Abalei do Alentejo
disse adeus ao solo amado
e ao destino que não criei;
com olhar resignado
...aquele sonho rejeitei.
Abalei do Alentejo
fui procurar trabalho
com querer firme na mão;
no escritório ou no malho
aprendendo com irmão.
Abalei do Alentejo
vim cumprir...dura sina
naquela nova cidade;
lutando por paz divina
...enlaçar a liberdade.
Abalei do Alentejo
palmilhei campos sem fim
atravessando fronteiras!
Saudade brotou em mim
das janelas soalheiras.
Abalei do Alentejo
como vencido ou vencedor,
a planície não se esquece;
no silêncio...sinto calor
quando o coração estremece!
Regresso ao Alentejo
com a alma repartida,
por histórias partilhadas;
cantando à dor sentida
e às muralhas derrubadas.
Setúbal, 22/03/2013
Inácio Lagarto
quarta-feira, 27 de março de 2013
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