querer te amortalham,
não esqueças... que tens gente!
Segues triste, perdidamente
as estrelas e o luar;
beijas a charneca devagar
Alentejo de sol quente.
II
No calado amanhecer
marulham águas das fontes;
ao longe...brilham os montes
donde o gado vem beber.
Vê-se prado a crescer
naquele jardim em flor;
refresca a mente do calor
no caminhar em amargura.
Lavrando solo com ternura,
Terra de Povo trabalhador.
III
Tuas árvores verdes choram,
gritam mágoas e imploram
ao machado... firme e seguro;
o mundo vagueia impuro
contra seres que exploram.
Naquele fadário dolente
tua voz geme e sente
...ceifas o trigo cor de ouro!
Foste árabe e um dia mouro,
ao campo lanças semente.
IV
Teu Povo, unido e sozinho
com coração revoltado;
no salário sempre roubado
suportando duro espinho.
Dás abrigo em lindo ninho
trazes na seiva o criador;
espalhas ao vento tanta dor...
com uma coragem presente!
Recolhes tarefas, contente,
Cantas à Vida... com amor.
Setúbal, 06/07/2012
Inácio Lagarto
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